Prologo

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Vinnie

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Vinnie

Eu estava tão puto!!!
Fiquei sentado largado no sofá daquela casa. Havia tomado um fora de Melissa a recém e confesso que aquilo feriu o meu ego. Eu estava acostumado a cortar as relações, mas dessa vez foi diferente.
Tem primeira vez pra tudo, não é?
Pra mim a festa já tinha acabado ali, mas meus amigos estavam em outros cômodos da casa bebendo, fumando ou comendo alguma garota. Despejei o resto da minha bebida que já estava quente no vaso de planta que estava poucos centímetros longe de mim. Joguei o copo em qualquer lugar da sala e fui pra fora.
Estava frio, então, logo acendi um baseado e fui pra lateral da casa pra relaxar um pouco.
A música estava bem alta, mas aqui ninguém se preocupa com nada.
Fiquei escorado encarando o pequeno movimento que vinha e voltava, pra dentro e pra fora da casa. Logo atrás de mim, um pouco mais longe na parte mais escura, onde só pegava alguns reflexos das luzes dos postes, havia um casal se pegando.
- Só que me faltava! - revirei os olhos de indignação. Eu realmente não estava afim de ficar presenciando sexo ao ar livre, sem ao menos eu estar participando e eu também não queria participar.
Meu corpo se inclinou pra eu me afastar, mas parei ao ouvir uns grunhidos vindo da menina, que estava escorada na parede. Virei levemente minha cabeça por cima do ombro pra dar uma olhada na situação.
Mas aparentemente eles estavam só se pegando, então, resolvi não dar bola pra eles.
Mas os grunhidos começaram a parecer mais um pedido de socorro em forma de resmungos do que gemidos de tesão.
Olhei a situação de novo e o garoto parou.
- Qual foi, mané??- O cara gritou pra mim, e quando a luz bateu refletindo eles, pude ver que ele estava com seu corpo, que é dobro de tamanho do corpo da garota, a encurralando contra a parede.
Aquilo ferveu meu sangue.
Não a conheço, mas também não queria fazer parte dessa merda. Não me perdoaria se algo acontecesse.
Fui criado com a minha prima e eu mataria um cara que fizesse mal a ela, enquanto ela estivesse em uma situação igual a da garota.
E ela claramente havia sido dopada, ou de bebida, ou de drogas. E pelo modo grogue que ela estava, podia apostar que era de ambos.
- Solta ela, mano. - Falei jogando o cigarro de maconha no chão e indo em direção a eles.
Meus instintos fraterno, falou mais alto.
- Ela é sua garota por a caso? - Perguntou irritado.
- Não. Mas também não é sua, solta ela! - Falei sério, mas ainda com a voz calma.
Eu não conseguia ver o rosto do cara e nem mesmo o da garota.
Eu já estava comprimindo meu maxilar de raiva, o cara estava mesmo me tirando pra louco.
- Qual é mano, vai encarar? - Ele perguntou soltando a menina com tudo.
Ela estava tão mal que escorregou na parede e ficou no chão, tentando assimilar o que estava acontecendo.
Posso jurar que aquele mano ajudou a drogar ela, ou estava cuidando o tempo todo, até ver ela mal o suficiente pra se aproveitar dela.
O cara estava vindo em minha direção e eu estava indo em direção a ele, quando estávamos prestes a nos pegar no soco, o guarda - que era pra fazer uma ronda de vinte em vinte minutos - acendeu a lanterna em nossa direção pra nos impedir de brigar.
Não sou de brigar por qualquer coisa, essa fase já passou pra mim, mas estava disposto a ajudar uma garota desconhecida, jamais me perdoaria e nem conseguiria seguir com o trauma de saber que uma garota foi abusada e eu tive chance de ajudar e não a ajudei.
