Dois

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Carla se sentia de mãos complemente atadas naquele momento, o pavor lhe dominava, porém não consegui impedir Juliette de realizar o que tinha em sua mente.

_Você tem certeza? – perguntou aflita.

_Esse barulho está me incomodando, Carla. Preciso ver o que é isso.

_Deve ser alguém animal, pare de frescura  - Carla pediu

_ Vá para o seu trailer com sua namorada e se divirta, tudo bem? Eu só vou dar uma olhada pelo perímetro.

_Já está escuro _ Carla insistiu

_ Eu sei, não é como se eu corresse algum perigo, não acha? Todos os homens estão mortos.

_Acho. Não é só homens que proporcionavam perigo _ Juliette suspirou e lhe fitou.

_Estou armada_ disse convicta _ Só tenho essa impressão há uma semana, desde que chegamos aqui, de que estou sendo observada. Não gosto disso – informou – Seja lá o que for isso, está roubado nossa comida.

_ Por que não vai para o seu trailer? Transe bastante com a Viviane e amanhã estará calma como nunca  - Juliette suspirou

_ Não tenho relações com ela há três semanas – informou  _ Não me sinto cômodo perto dela. Ela é muito... _ Juliette tentou encontrar alguma palavra para descrever o que pensara, porém não achou  _ Ela não é para mim.

_ Mas o sexo não é bom? – Carla indagou

_ Sinto mais prazer me masturbando, se for para ser sincera _ Juliette disse, olhando em volta _ Ela é uma garota bacana, só não é para mim.

_ Juliette, não temos muitas opções hoje em dia _Carla afirmou _ Todo mundo foi pareado. Só não ficou junto às que realmente são heterossexuais, igual a Camilla.

_ Ou as que não deram certo _ Juliette completou _E eu não dou certo com ela.

_ Está disposta a passar o resto de seus dias se masturbando? _ Carla perguntou e Juliette assentiu.

_ Já pensei nisso. É um risco que correrei. Talvez eu encontre outra que não quis ficar com seu par _ Juliette disse,  abrindo a porta do trailer científico , que é onde realizavam seus experimentos.

_ Boa sorte, então  _ Carla disse, dando- se por vencida  _ Por sorte Thais e eu nos apaixonamos.

_ É, por sorte  - disse Juliette, feliz por suas amigas _ Nós vemos amanhã  _ finalizou, começando a caminhar, entrando na mata alguns segundos depois. O que engraçado era que onde seus trailers estavam era uma área seca, cheia de raxaduras, porém,  ao redor era repleto de matos compridos, que alcançavam quase dois metros de altura.

Ela não levou lanterna, sentia que isso despistaria qualquer coisa que estivesse seguindo, contudo, seus olhos e ouvidos estavam bem atentos a qualquer ruído.

Foi exatamente por isso que viu o mato começar a fazer barulho, como se corresse por ele para longe dela. Juliette começou  correr atrás do ruído, percebendo que não era algo, senão alguém.

_Heey, Pare  _ Gritou, correndo na direção da garota. A única coisa que conseguia ver era os longos cabelos lisos e loiro ou castanho claros não sabia distinguir pela escuridão _ Estou armada, pare agora ou eu atiro _ berrou, vendo o corpo parar e ergueu as mãos ao alto.

_ Por favor, não atire  _ ouviu a voz suplicar e a garota se virar para ela. Ela pode ver que era uma garota, dona de uma voz grave e rouca.

A única coisa que pensava enquanto se aproximava era: O que alguém fazia ali, no meio do nada?

O Último Pênis  - Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora