Por um Fio

Você deve amar ela.

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~ escrita por artogroz.

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Colin

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Estou correndo de um lado para o outro tentando encontrar meu par de sapatos sociais, vestido com uma roupa de gala patética apenas para encontrar uma menina que eu não sei quem é e nem como é.

Katrina Smith foi escolhida como minha futura esposa pelo governo, por um mandato da lei "Fio do Destino", e assim como eu ela deve achar isso uma besteira. — Eu não estou pronto. — Digo pousando minha mão sobre minha boca, enquanto desvio o olhar para Willian, que está com os braços cruzados em minha frente.

Vai dar tudo certo cara, aposto que ela é uma gata! — Diz ele estampando seu famoso sorriso de lado novamente. — E se ela não for? Se ela for uma assassina em série? Meu Deus do céu isso é insano! — Digo caminhando de um lado para o outro.

Willian segura meus ombros e da um tapa firme em meu rosto, olhando atentamente para mim. — Me escuta, Colin! Vai dar tudo certo nessa merda! Ela vai ser legal e vai ser uma boa esposa, então faça seu papel de homem e seja um bom esposo também! Elas gostam de homens confiantes, então confie nela e em si mesmo, entendeu? — Diz ele com uma voz firme e rouca.

E-Entendi.. — Digo respirando fundo. — Que hora você deve encontrar ela? Está especificado o horário no tratado, certo? — Diz ele largando meus ombros. — Está! — Digo pegando o tratado. Ao olhar a hora, meus olhos quase saltam de meu rosto. — Eu estou atrasado pra caramba Willian! — Digo correndo para a porta de saída. — Pra variar. — Sussurra ele pegando a chave do carro, logo a jogando na minha mão. — Boa sorte trouxão, não estraga tudo. — Diz ele sorrindo pra mim.

Aceno com a cabeça e corro para o carro, onde eu entro rapidamente, o ligando para ir em direção ao endereço da casa de Katrina Smith. Meu rosto estava pálido e eu estava suando demais, tão nervoso com toda a situação. Dou a arrancada e sigo em direção ao meu destino.

Ao chegar, percebo que estou uns 15 minutos atrasado. Respiro fundo, passo um perfume e vou até a porta da casa de Katrina, onde fico encarando a mesma por alguns instantes, imaginando como seria dali pra frente. — Confiança, Colin, tenha confiança. — Respiro fundo e dou três batidas rápidas na porta.

Neste instante, uma senhora que não aparentava ser tão velha abriu a porta, sorrindo meigamente para mim. Eu conseguia ver felicidade em seus olhos. — Oh! É um belo rapaz! — Diz ela abrindo espaço para mim entrar.

Dou uma risadinha rápida e em passos lentos e indecisos entro na casa. Era uma casa enorme, com certeza era uma família muito rica e influente. — Katrina já está vindo, você pode se sentar nessa poltrona, irei preparar um chá, certo? — Diz ela, tão culta e educada sorrindo pra mim com os olhos.

Faço o que ela pede e sento na poltrona. — Obrigado, senhorita... — Começo a dizer mas sou interrompido por ela. — Oh! Onde está meus modos? Me chamo Elizabeth Smith, mas pode me chamar de Madame Smith. — Diz ela estendendo a mão em minha direção. Comprimento ela, a olhando em seus admiráveis olhos azuis. — Prazer, Madame Smith. Me chamo Colin Querino. — Oh, é um belo nome! O prazer é todo meu, Colin Querino. — Diz ela sorrindo indo em direção a cozinha.

Enquanto ela está ausente, fico observando o lar de minha futura esposa. Móveis caros e bem ilustrados, pinturas e estátuas que parecem custar uma grana e um ambiente intimidador. Engulo em seco e fico vendo no relógio, até a Madame Smith aparecer acompanhada de uma garota.