Stand Out - Fillie

2.4

Jack

Estava sentado em um dos banquinhos que tinha na área do barman enquanto esperava o mesmo trazer os meus shots de tequila. Eu já tinha dançado por umas dez pessoas nessa noite, nada melhor que alguns shots de tequila para molhar a garganta.

Já fazia um bom tempo que eu não sabia onde estava o pessoal. Eu estava dançando junto com as meninas e de repente estava no meio de um monte de desconhecidos. Claro que eu não estaria dessa forma se eu soubesse que Millie estava sozinha, eu sei que eu podia confiar em Finn.

Assim que o barman colocou os cinco copos com o líquido transparente na minha frente, escutei uma voz um tanto conhecida atrás de mim.

— Melhor ir devagar, não?

Noah.

Olhei para trás e sorri quando vi Noah parado com as mãos nos bolsos.

— Estou com um pouco de cede.

Ele se sentou no banquinho ao meu lado.

— Um pouco?

Sorri.

— Dancei um pouco demais, hora de molhar a garganta.

Levei um dos pequenos copos até a minha boca e virei-o. O líquido descia queimando em minha garganta, mas isso já não me incomodava.

Olhei para o lado e percebi que Noah me encarava de uma forma... diferente do habitual.

Interessante.

— Você quer um copo? - perguntei o tirando do transe.

— Não - ele lambeu o seu lábio inferior e senti minha excitação crescer dentro de mim — Não estou muito a fim de beber hoje.

Assenti.

— Eu sei como é - virei mais um copo — As vezes só quremos curtir às noites complemente sóbrios.

Ele engoliu em seco quando o encarei profundamente.

Esse garoto é um filha da puta, mas, caralho! Ele é um puta de um gostoso.

Ok, Jack, lembre-se de que ele odeia a sua melhor amiga, e sempre que tem a oportunidade de humilhar ela, ele o faz, então nada de pensar coisas que não se deve pensar.

Mas já era tarde demais. Eu já estava excitado o bastante para pensar em qualquer coisa que não fosse beijar ele.

Ele deve ser hétero, gritou meu subconsciente.

— Você tem namorada? - ele perguntou, de repente.

O que?

— Não - lambi meu lábio inferior — Eu não tenho um namorado.

Ele me olhou surpreso. Sorri.

— Você tem?

— Não - ele balançou a cabeça negativamente — Apenas um monte de gente querendo transar comigo.

Me aproximei um pouco dele, até estar com a boca em seu pescoço.

— Você é bem convencido, não é? Talvez, você seja bem gostoso, mas só talvez.

Percebi que a pele de seu pescoço se arrepiou. Sorri com aquilo.

A música que estava tocando, high enough (slowed down), da K.Flay, deixava tudo mais interessante.

— Claro, só talvez, eu seja...- ele me olhou nos olhos.

Ok, hétero ele não é.

Soltei uma pequena risada nasal.