02 • em amor com o dinheiro

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☕️

Três dias.

Três longos dias depois de sábado.

E eu não aguento mais.

Não aguento mais sentir o cheiro daquele dançarino em todo lugar que eu vou.

Ok, talvez meia parcela seja culpa minha, já que sua fragrância adocicada ficou impregnada em mim e por eu ter chegado da boate cansado, não me preocupei em trocar minhas roupas, resultando na minha cama também impregnada com o cheiro daquele homem.

Como pode um cheiro se alastrar desse jeito? Credo, já fazem três dias.

O ponto é: eu não aguento mais.

Meu despertador está prestes a despertar as exatas seis e quarenta e cinco e infelizmente já estou acordado. E é terça-feira.

Eu meio que tive um sonho esquisito com a noite de sábado e acabei acordando confuso e antes da hora.

Mas não importa, agora meu despertador oficialmente está tocando e eu preciso me levantar para ser massacrado por alunos engomadinhos que acham que sabem de tudo.

E com o mal humor que não sai de mim, vou tomar um banho rápido com a intenção de me sentir melhor.

Mas não adianta muito.

Talvez fosse a falta de sexo como meus amigos tanto diziam, apesar de que não faz tanto tempo assim que eu dei uma "pimbada."

Você me paga por isso, Kim Namjoon.

Eu não dava muitos detalhes aos meus amigos, mas a última vez que eu me lembro foi à mais ou menos dez dias, então não faz tanto tempo assim...

Né?!

De qualquer forma, talvez eu só esteja muito obcecado pelo cheiro, porque ele realmente é muito gostoso. Mas preciso esquecer disso logo, até porque eu não tenho tempo para isso agora.

E sem pensar muito mais, depois de me secar do banho de gato que tomei, passei meus cosméticos e fui rumo ao meu guarda-roupa, começando a vestir minhas roupas que já estavam separadas: calça social, blusa social e sapatos sociais.

Enfim, social.

Depois de dar um jeito no meu cabelo oleoso, que eu não quis lavar pelo frio da manhã, fui para a cozinha do meu apartamento, - que não era grande coisa, mas eu amava - e preparei meu café expresso na minha máquina de café - que também não era grande coisa, mas eu amava.

Esperando a pequena xícara se preencher com todo o líquido, eu senti uma fungada nos meus pés, que não me estranhou, pelo contrário, me fez sorrir.

— Oi bebê do papai! — Falei com empolgação, me abaixando para olhar meu cachorro Iron.

Ele era um simpático Bull Terrier e com certeza o cachorro mais carinhoso do mundo.

Com certa dificuldade, por conta da sua pata traseira ser mecânica, ele tentou se deitar no chão de barriga para cima para que eu pudesse acaricia-lo e eu logo o ajudei a realizar a tarefa e fiquei longos minutos distraído enquanto acariciava aquelas banhas tão gostosas de apertar.

Mas a vida real me chamava e contra minha vontade, tive que me levantar, depois de colocá-lo de pé também.

Foquei novamente no meu café expresso, bebendo-o até não sobrar nenhuma gota e então continuo minha rotina: colocar ração e água para Iron, escovar os dentes, pegar minhas coisas e ir para a universidade.

Só depois de pegar o trânsito infernal e cotidiano das sete da manhã, eu finalmente chego ao meu trabalho e estaciono meu carro, - que também não era grande coisa, mas eu amava - na minha vaga de professor.

Mil Dentes de Leão • JJK + PJM Onde histórias criam vida. Descubra agora