(10) Necessidade do tato.

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"Dançarinos são os poetas do gesto" — Balanchine.

Uma pesquisa mostrou que um adulto típico diz "eu estou bem" quatorze vezes por semana, mas menos de entre cinco falam a verdade.

Você prefere dizer que sim, você está bem, do que dizer que está acontecendo algo, acho que fazemos isso por questões vindas de si mesmo, ou porque já se acostumou tanto a fazer isso que nem percebe mais.

É inevitável. Bem mesmo.

Hoje em dia somos rodeados de problemas, e não sou poucos, são muitos. E quando você acha que não tem mais nenhum, alguma coisa te pega de surpresa, ou você lembra que sim, a coisa que tem menos probabilidade de acontecer, é você ficar sem obstáculos.

É um caminho sem fim. Como se estivéssemos andando em círculos, e sempre acabássemos no mesmo caminho.

Se você quer "dispensar" alguns problemas, pelo menos tente resolvê-los, pois eu tenho a grande certeza que eles não irão sumir de repente.

—Hoseok você precisa conversar com eles.

É o que eu digo para o acastanhado por ligação, antes de eu voltar para a rotina, e detalhe, estou em direção à faculdade com a minha bicicleta, enquanto falo com o mesmo.

—Estou esperando o Uber, e desejo chegar atrasado para não olhar na cara do Taehyung e do Jin para não ficar chato pra vocês que estão conosco. — Se esclarece, enquanto consigo sentir os meus pulmões ferverem por falar e pedalar ao mesmo tempo, mesmo que eu esteja tentando recuperar o ar no momento que ele fala algo. — Puta merda, Jimin. Respira.

—Calma, caralho. — Dou uma fungada. — Crítico aqui.

—Não são nem sete horas da manhã e você já está todo comprometido, aí. — Diz na cara de pau.

—Oh seu arrombado! — Agora fico nervoso. — Quem está com problemas amorosos a plena seis horas da manhã é você, palhaço! — Logo depois de dizer, eu paro perto de uma calçada, respirando tão fundo a ponto do Hoseok escutar do outro lado.

—Eu sei, caramba. Por isso mesmo estou te ligando, para você tentar me ajudar, né. — Ele diz como se fosse óbvio. — Não revida, grosso.

—Eu não sou grosso, bobão. — Digo logo voltando a pedalar. — Hoseok, desculpa. Mas você brigou com duas pessoas que sempre vê diariamente, então até você não resolver... — Paro de falar um pouco por conta do cansaço, logo voltando. — Então até você não resolver isso, vai ficar um puta climão, e não vai incomodar só vocês, os outros do nosso grupinho também.

—Eu sei, tonto. Por isso estou dizendo que preciso da sua ajuda.

—Meu filho, não estou conseguindo nem pedalar direito, imagina te ajudar? — Falo, logo ouvindo uma reclamação do mesmo. — Sério, faz isso aí que você disse, preciso desligar!

Então encerrei a chamada.

Hoseok tem a faca e o queijo na mão, se não quiser fazer algo, vai ficar assim pra sempre. E não, o problema não está em Hoseok, de jeito maneira, quem deveria vim falar com ele era os dois pombinhos. E porra não estou entendendo mais nada.

Avistando a faculdade a algumas esquinas a frente, eu respiro fundo, e vou em direção a mesma, já me sufocando meltalmemte por ainda ser segunda-feira, e nem ter começado a semana ainda.

Além do Preto e Branco. • PJM + JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora