Cap 7- Perdida

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Pov Yasmin

Depois que ouvi o que o Marco disse,  notei que ele estava sendo muito sincero e minha mente pareceu travar, ele tava falando sério? Realmente iríamos morrer? O que esse garoto tão doce faz?Como ele sabia disso?
Eu acho que estava em plena uma crise existencial

Certo que eu não estava no meu melhor momento, eu tava bebada e um pouco chapada mas eu ainda estava consciente, só senti dois braços me jogarem no banco de trás do meu próprio carro e logo em seguida se jogar também. Sinceramente não sei como chegamos aqui, eu estava no modo automático.
Em questão de segundos ele abaixou no chão do carro e eu só o segui em silêncio ele me olhou com deboche:

- Me desculpe por não ser delicado.-falou de uma forma tão cínica e ácida que apenas virei meu rosto, eu ainda tava raciocinando tudo.

-Mas que merda! Lucas não me fala que são os Ploids?- Marco mesmo agachado no banco da frente virou pro irmão pelo vão dos dois bancos olhando pro Lucas com raiva.

- Quer mesmo que eu te responda ou já não tá ficando óbvio?- encarou Marco de uma forma tão assustadora que se fosse comigo certeza que já teria me encolhido e ficado quieta, mesmo eu não sendo assim esse cara me deixava arrepiada. Acho que Marco já deve estar muito mais que acostumado com as grosserias do irmão porque ele simplesmente ignorou totalmente a forma que o irmão se dirigiu a ele

- Que porra! Não consigo um dia em paz? Ter uma noite como uma cara normal, sem tem que ter problemas com esses merdas? Sério?- eu realmente não estava entendendo nada, tava tendo uma DR bem no meu carro,não faço ideia do era Ploids, o por que eles estavam atrás do Marco? Será que eles vão me matar também? São Gangues ou Máfia? Será que eles tão devendo pra agiotas?

O celular do estressadinho tocou e ele logo atendeu com um semblante de quem comeu e não gostou:

-Fala... Certo... Estamos no carro da amiga do Marco... Não é como se fosse a primeira vez Júlio... Ta certo, rastreia a gente por aqui... Ok, te retorno quando sair, vou direto pra ai...- desligou e virou pro Marco- Marco eu preciso que quando eu der o sinal, você corra com esse carro até a casa dela, e de preferência pegue o caminho mais longo, pra caso tenhamos problemas eu vou ficar na janela de trás.- Aquilo estava estranho demais, será que os eram assassinos de aluguel?

-Yas, me desculpe por isso, serio.. Não era pra estarmos passando por isso com você, pode me dizer onde fica sua casa?- Ele falava com tanta magoa que eu sinceramente não conseguiria ser ruim com alguém tão fofo que, pelo visto, só queria ter amigos.

-Ei, Marco? Ta tudo bem, sério. Eu não sei porque esses caras tão atrás de vocês, muito menos o que são mas ta tudo bem, não julgaria suas escolhas nem as de ninguém, se pra gente sair vivo dessa eu tenha que ficar sem entender, eu fico. Mas só agora- falei soltando um riso no final- O meu endereço ta no gps do carro, só digitar meu nome que ele vai dar a rota.- tentei soar o mais tranquila possível, enquanto o irmão dele me encarava sem nem um pingo de descrição, não sei se foi com indignação ou deboche, já Marco me pareceu um pouco mais alegre com o meu comentário, então sorriu pra mim e foi ligar o carro.

Em questão de segundos ouvimos um tiro e varias pessoas gritando, por eu e o estressadinho estarmos debruçados no banco de trás por estarmos sentados no chão do carro, no instinto segurei o braço dele enquanto ele desviava o olhar pra rua, prestes a abaixar o vidro do carro, como ele pareceu não se importar, continuei ali
Então várias pessoas começaram a passar correndo do lado do carro, Marco já estava sentando no banco do motorista pronto pra arrancar assim que seu irmão desse o sinal, olhei pro GPS e vi que ele já havia ativado o mesmo pra minha casa.

Depois que dois carros passaram pela gente, Lucas levantou o mais rapido que pode, sentou no banco me levantando com ele, tirou uma arma da cintura que me surpreendeu mas não me assustou:

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