Meu jeito Jinchuuriki

Nascimento

Era dez de outubro, Uzumaki Kushina gritava de dor. Mas não era por um motivo ruim, ela e Minato estavam prestes a serem pais de uma aguardada criança que a mesma havia carregado por nove meses.

Como Jinchuuriki da Kyubi no Yoko o parto de seu filho teve que ser realizado afastado da aldeia, para caso o selo se rompesse, pudessem conte-la. Seu marido, o Yondaime também estava ali, como mestre de selos para selar novamente a kyubi em seu interior, já que a mesma estaria muito fraca para fazer isso sozinha.

Quando Naruto já estava fora do corpo de Kushina, a mesma deixou que uma lágrima emocionada escapasse de um de seus olhos. Minato também chorava, ambos muito felizes por finalmente conseguirem realizar algo que há muito queriam.

Quando de repente ouviram gritos ao olharem para trás puderam ver a esposa do Sandaime, no caso a parteira cair morta, junto a sua assistente e um homem mascarado segurar seu bebê que chorava nos braços.

- Afaste-se da jinchuuriki.- disse o mascarado, agora tirando uma kunai de sua manga.- ou o bebê morre.

Minato e Kushina estavam desesperados como tal homem podia ameaçar assim um bebezinho, ainda mais o seu bebezinho.

A kyubi por outro lado observava tudo de dentro de Kushina, preocupado. A mesma por nove meses teve que dividir o espaço com aquela criança, tempo suficiente para sentir o seu chakra e além de reconhecer a mistura do chakra de Kushina e Minato pôde sentir, o chakra de uma das criaturas mais gentis e bondosas que já havia pisado na terra. Sem dúvidas, a criança era reencarnação de Ashura Otsutsuki, filho biológico de seu pai, o Rikudō Sannin.

Ashura, na opinião de Kurama era um garoto desajeitado, gentil e de bom coração, que merecia muito amor por tudo que o irmão o fez passar. Ashura pode ter reencarnado várias vezes, sendo a última Hashirama Senju, mas dessa vez sua presença era ainda mais forte, e a Kyubi estaria por perto para impedir que o mesmo se tornasse como Hashirama, que usou a si e a seus irmãos como arma, ou peso em uma balança inútil que nunca funcionaria.

Independentemente do que acontecesse naquela noite, Naruto viveria e ele estaria por perto.

Logo, o mascarado atirou o loirinho para cima pulando com a kunai em mãos para acertar a pobre criança. Minato rapidamente o pegou impedindo que ele fosse atingido pela kunai.

- Como esperado do “Relâmpago Amarelo”, mas como vai lidar com isso?- disse o mascarado.

No mesmo momento Minato percebeu os papéis bomba colados ao pano que envolvia o bebê dos olhos azuis.

- Minato!! Naruto!!- gritou Kushina, enquanto Minato usava seu Hiraishin para levar seu filho para outro lugar.

Onde rapidamente desenrolou o tecido de seu filho e o jogou, pulando pra fora para evitar a explosão.

Conseguiu salvar o bebê, que ainda chorava, mas não deixou de se machucar com um pedaço de madeira que perfurou seu calcanhar. Logo, tratou de acalmar o menino e o levar para casa, deitando-o e o cobrindo.

Enquanto isso, Kushina estava presa por um selo com os braços abertos e a barriga a mostra, onde era possível ver o selo fraco.

- Eu tirarei a kyubi de você e com ela atacarei a aldeia que tanto ama, mas não se preocupe, ninguém vai te culpar por não ter sido forte, já que você estará morta...- disse o mascarado. Kushina entrou ainda mais em desespero. Como seu filho cresceria? Como viveria? Ele provavelmente morreria e ela com certeza não queria isso. Por isso, caso fosse necessário resistiria, para dar sua vida pelo mesmo, para que pudesse crescer como uma criança normal e feliz que deveria ser.- Kyubi, venha para fora.- disse o mascarado mostrando seu Sharingan pela primeira vez aquela noite.