Capítulo 11 - O sempre

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– Diego, não vai rolar! – falou mesmo com o barulho, esperando que ele tivesse ouvido.

Ele não tentou mais nada durante o filme, mas quando saíram, perguntou se ela queria comer alguma coisa.

– Olha... não vai rolar nada – repetiu – Eu não quero ninguém agora, ok? Desulpa se o Gustavo te deu alguma esperança, mas eu não quero nada – e então ela foi embora sem se despedir.

Durante o caminho, Ana ligou para Belle contando o que aconteceu e ela percebeu o quanto a namorada estava com raiva do irmão.

Quando Ana chegou em casa, os pais estavam e ela não pôde discutir com o irmão como gostaria. Limitou– se a ignorá– lo e ir direto para o quarto.

A chance de confronto entre os dois só aconteceu depois do almoço de sábado quando os pais saíram para irem ao shopping e nenhum dos dois quis ir junto.

– O que você estava pensando? – disse Ana, muito irritada, entrando no quarto do irmão.

– Estava pensando em arrumar um cara legal para a minha irmã – respondeu calmo, sentado na cama.

– Você manipulou toda a situação! Me enganou! Podia ter me perguntado se eu queria!

– E por que não iria querer? Sair com ele não é nada demais, Ana Luiza! Ele é um cara bem bacana e você está solteira! – disse provocando a irmã – Me diz, Ana Luiza, qual o problema? Não fiz nada demais!

– Minha vida amorosa não é da sua conta! – gritou não contendo sua raiva.

– Me diz, Ana Luiza, qual é o problema de ter saído com o garoto? – insistiu.

– Tenho coisas melhores para fazer do que ficar indo no cinema com um amigo SEU! Ele é seu amigo então que você vá assistir filme com ele. Eu tenho os meus amigos e prefiro passar tempo com eles! E ontem eu queria passar tempo com o meu irmão! E você me enganou! – disse alterada.

– Seus amigos? Você quer dizer sua amiguinha, não é? Preferia estar com ela? Vocês não se desgrudam e você precisa de um namorado! – Gustavo disse exaltando– se e levantando– se da cama para ficar de frente para a irmã, encarando– a desafiadoramente.

Ana Luiza nunca sentira tanta raiva do irmão. Naquele momento, a sua vontade era bater nele. Segurou o ímpeto.

– Qual o seu problema com a Isabelle? – perguntou entre os dentes.

– Não tenho problema nenhum com ela – respondeu.

Gustavo não tinha interesse nenhum em Isabelle. Nunca chegou a ter, mas ao perceber o incômodo da irmã referente ao seu relacionamento com a menina, quis provocar para ver o que estava acontecendo. Concluiu que eram ciúmes e não gostou nada. Por isso que não aguentou em acrescentar uma provocação para ver a reação da irmã.

– Até acho ela bem gostosinha...

Gustavo não conseguiu dizer mais nada. Só gemer de dor pela joelhada que Ana Luiza dera entre suas pernas.

– Não chegue perto dela! – disse Ana furiosa enquanto o irmão falava uma meia dúzia de xingamentos direcionados a ela.

– Qual o seu problema, Ana Luiza? – perguntou altamente irado depois de ter se recuperado parcialmente da dor.

– Pára de se meter no meu relacionamento com a Isabelle! Fica longe dela! – disse começando a se afastar, mas o irmão pegou– a pelo braço de maneira bruta, machucando– a.

– Por que tem tanto medo, hein? Não quer que eu fique com ela por que?

– Ela não é mulher para você, Gustavo!

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