Capitulo 26

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Três dias depois de terem conseguido o veneno, eles finalmente iriam matar o rei, Nikolás havia bolado um plano bastante incomum para que eles entrassem no palácio.

— Quanto tempo vai demorar até que a gente chegue ao palácio? Eu estou ficando sem ar aqui. — disse Dália coberta por repolhos.

— Mas que ideia idiota a sua, Nikolás. Onde já se viu invadir um palácio dentro de uma carroça de verduras. — reclamou Laís.

— Hoje é dia de entrega de suprimentos para a cozinha, era o meio mais discreto de fazer isso.

Enquanto isso, Ariela e Cassandra estavam escondidas em outra carroça, e Leo e Zarah as conduziam.

Haviam dois guardas em frente ao portão lateral do palácio. Eles as pararam assim que se aproximaram.

— Quem são vocês? — perguntou um deles.

— Entrega de verduras. — respondeu Leo.

— De qual empresa?

— É... Da Reis da Horta, temos os melhores repolhos da região.

— Que seja, podem seguir.

As carroças andaram por uma estradinha de cascalho até uma porta grande, onde uma moça já as aguardava.

— Vocês estão atrasadas, pedimos para entregarem as três da tarde, já é três e cinco. — disse a moça.

— Desculpa senhorita. Por que não entra, podemos descarregar tudo sozinhas.

— Tudo bem, mas sejam rápidas.

Elas abriram as portas das carroças para que os outros saíssem de dentro delas e depois entraram na cozinha. Laís entrou por último e girou a chave na fechadura, enquanto Leo ia até a porta de entrada e a trancava também. Agora os empregados olhavam para eles um tanto assustados.

— O que está acontecendo aqui? — perguntou o cozinheiro.

— Isso não é um assalto. Por favor, só parem de fazer o que estão fazendo e sentem a mesa. — disse Laís com a adaga dada por Ariela em mãos. — E vocês duas ai — disse ela apontando para duas garotas. —, peguem as carroças lá fora e saiam do palácio, por gentileza.

Eles a obedeceram, com medo de que ela fizesse alguma coisa, afinal Laís não parecia nada amigável quando estava com uma arma.

— Tá, o que a gente faz aqui agora? Senta e espera? — perguntou Ariela.

— Mais ou menos isso. Pelo menos até a hora do jantar, quando eu vou até o telhado do quarto do rei e o observar enquanto ele bebe o vinho envenenado, enquanto isso, Leo vai estar no quarto andar procurando pelas asas de Ariela.

— E o resto de nós vai ficar aqui sem fazer nada. — disse Cassandra indignada.

— Não, você pode ir pro seu quarto fazer seja lá o que você faz, e Dália pode ir ficar com o Ériko, Cass te mostra o caminho.

— Não, obrigada. Prefiro ficar aqui sem fazer nada. — disse Dália.

Uma hora se passou, duas, cinco, e finalmente era hora de agir.

— Ok, estamos indo para o quarto andar, daqui a pouco alguém vai bater à porta para pegar o jantar do rei.

— Espera ai, eu vou com vocês. — disse Ariela.

— Isso não estava no plano. — protestou Laís.

— Dane-se o plano. Vamos logo.

Os três andaram pelo palácio, vestidos com o uniforme dos empregados, e subiram todas as escadarias até o andar do rei. Ele era composto por cômodos do qual apenas Oliver tinha acesso. Por algum motivo, nunca haviam guardas durante o dia e todos os cômodos eram trancados.

— Muito bem, Leo, fique à vontade para entrar em qualquer lugar, use a chave mestra e tome cuidado.

Leo acenou com a cabeça e saiu andando. Nikolás e Ariela foram até o quarto do rei, que Nikolás destrancou também com uma chave mestra. Ele seguiu até a varanda, subiu no beiral e subiu para o telhado, com Ariela logo atrás.

— Tinha que escolher logo aqui para se esconder?

— Ninguém vai pensar em procurar um príncipe morto e uma assassina, em cima do telhado da varando do rei.

— É, tem razão. 

Reino de Asas e Redenção - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora