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A alegria explode como um milhão de fogos de artitfício dentro de mim, da cabeça aos pés. A intensidade me deixa sem fôlego. Não consigo acreditar.

ㅡ Você me ama?

ㅡ Sim. ㅡ Sussurra Lili, com um sorriso timido.

ㅡ Desde quando?

Ela faz uma pausa e dá de ombros, sem jeito.

ㅡ Desde que você me deu o guarda-chuva.
Sorrio para ela.

ㅡ Eu me senti tão bem com aquilo... Suas pegadas molhadas estavam por todo o corredor. Então... está dizendo que vai ficar?

ㅡ Sim.

ㅡ Aqui?

ㅡ Sim.

ㅡ Fico muito feliz de ouvir isso, meu amor.

Acaricio o lábio inferior dela com o polegar e me inclino para beijá-la. Coloco meus lábios nos dela com suavidade, mas ela se incendeia ao meu redor e me surpreendo com seu fervor. Seus lábios e língua estão ávidos, urgentes, as mãos no meu cabelo, puxando e torcendo. Ela quer mais. Muito mais. Gemo enquanto meu corpo ganha vida e intensifico o beijo, accitando tudo o que ela tem para oferecer.

Sua boca exigente está desesperada. Ela está carente. E eu quero ser quem supre essa carência. Passo as mãos pelo seu cabelo, segurando-a, firmando-a, diminuindo seu ritmo. Quero tê-la para mim, ali, agora, no
patamar da escada.

Lili.
Minha ereção é imediata.
Eu a quero.
Eu preciso dela.
Eu a amo.

Mas... ela passou pelo inferno. Estremece quando passo a mão pela lateral do seu corpo. E sua reação me faz voltar a mim.

ㅡ Não... ㅡ Sussurro, e ela se afasta, me lançando um olhar cheio de desejo, mas perplexo e decepcionado. Você está machucada. ㅡ Explico.

ㅡ Estou bem.
Ela está sem fôlego e estica o pescoço para me beijar outra vez.

ㅡ Vamos esperar um pouco ㅡ Sussurro, e apoio a testa na dela. ㅡ Você teve uma manhã horrível.

Ela está extremamente emocionada, e o fervor pode ser uma reação direta pelos maus-tratos daqueles idiotas.
Esse pensamento me desanima.
Ou talvez seja porque ela me ama.
Gosto mais dessa ideia.

Mantemos uma testa apoiada na outra enquanto recuperamos o fôlego. Ela acaricia meu rosto, então inclina a cabeça para um lado e seus lábios sugerem um sorriso.

ㅡ Você é o Conde de Trevethick? ㅡ Provoca ela. ㅡ Quando ia me contar Isso?

Há um brilho travesso em seus olhos, e eu rio, sabendo que ela está repetindo a minha pergunta da outra noite.

ㅡ Estou contando agora.

Ela sorri e bate no próprio lábio com o dedo. Eu me viro e indico com um floreio o retrato de 1667.

ㅡ Permita-me apresentar Edward, o primeiro Conde de Trevethick. E aquele cavalheiro aponto para a outra pintura com o polegar é meu pai, o décimo primeiro conde. Ele era agricultor e também fotógrato. E um torcedor fervoroso do Chelsea, então não sei o que teria achado da sua camisa do Arsenal.

Lili me lança um olhar intrigado.

ㅡ Eles são times rivais de Londres.

ㅡ Ah, não! ㅡ Ela ri. ㅡ Cadê seu retrato?

ㅡ Não tenho ainda. Não sou conde hátanto tempo. Meu irmāo mais vellho, Kit... Ele era o conde de verdade. Mas nunca mandou pintar seu retrato.

Mister | SprousehartOnde histórias criam vida. Descubra agora