Aquele merda era pra ter aparecido antes, mas esses seguranças são tão vagabundos que ao invés de fazer rondas de vinte em vinte minutos, na maioria das vezes eles fazem de uma hora em uma hora. E nesse tempo MUITA merda acontecia nesse campus.
O cara que agora estava cagado de medo, passou por mim e me deu um empurrão, eu ia o empurrar de volta, mas vi a garota no chão e resolvi a ajudar.
- Hey garotão, que porra você tá fazendo? - o segurança perguntou, com a voz bem alta.
- Filho da puta! - Falei baixinho, enquanto ele ainda estava parado no mesmo lugar apenas com a luz da lanterna na minha cara.
Aquele cara deveria ter quase uns 120 kg pelo tamanho dele, e sua altura, poderia chutar uns 1,95 metros. Ele acabaria comigo, mesmo eu tendo altura o suficiente, mas não conseguiria com aquele peso todo em cima de mim.
- Vim ajudar minha namorada. - Falei segurando o cabelo a garota enquanto ela estava sentada na grama colocando praticamente todos os seus órgãos pra fora.
Quando era pra aquele merda ajudar a garota ele não estava aqui, aí agora que ela está sendo ajudada ele não sai do meu pé.
Bufei.
Demorou longos e nojentos minutos até a garota conseguir parar de vomitar e se levantar.
Eu não queria ficar de babá dela, mas queria aquele segurança fora da minha cola e não queria deixar ela sozinha nem dentro da festa e muito menos aqui fora. Minha única alternativa? Levar ela pra casa.
Consegui deixar ela em pé, apoiei minha mão na cintura dela e coloquei o braço dela em volta da minha cintura. A diferença de tamanho era enormee mais o estado dela ajudaram a dificultar a nossa situação. A levei pra dentro do meu carro. E acho que a caminhada não fez muito bem, pois ela começou a resmungar que precisava vomitar.
- Se sujar o meu carro eu te mato! - Falei puto.
Esse carro é tudo, cuido mais dele do que minha própria vida. Se ela o sujasse, eu a mataria.
Em questão de segundos, pulei do banco pra fora, dei meia volta, abri a porta do lado onde ela estava e a deixei vomitar do lado de fora.
Fiquei mais afasto pra não ficar sentindo aquele cheiro, mas também fiquei perto o suficiente pra ajudá-la.
Acendi outro baseado e fiquei esperando.
Quando ela terminou, a ajudei a se ajeitar no banco do carro e coloquei o cinto nela.
Percebi que ela estava toda arrepiada por causa do frio, infelizmente eu não tinha nenhuma jaqueta para emprestar, minha melhor e única solução no momento foi ligar o ar no quente.
- Você mora em fraternidade ou em Alojamento ? - perguntei, já entediado de dar uma de babá a uma desconhecida.
- Alô... Alo... - ela não conseguia falar .
- Alojamento. - Falei por ela, que assentiu com a cabeça.
Seu cabelo estava desarrumado. E havia vestígios de vômito nela, a cena era péssima e eu precisava tirar ela de dentro do meu bebê antes mesmo que ela deixasse tufo fedido.
Estamos a quatro quarteirões dos alojamentos, estamos ainda nos quarteirões das fraternidades.
- Tem a chave de casa?
Ela balançou a cabeça negando.
Bufei.
- Alguém que possa ligar?
Ela mostrou o celular que estava completamente sem bateria e eu escorei minha cabeça no banco de raiva.
Pensando em um jeito de ajudá-la e de me livrar dela.
- E qual é o seu alojamento? - Eu estava tentando pensar rápido, tava realmente muito frio. E eu queria minha cama.
- É o Sun light. - Resmungou. - Mas... - Ela estava arrumando forças pra falar. Parei para analisar seu rosto completamente abatido e notei que apesar da maquiagem pesada e borrada, ainda dava pra ver os vestígios do belo rosto dela. Boca carnuda, um pouco bochechudinha, mas ainda linda. Os olhos castanhos que mesmo grogues me penetraram.
