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Dia 302
Já era dia quando a Becca acordou. A enfermeira tinha voltado ainda algumas vezes para o quarto, cuidar tanto da mãe quanto do bebê. Camille tinha acordado um pouco antes e solicitado algo para comer. Eu aproveitei e pedi algo para a loira no meu colo também.
— Bom dia. — sussurrei contra o ouvido da loira, que soltou um gemido baixinho.
Eu envolvi mais meus braços ao redor do seu corpo a puxando para mim.
— Estamos em um hospital, Nathan. — Becca riu.
— Não fui eu quem gemeu. — Dei de ombros e a garota revirou os olhos.
A enfermeira entrou e colocou a bandeja ao lado da maca da Camille, estendendo alguma sopa. Ela veio em seguida e entregou o mesmo para a Becca, que me olhou confusa.
— Pedi para você. — falei para ela. — Ela disse que é leve, então pode comer.
— Eu estou sem fome, Nate.
— Come um pouco, depois você deixa aí.
A garota revirou os olhos e abriu o recipiente. Ela colocou três colheres de sopa e a afastou.
— Come mais um pouco. — insisti.
— Isso tem o gosto péssimo e eu estou sem fome.
Olhei para a maca e vi Camille devorando a sopa. Becca percebeu meu olhar e revirou novamente os olhos.
— Ela deve estar com muita fome. — Becca deu de ombros.
— Você mal está comendo, Rebecca. — falei duro — Daqui a pouco cai dura aí.
— Eu estou bem, Nate. — Becca revirou novamente os olhos. — Só estou com sono. Podemos ir embora? Quero ver a Angel.
Concordei com a cabeça e a garota se levantou. Becca tentou firmar o corpo, mas suas pernas não conseguiram. Se eu não tivesse sido rápido, ela teria caído. A enfermeira correu ao nosso encontro, me ajudando a colocar a garota sentada na poltrona. Ela saiu enquanto eu segurava a cadeira ali.
— Eu estou bem, Nate. — Becca tentava se soltar.
— Então não vai ter problema nenhum em esperar. — falei irônico.
A enfermeira voltou depois de alguns minutos com uma maleta. Tirou dali um aparelho para aferir a pressão e constatou que estava baixa.
— Vou colher o sangue para fazer uns exames. — Ela disse enquanto tirava da bolsa uma agulha.
— Eu estou bem! — Becca disse firme.
— Você não está bem, Rebecca. — falei para a garota. — Pode tirar o sangue. — falei para a enfermeira.
— Virou meu dono? — Becca disse estendendo o braço para a enfermeira que começou a preparação do mesmo.
Aproximei a boca da sua orelha e vi a garota respirar fundo.
