Quando Ezio voltou a Florença e deu a notícia da morte do último dos Pazzi ao duque Lorenzo,
este ficou felicíssimo, mas lamentou que a segurança de Florença e dos Médici precisasse ser
comprada ao custo de tanto sangue. Lorenzo preferia encontrar soluções diplomáticas para as
diferenças, mas este desejo o tornava uma exceção entre seus pares, os governantes das
outras cidades-Estado da Itália.
Ele recompensou Ezio com uma capa cerimonial, que lhe conferia a Liberdade da Cidade
de Florença.
— Este é um presente muito gentil, Altezza — agradeceu Ezio. — Mas receio ter pouco
tempo livre para desfrutar dos benefícios que ele me traz.
Lorenzo ficou surpreso.
— O quê? Você pretende tornar a partir em breve? Eu esperava que você ficasse,
reabrisse o palazzo de sua família e assumisse um posto no governo da cidade, trabalhando
ao meu lado.
Ezio fez uma reverência, mas disse:
— Lamento dizer que acredito que nossos problemas não chegaram ao fim com a queda
dos Pazzi. Eles eram apenas um dos tentáculos de um monstro maior. Minha intenção agora é
ir a Veneza.
— Veneza?
— Sim. O homem que estava com Rodrigo Bórgia no encontro com Francesco é membro
da família Barbarigo.
— Uma das famílias mais poderosas de La Serenissima. Está me dizendo que este homem
é perigoso?
— É aliado de Rodrigo.
Lorenzo refletiu por um instante, depois abriu as mãos.
— Deixo-o ir com grande arrependimento, Ezio; mas sei que estarei em eterna dívida com
você, o que significa que em troca não tenho nenhum poder de comandá-lo. Além do mais,
tenho o pressentimento de que o trabalho em que você está envolvido em longo prazo será
benéfico para nossa cidade, mesmo que eu não esteja vivo para ver isso.
— Não diga isso, Altezza.
Lorenzo sorriu.
— Espero que eu esteja errado, mas viver neste país nestes tempos é como viver à beira
do Vesúvio: perigoso e incerto!
Antes de partir, Ezio levou novidades e presentes a Annetta, embora lhe fosse doloroso
visitar a antiga casa de sua família, e ele não quis entrar. Intencionalmente também evitou a
mansão dos Calfucci, mas foi visitar Paola e achou-a amável, mas distraída, como se sua
mente estivesse em outro lugar. A última visita foi ao ateliê de seu amigo Leonardo, mas aochegar lá só encontrou Agniolo e Innocento, e o lugar tinha cara de ter sido fechado. Não havia
nem sinal de Leonardo.
Agniolo sorriu e o cumprimentou.
— Ciao, Ezio! Há quanto tempo!
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Assasins Creed : Renascença - Oliver Bowden
AventureEmbora eu acreditasse estar aprendendo a viver, estava aprendendo a morrer - Leonardo da Vinci