11- Noite de sexo.

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Dylan não conseguiu evitar o sentimento de desconfiança quando olhou de Cole para Lili e de novo para Cole. Naturalmente, ele não era do tipo desconfiado nem ciumento, pelo menos não tipicamente. Mas ficou um pouco nervoso. E não tinha a ver com o fato de Lili estar usando calças de lycra tão apertadas; ele estava com dificuldade para andar e falar ao mesmo tempo.

Era seu irmão idiota, Cole. Cole, entre todas as pessoas! Ele estava olhando para Lili como se se sentisse atraído por ela - o que era ridículo, porque, bem, ele sempre a
desprezara, e ela a ele. Dylan nem conseguia contar nos dedos as maneiras como os dois tinham provado isso.
Só que ele conhecia Cole. Pelo menos ele gostava de pensar que era inteligente o
suficiente para conhecer seu próprio sangue. Mas, pelo andar da carruagem, bem, parecia que Cole estava encarando Lili como... como um homem.

Que droga. Ele estava perdendo a porcaria da cabeça.

Todo mundo sabia que ele realmente a odiava. Ele tinha sido muito cruel com ela desde que se conheceram no ensino fundamental. No mínimo, Dylan sempre precisou protegê-la do irmão mais do que das outras crianças na escola.

Quem a tinha levado para casa quando Cole a empurrou e ela ralou o joelho? Hum, Dylan.

Quem a tinha convidado para o baile de formatura quando todos os outros caras teriam entrado para uma lista negra se tivessem colocado os pés perto dela, por ordem das outras garotas da escola? Mais uma vez, o mais novo dos dois irmãos.

E quem, no meio do ginásio, quando foi coroado Rei do Baile de Formatura, tinha se agachado em um joelho no último ano e pedido a Lili para namorar com ele? Dylan detestava se gabar, mas, sim, tinha sido ele.

Enquanto isso, Cole ficava sentado lá como um bobão.

Claro, ele já estava na faculdade e só estava passando o fim de semana. Mas mesmo assim. Sempre era Dylan. Sempre tinha sido Dylan.

Então, a ideia de que Cole no momento estava olhando para ela como... bem, como os caras olham para as garotas, era bem assustadora.
Afinal, o boato na escola era que Cole era gay ou coisa parecida, não que Dylan jamais tivesse perguntado a ele. Não queria embarcar numa conversa tão desconfortável e tudo o mais.

Dylan afastou o pensamento de sua mente.


Honestamente, só estou muito cansado.

Tinha trabalhado demais para garantir que tudo ficasse em ordem no trabalho e, para piorar as coisas, Samantha, sua namorada de idas e vindas, tinha dito que iria aos jornais para relatar que o noivado era falso.
Naturalmente, ele ameaçou processá-la.
E ela achou isso muito excitante.

Evidentemente, ele também comprou uma passagem para ela passar o fim de semana lá.

Não era como se Lili fosse ser muito realista no papel, nem que Dylan fosse permitir
isso. Depois de tudo que aconteceu entre os dois, era seguro dizer que eles precisavam continuar amigos ou ele destruiria a vida dos dois pela segunda vez.

{...}

- Dyl? - O pai alcançou as batatas depois que todo mundo estava sentado. - Como
está o escritório? Tudo correndo bem?

Não, ele queria gritar.

Nada estava bem desde a aposentadoria do pai, mas era fundamental que Dylan parecesse no controle.

Ele deu de ombros e respondeu:

- Sem problemas.

A vovó decidiu fazer uma entrada triunfal, com direito a batom borrado no rosto, e ele sentiu o cheiro de algum tipo de perfume masculino vindo dela em ondas.
É sempre bom saber que a vovó está se divertindo enquanto você finge estar noivo.

THE BET. (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora