Capítulo 13 - Evitar

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Susana passou a noite em branco e sem saber o que ia fazer se o encontrasse durante o dia.

Levantou-se e vestiu uns calções brancos e uma camisola vermelha que deixava o umbigo de fora.

Saiu para a rua verificando a cada passo se o João estava por perto.

Para seu azar ele encontrava-se à sua espera, com um olhar sério, mas ao mesmo tempo carinhoso.

- Temos de falar sobre aquele beijo - disse ele.

- Pois também acho que foi um erro. Desculpa - disse evitando olhar para ele.

- Eu não achei isso. Na verdade foi um dos melhores momentos da minha vida - confessou com um sorriso que a fez corar por completo.

Envergonhada ela começou a correr, mas tropeçou e caiu no chão.

- Estás bem? - perguntou João aflito.

- Sim - respondeu, sem o olhar nos olhos.

- Por favor, não me evites - pediu João.

- Afasta-te! Não percebes que só me estás a confundir mais - gritou ela - Nem sei quase nada sobre mim e isso já é frustrante o suficiente e não preciso de ti na minha vida.

- Mas isso é impossível - disse ele - Cada momento sem ti é como um dia sem oxigénio. Tu és o ar que respiro e se pudesse nunca te abandonava! O dia fica mais claro quando chegas e a noite mais escura quando sais, tu és o centro do meu mundo.

Susana não sabia o que responder, apenas se deixou ficar olhando os seus olhos azuis, que pareciam ler-lhe a alma a cada segundo e para eles o tempo parou e os problemas dissolveram-se numa névoa, como a sua importância fosse reduzida a nada e então os seus lábios voltaram a cruzar-se e os seus lábios eclipsaram.

- Percebeste! - disse João - Eu não quero viver sem ti, sou apaixonado por ti à onze anos. EU AMO-TÊ SUSANA.

- Também te amo - disse ela.

Aquilo parecia-lhes um sonho e ficaram nos braços um do outro, embalados pelo som dos cavalos e da chuva.

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Por entre a chuvaOnde histórias criam vida. Descubra agora