Boa leitura!
Donghyuck nunca pensou que um dia realmente sentiria aquilo. Nunca havia sequer passado por sua cabeça que algum dia experienciaria aquela angústia de quando percebeu estar perdidamente apaixonado por seu melhor amigo.
Fora difícil chegar a essa conclusão, é claro, mas simplesmente teve de parar de negar e finalmente admitir para si mesmo quando deu conta de como seu coração batia mais forte sempre que Minhyung estava do seu lado; ou de como suas mãos suavam – demais – quando o canadense ria daquela sua forma exagerada; ou até mesmo de como seu estômago embrulhava em algo tão forte nos momentos em que o mais velho desistia de sua resistência anti-afeto – nome dado por Donghyuck, é claro – e deixava o pequeno grudar em si nas noites de sexta-feira, dia que sempre dormiam juntos.
No entanto, mesmo depois de chegar nessa – assustadora – conclusão, ainda era muito estranho pensar que tinha, de facto, caído de amores pelo mais velho. Porque, sinceramente, se parasse para pensar, como tinha se apaixonado pela pessoa que durante – praticamente – toda a sua vida esteve consigo?
Com Mark, tinha enfrentado e ultrapassado todas as etapas da vida.
Acompanhara-o durante os seus bons momentos – desde a sua primeira vitória do campeonato de matemática do ensino fundamental até à revelação de seu género secundário, que mostrou o canadense como um belo e forte alfa –, assim como o maior tinha acompanhado os seus próprios – começando por ter ganho um sorteio sem querer e acabar ter ido visitar Jeju com sua família até quando descobriu ser um ômega, mesmo que não esperasse por isso.
Acompanhara o canadense também em seus momentos mais difíceis – desde a sua primeira deceção amorosa, fruto de um término com Kim Yeri, a garota dos sonhos de todos, até ao falecimento de seu peixinho de estimação, o Totó – assim como o mais velho também acompanhara os seus – como quando acabara sendo assediado por um alfa maldoso na volta para casa ou quando sofreu bullying no ensino fundamental por ser mais gordinho, palavras dos babacas que praticaram a descriminação.
Poxa, eles tinham até passado juntos a fase dos aparelhos dentários, óculos quadrados e espinhas gigantes!
E era por isso e por mais uma lista interminável de outras coisas que ele simplesmente não conseguia compreender como tinha realmente se apaixonado pelo canadense bonitinho.
Pelo mesmo canadense bonitinho que o via como um pequeno irmão e nada mais que isso.
(...)
"MARK!~"
"MARKOLI!~" "MILK!~"
"CANADA!~" "MINHYUNGIE!~"
"SOULMATE!~" – Donghyuck cantarolava continuamente todos os apelidos que Minhyung tinha, enquanto suas pernas balançavam no ar e suas costas repousavam confortavelmente na cama do canadense. "MARKINHOS!~" "ALFINHA!~"
"O que foi, caramba?!" – o coreano saltou de susto quando a voz alta do canadense invadiu o cômodo, assim que chegou no quarto. A expressão de Minhyung parecia raivosa e talvez seu cheiro azedo comprovasse exatamente isso, no entanto, é claro, para Haechan – apelido dado por Mark, óbvio – o alfa estava apenas fofinho ali e isso era o que bastava para que sua postura voltasse e logo um sorriso irritante surgisse em seus lábios.
"Estava demorando muito, estou com fome" – deu de ombros, voltando a desviar o olhar para o teto e tornando a murmurar os apelidos do canadense. Pôde ouvir o mesmo suspirar e isso só fez o seu sorriso aumentar ainda mais, como sempre. "Está irritadinho, alfa?" – demandou em tom de deboche, como falava a maioria do tempo.
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alfinha idiota ღ
Fanfiction- Donghyuck, um ômega totalmente fora das normas sociais, jurou que nunca se submeteria a um alfa, não importava qual fosse a situação. No entanto, até que ponto estaria ele disposto a manter seu juramento, se o alfa que pedisse fosse Lee Minhyung...