- Minhas coisas estão com a Sandy. - falou quase chorando.
Beleza. Não, merda, beleza nenhuma.
Eu estava fodido, com uma garota bebassa e um segurança de merda na minha cola, que por sinal estava passando com o carro devagar perto do meu, nos cuidando.
Liguei o carro e fui em direção a minha fraternidade que fica a mais ou menos dois quarteirões daqui.
Eu não tinha outra opção.
Finalmente nós chegamos em casa e eu a ajudei a ir pro meu quarto. Por sorte eu tinha ficado com um dos três quartos que tinha banheiro.
- Vou dormir aqui? - Ela perguntou quase caindo.
Subir as escadas havia a deixado mais tonta ainda.
- Não temos outra opção. - Falei colocando as mãos na cintura.
- Mas não conheço você. -resmungou.
- Também não te conheço, mesmo assim não hesitei em te ajudar. Agora me ajude, estou cansado, faça o favor de tomar o um banho e dormir, amanhã a gente vê o que fazemos. - Falei seco. Já estava putasso .
Ela nem questionou, também estava cansada.
Em seu vestido vermelho curto de alças, havia vestígio de vômito, e parei para notar pela primeira o seu belo corpo. Belas cochas, bunda grande, peito farto e uma cintura fina.
Em outra ocasião eu adoraria a ver sem roupa na minha cama, mas não nessa.
Afastei esse pensamento da minha cabeça e ajudei a entrar no banheiro. Ela estava sem meias no pé e tava explicando um dos maiores motivos do porque ela estava com tanto frio. Minha mãe sempre me disse que ficar sem meia dava mais frio ainda em uma pessoa. E a roupa que ela estava não estava nada agasalhada.
Ouvi quando o chuveiro ligou e enquanto ela tomava banho, separei uma roupa pra ela. Eu não queria emprestar uma cueca nova minha, mas não tinha opção. Peguei minha cueca nova, uma calça de moletom e um moletom. E não esqueci das meias, ela ia precisar. Deixei no banheiro e ela nem notou minha presença lá. Desci e preparei um café bem forte pra nós dois. Comi um sanduíche e subi com as xícaras de café, ela já havia saído do banho e estava secando os cabelos. Minhas roupas estavam bem largas nela e imaginei que minha cueca também poderia estar, mas lembrei que com o tamanho dessa bunda, com certeza serviu nela.
Ela se sentou na beira da cama e colocou as meias bem devagar. Ela estava um pouco melhor, mas ainda estava com o raciocínio lento.
Entreguei uma das xícaras a ela e ela agradeceu com o olhar ainda fraco.
Coloquei minha xícara na cômoda antes de entrar no banheiro e fui pro banho. Demorei um bom tempo,tentando esquentar as duas pedras de gelo que estavam segurando o peso do meu corpo, vulgo, meus pés.
Quando sai do banheiro com uma calça de moletom e secando meus cabelos, vi a garota completamente encolhida na minha cama com as minhas cobertas e a xícara quase intacta.
Não costumo deixar as garotas que não conheço dormirem na minha cama, a menos que eu tenha transado com elas, mas não deixaria ela dormir na sala. Moro com nove caras e eu não confio em todos, tive medo de que algum deles fizesse alguma coisa com ela. E só de imaginar as coisas que eles poderiam fazer, me deu enjoo.
Melhor ela ficar aqui.
Mandei mensagem pro Tayler e pro Bryce avisando que eu havia chegado em casa, coloquei meu celular no criado mudo ao lado da cama e dormi.







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Peço desculpas pelos erros e pelo capítulo longo.
Espero que gostem, comentem pra eu saber se estão gostando. Quanto mais comentários, mais rápido eu volto.
Até o próximo capítulo 😘😘😘😘❤️‍🔥❤️‍🔥❤️‍🔥

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⏰ Última atualização: Jun 30, 2021 ⏰

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