- E então, Livia Snown? Pensou? - Paul entrou novamente no quarto em que eu estava. Eu não pensei em porra nenhuma, eu apenas faria qualquer coisa pra manter meu filho seguro.
- Tudo bem, Paul. - Falei. - Eu faço o que você deseja. - Suspirei.
Ele sorriu.
- Ótimo, me siga. - Ele disse e saiu do quarto. "Me siga", até parece que eu sou cadela. Fui atrás do merda.
Fiquei pensando, será que o merda deixaria eu ver o meu filho antes de sair desse inferno? Ele deveria deixar, mas do jeito que Paul é. Eu estava me sentindo a pior mãe do mundo deixando ele aqui, e voltando para a minha casa, mas era pra protege-lo através dos caprichos do Paul.
A casa estava completamente armada, era impossivel entrar aqui sem sair morto, a não ser se estivesse com uma tropa muito grande. Nos descemos um escada muito grande, e os caras que trabalhavam pra ele me encaravam atentos.
De repente as escadas deram ate a saida da casa, ufa, foram uns dois ou três dias neste lugar, apenas bebendo água, Paul não teve coragem de me dar um osso sequer, eu estava com uma vontade de desmair de fome, mas dava pra aguentar essa.
Estava um dia ensolarado, e eu estava precisando deste ar. Tinha uns dois galpão aqui, e mais essa casa enorme, o espaço era bem grande.
- Seu carro já está pronto. - Quê? Mas agora? Eu pensava que ele iria fazer outra coisa, sei lá... - Me escute você tem uma semana pra fazer cada coisa que eu propor. - Me disse. Meu Deus, que ele não faça coisa muito pesada.
- Tá bom, Paul! Será que dá pra me deixar ir? - Falei, era insuportável ficar no mesmo ambiente que ele.
- Se lembre Livia, eu estou de olho em você. - Ele disse.
Eu sabia muito bem.
- Cadê o carro? - Perguntei.
- A primeira coisa que vai fazer, vai se afastar dos seus amiguinhos. Todos eles. - Nossa, mas já? Qual é. Eu vou viver sozinha? - E da sua irmã. - Ah não, já começamos bonito hein.
Não dá pra se separ do Miguel, do Nolan. Ah, o Nolan, a gente até estava se dando bem, ele é muito legal, enfim, do Roma, como que eu vou conseguir ficar sem o Roma? E ainda a Kate que precisa de mim, tem mais a Alice, já sou muito acostumada com ela. Puta que pariu.
- O quê? Vai começar a me maltrar com a solidão? - Perguntei irônica e muito chocada.
- Não, pode ficar com o Renato. Quanto mais proximo melhor.
Merda, ele queria mesmo que eu ficasse sozinha. Começamos bem pra caralho mesmo.
- O que você quer dele? - Perguntei.
- Surpresa. - Me disse.
Ouvi um barulho de carro e olhei, vendo estacionando na minha frente, até que estiloso, abri o carro e nem me despedi do Paul, mal olhei para a cara dele. Tinha um cara no banco de trás que iria comigo, ótimo, legal mesmo. Fechei a porta, e um outro começou a dirigir.
Meu peito até doia sabendo que eu estava deixando meu bebê. Porra. Agora não dava pra chorar mais, pois eu já chorei o suficiente, a única coisa que eu tinha que fazer é seguir suas regras e pensar em alguma coisa pra acabar com isso. Merda.
Como é que eu iria fazer algo escondido sendo que os caras estariam me vigiando? É impossivel, eu não vou saber onde eles estão ou não estão... E a porra é que eu não posso contar com ninguém.A viagem inteira foi olhando para baixo, para que eu não pudesse olhar o caminho.
Vai saber quantos minutos depois eles pararam o carro. Ufa, eu preciso comer, estou morrendo de fome.
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Entre Gângsteres | Renato Garcia (Concluída)
Fiksi PenggemarEu agora estou nesse mundo, mafiosos, gângsteres, mortes, crimes, estou praticamente no mundo do inferno, vivendo na casa do Demonio, com o Demonio. O maior e melhor entre os outros. Isso é novo pra mim. Dizem que é no ceú que você se sente vivo. Bo...