Capítulo um

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Arabella

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Arabella

Eu era a única filha mulher, do duque e da duquesa de Topázio, um reino com tradições bastante ultrapassadas. Meu irmão mais velho já tinha se casado, e eu tinha sido obrigada a noivar com um dos príncipes. Eu não gostava dele, na realidade o tinha visto apenas uma vez, mesmo assim ele tinha sido grosseiro.

Me lembro de seu olhar, como ele me devorava com os olhos, sua expressão maliciosa. Só de pensar, já me sinto enjoada, não quero me casar com ele. Mas tenho que casar, é minha obrigação honrar minha família, mesmo que tivesse medo da noite de núpcias. Observo as roupas no armário, escolho um vestido azul claro, ele tinha um tecido  leve e era de manga longa.

Após  me vestir, calço um par de de botas, e coloco uma fivela azul no cabelo. Eu era considerada bonita, apesar de me sentir apenas normal, tinha uma aparência bastante delicada. Meu cabelo loiro mediano, se fundia com minha pele pálida, meus olhos extremamente azuis se destacavam em meio aos tons pálidos.  

Me assusto ao chegar a sala, meu noivo estava ali, não sabia que ele viria. Abraço o meu corpo em proteção, ele sorri de forma descarada, me encolho num canto enquanto papai o bajula. Minha mãe se aproxima, ela me olha com repreensão, provavelmente queria que fosse gentil com vossa alteza.

...

Henrik passava a mão em minha coxa por baixo da mesa, me deixando desconfortável, finjo uma indisposição e vou para o meu quarto. Se ele já era assim como noivo, certamente seria pior como marido, eu tinha muito medo de me tornar sua mulher. Me sento na cama e encaro a porta, estava torcendo para não precisar me despedir, não tinha a mínima vontade.

Escuto a maçaneta girar, fico paralisada no lugar, tento me tranquilizar imaginando ser a governanta. Meu corpo treme quando dou de cara com ele, Henrik me analisa atentamente. Me levanto e recuo, não era certo ele está ali, nos aposentos de uma dama.

— Seus pais saíram, mas eu resolvi ficar.

— Não devemos ficar sozinhos, é melhor irmos para a sala — tento sair, mas ele segura meu braço.

— Aonde pensa que vai? — ele me fita com malícia.

— Me solta, não é correto.

— Eu pouco me importo — ele me empurra na cama.

— O que está fazendo? — tento me levantar, mas ele se debruça sobre mim.

— Acho que não quero esperar até o casamento.

— Não faça isso, eu sou virgem.

Ele me força a deitar de bruços, tento me soltar, mas ele era mais forte. Sinto ele abrir meu zíper, ele é extremamente bruto, sinto as lágrimas quentes molharem meu rosto. Suas mãos ásperas percorrem minhas costas, enquanto abaixa a peça, e a retira me deixando apenas de peças íntimas.

— Henrik, não faça isso.

Ele apenas abaixa minhas peças íntimas, sinto minha espinha gelar, um medo se instaura. Um grito fino escapa da minha garganta, uma dor, tanto física como na alma, uma angústia perfurante. Nunca me envolvi com ninguém, imaginava que minha primeira vez seria linda, mas eram sonhos bobos de uma menina.

...

Me forço a entrar na banheira, a água morna acaricia minha pele, só queria me limpar. Me sentia extremamente suja, já não era mais uma dama, isso me deixava extremamente triste. Não queria me casar com Henrik, não me importava se ele era importante, eu sentia náuseas e extrema repulsa por ele.

Não me importava se me rejeitariam, se a sociedade me julgasse, não poderia me casar por pura conveniência. Só queria esquecer aquilo, mas as lembranças rondavam minha mente, me deixando cada vez mais perturbada com aquilo, sentia que a qualquer momento ficaria louca. Se pudesse sumiria, não voltaria mais aquele reino. Não me importava mais o conforto, ter um título de nobreza, eu só queria deixar  todas aquelas lembranças para trás.

Pego a esponja de banho, esfrego minha pele com afinco, até sentir ela arder e corar. Ficaria ali um bom tempo, até tirar o cheiro dele da minha pele, seu toque sujo e nojento, me limparia até me sentir um pouco mais limpa, talvez sempre fosse me sentir suja. Meus pais confiaram nele, e isso me deixava ainda pior, o deixaram na casa mesmo sabendo que eu estaria aqui, não se importaram com a segurança da própria filha.

 Meus pais confiaram nele, e isso me deixava ainda pior, o deixaram na casa mesmo sabendo que eu estaria aqui, não se importaram com a segurança da própria filha

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Dama impura (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora