Eu não quero mais nada!

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Olá, pessoas, olha quem resolveu dar as caras! Ksksksk

Estou aqui com mais uma fanfic para o ProjetoKiribaku lá do spirit, algumas fanfic's minhas desse shipp ficaram somente lá, então caso vocês queiram ver, o link está na minha bio.

Já de início quero avisar que tem menção a transfobia, então caso não se sinta confortável, não se obrigue a ler, por favor.
Mas no final, tem a nossa boiolice de sempre, boa leitura!

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O relógio posicionado na parede da cozinha marcava 10:30 da noite. Horário em que, se fosse há uns anos atrás, Katsuki e Eijirou já estariam embolados na cama, descansando após um dia cheio nas ruas.

Só que dessa vez era diferente. Dessa vez, um garotinho de 1 ano estava presente na vida dos dois, e ele não era muito fã da ideia de dormir cedo.

Os três estavam deitados no sofá. Na televisão, um desenho infantil passava e prendia a atenção moreno deitado no peito de Eijirou.

O bebê finalmente parecia estar cansado, o que não era surpresa, visto que tinha passado o dia inteiro brincando e se divertindo e não tinha tirado seu soninho da tarde. Ele lutava para manter seus olhinhos abertos, mas o sono foi mais forte e ele dormiu segurando a camisa do maior.

Eijirou levantou-se com cuidado, dizendo para o esposo que o levaria até o berço. Caminhou em passos lentos até o cômodo que mantinha um tom azul bebê pintado nas paredes. Colocou Hiroki no berço e o cobriu com a manta que havia ganhado das mães de presente para o neto. Dedicou um último olhar para o filho antes de se afastar.

— Finalmente um pouco de silêncio. — Eijirou disse, quando voltou do quarto do bebê. Encontrou Katsuki juntando os brinquedos espalhados na sala. A televisão já havia sido desligada.

— Tá olhando o que? Vem me ajudar aqui! — Katsuki exclamou baixo, para não acordar o filho.

— 'Tô indo — se ajoelhou e começou a ajudar o marido a guardar todos os tipos de carrinhos, bolas e blocos na caixa de plástico.

O restante dos minutos foram de silêncio por parte dos dois, com apenas o som da caixa sendo entupida de brinquedos como som de fundo. Quando terminaram, o loiro a levou até o quarto do filho para guardá-la, sempre tentando ser o mais silencioso possível.

Eijirou foi atrás, e parou no batente da porta, apenas observando Bakugou fazendo carinho nos fios negros do pequeno, que dormia serenamente.

O ruivo sabia que algo estava acontecendo com o loiro, já que há alguns dias, este vinha apresentando um comportamento um tanto diferente: andava mais cansado que o normal; quase não está falando muito, optando pelo silêncio na maioria das vezes (o que não era de seu feitio); parecia estar sempre em seu próprio mundo, pensando demais. Kirishima esperou para ver se o outro iria compartilhar algo consigo, mas como isso não aconteceu, o ruivo decidiu enfrentá-lo de uma vez e descobrir o motivo de tudo aquilo.

Katsuki se virou para sair do cômodo e deu de cara com o ruivo os encarando com uma expressão terna, mas ao mesmo tempo séria. Sabia que o outro queria conversar, mas não estava com disposição no momento.

Eijirou esperou até que estivessem no quarto do casal, cada um sentado de um lado da cama, para se pronunciar.

— Katsuki, você sabe que pode confiar em mim, não é? — perguntou cauteloso. O loiro, ainda sem encará-lo nos olhos, concordou com a cabeça — Então, por que não me conta o que está acontecendo com você?

— Eu não tenho nada para falar, Eijirou. — ele respondeu com dificuldade, um nó se formava em sua garganta e isso o dificultava na hora de falar.

Inesperado, não significa errdoOnde histórias criam vida. Descubra agora