Capítulo 2

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Fechei os olhos pensando que tinha morrido pelo tamanho da dor que eu senti nas minhas costas.
Parecia que tinha quebrado minha coluna vertebral. Mas, felizmente ou infelizmente, não passava de uma dor insuportável, pois depois percebi que a altura não grande coisa assim.
Abri os olhos e me deparei com aquele homem, o mesmo homem que havia olhado para mim quando eu estava lá em cima.
Sua expressão era indiferente. Ele parecia neutro.
Não conseguia me mexer muito bem, então fiquei parada somente encarando o tal cara do chapéu.
Ele estava parado em pé na minha frente me olhando.
Seus olhos realmente eram claros. O formato dos seus olhos eram largos e no canto dos olhos eram finos, como um delineado de gatinho.
Ele era realmente bonito e aparentava ser novo...
Os homens se aproximaram para me pegar, porém, o homem de chapéu só fez sinal com o dedo sem retirar os olhos de mim,para que seus homens dessem um passo para trás.
Pelo visto, eu estava certa. Ele parecia ser o chefe ou alguém muito poderoso.
Ele respirou fundo e se aproximou seu rosto do meu. Virei-me pensando em que ele poderia fazer algo comigo, mas eu notei que ele só estava pegando um de seus pincéis que estavam por baixo de minha cabeça.
Ele molhou o pincel na tinta preta e me mostrou o vaso em que estava pintando.
Estava realmente muito lindo. O vaso parecia de cobre e ele estava fazendo alguns desenhos para finalizá-lo.

- Não acha que é uma obra de arte? – ele perguntou com uma voz neutra como se nada tivesse acontecido.

Ele olhou para o vaso e começou a esboçar algumas coisas na qual eu não pude ver.

Não respondi. 

- Você... Me parece que entende de arte. – ele sorriu – Vamos ver... Quer tentar?

Olhava para ele enquanto o colocava os pincéis em minhas mãos trêmulas. 
Ele aproximou o vaso de mim.

- Faça pequenas flores nele. É algo que não pode faltar, não acha?

Engoli seco e fiz o que ele me mandou. Tentei desenhar algumas flores, porém, minhas mãos tremiam e eu simplesmente rabisquei o vaso.
Deixei o pincel cair de minhas mãos trêmulas e comecei a me encolher morrendo de medo da reação dele.
O homem simplesmente sorriu para mim e pegou o pincel de volta.

- Ah, vamos. Você consegue. – ele respondeu. – Vou te ajudar... 

O homem colocou suas mãos sobre as minhas. Foi estranho naquele momento, mas eu senti algo mais naquele toque. Suas mãos eram quentes e grandes enquanto as minhas estavam frias e eram pequenas.
Com os movimentos de suas mãos, ele contornou pétala por pétala. Seu rosto estava perto de mais do meu.

- É preciso muito treino para conseguir manusear o pincel, senhorita. – ele olhou para mim. – Tente agora sozinha.

Minhas mãos ainda estavam trêmulas. Porém, tentei me concentrar e estreitei os olhos enquanto manuseava o pincel com movimentos circulares. Acabou que eu consegui fazer as flores, porém, estavam um pouco tortas e saiu um pouco estremecida.

O homem riu e bateu palmas.

- Muito bem! Agora, me faça uma borboleta. -ele pediu.

Olhei ao meu redor, os homens estavam esperando algum comando seu. Eu comecei a tremer novamente.

- Essa aí é das boas... – escutei um comentário.

Fiquei nervosa e minhas mãos tremiam. Mordi os lábios.
Não consegui fazer a tal borboleta, apenas um círculo torto.

- Vocês não estão percebendo que está deixando a moça nervosa? – o homem gritou e se voltou para mim – Não se preocupe com eles, continue.

Engoli seco enquanto ele olhava para mim.

Não sei o porquê, mas queria que ele pegasse na minha mão novamente.
Olhei para ele, em seguida para minha mão. Ele me observou com cautela.

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⏰ Última atualização: Jun 17, 2021 ⏰

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Síndrome de Estocolmo: Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora