EvilBeasts

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Antes que comecem a leitura, espero que entendam que não estou me baseando nas localidades dos animais. Por exemplo: Um urso polar no Saara é totalmente possível aqui!Kkk
Então, releveeem!!
Aproveitem a história!!

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-Os EvilBeasts possuem uma pelagem diferente dos próprios animais. Seus rastros são totalmente difíceis de se localizarem ou rastrearem, por terem comportamentos selvagens, essas pistas podem ser confundidas facilmente. Entretanto, o problema que mais causa impacto em nós, RedHats, é distingui-los quando se encontram em sua forma humana, por esse motivo tenham cuidado com a confiança e a fidelidade entre vocês...

O velho professor continuava falando enquanto me escondia em pensamentos, sentado na última cadeira da sala.

Distinguir um EvilBeasts no aspecto animal é muito mais fácil do que rastrea-los, esses seres selvagens usufruem de pelos mais vivos, mais brilhosos e bem tratados, por serem parte humanos, a higiene faz suas fragâncias se destacarem em meio a selva, disso, vem o rastreamento, se deixarem pelos ou algo do tipo na trilha de provas, a busca seria beneficiada, mas nunca é tão fácil assim. Por ser de uma familia de caçadores, esses entendimentos passam em minha cabeça a todo momento, chegando até ser de senso comum pra mim. Tal prática está em minha familia há gerações, portanto não podia jogar fora a responsabilidade de carregar o nome "Kageyama".

-Vamos, Kageyama!... Dormiu de olhos abertos?

Um homem de cabelos castanhos pergunta sarcástico enquanto abanava uma das mãos na frente dos meus olhos, a atitude infantil irrita Iwaizumi do seu lado e o faz dar um pequeno murro em seu ombro com gosto.

-Aiai! Essa doeu!!

-Nem fiz força.

Aproveito a distração dos dois e saio da sala me encontrando com um garoto alto de óculos irritantes.

-Bom dia, Rei.

-Fique quieto Tsukki...

Digo irritado com a liberdade do loiro que pensou ter comigo, nem nos conhecíamos tanto.

Me dirijo ao salão de festas tumultuado por estudantes e poucos professores. O recinto se revelava com enfeites do chão ao teto, um espaço aberto que continha mesas e cadeiras e pessoas que subiam nas escadas de madeira e plantavam mais adornos ao redor do salão brilhante e aconchegante, o clima de despedida era o que descrevia aquele lugar.

-Vai ser um longo e ótimo dia.

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Bato minhas patas contra o chão seco do outono, sentindo o vento frio delinear meu rosto peludo e alaranjado pela pelagem ruiva de uma raposa.

Poderia estar me aproveitando do clima fresco daquela estação transitória, porém, um lobo cinza também acompanhava meus passos afobados junto de um cão selvagem de cores mescladas entre o castanho escuro e um dourado chamativo.

Nossas respirações irregulares, de uma certa forma, conseguiam compreender aquela dança de anelações, nossas circulações pulsavam como um rebanho covarde descordenado, esperando o perigo findar. A corrida já chegava ao término quando uma pantera pulara por cima de mim e chegara na largada estabelecida por Yamaguchi com um pequeno lenço verde em mãos que se agita ao cruzarmos ela.

-Isso não vale Kuroo! Você cortou caminho!

Nishinoya contesta voltando para sua forma humana, o mesmo era pequeno com cabelos escuros e uma mecha amarela caindo na testa, suas expressões o descreviam como irritado e injustiçado pela atitude do mais alto que sorria divertido para o outro. Cara de gato irritante!

-Isso é desculpa de perdedor cachorrinho, portanto, faça como Hinata, aceite a derrota.

-Hey!

-Hey!

Digo indignado ao mesmo tempo que meu amigo e eu, imerecidos, fitavamos o homem de cabelos negros. Talvez, eu e Yuu sejamos um pouco competitivos...

-Parem de brigar, vamos ajudar Yamaguchi à arrumar a mesa.

O homem de cabelos grisalhos e antes lobo chama todos nós para dentro da cabana, onde comiamos as nossas refeições de meio dia, se bem que eu achava muito desnecessário tê-la, mas se Sugawara desejava...

No centro da pequena residência, um cervo morto se encontrava despencado em cima de uma mesinha de madeira. Eu e Nishinoya atacamos o animal e arrancamos o couro do cervídeo rapidamente sem esperar pelos mais velhos que nos olhavam indiferentes, entretanto um pouco indignados pela falta de paciência e educação que demonstramos.

Desculpe Sugawara, mas eu estou, realmente, com muita fome.

-Nem esperaram eu tirar a pele...

O homem de cabelos verdes comenta sem graça, fazendo os outros dois penarem por ele. Agora me sinto um pouco mau...

-Você poderia comer no seu restaurante Yamaguchi? Se quiser posso fazer companhia pra você...

O lobo oferece sorrindo nervoso e constrangido pela falta de educação que Yuu e eu mostramos.

-Eu também.

O mais alto o acompanha pegando uma perna de cervo e comendo lentamente afim de não manchar a roupa de sangue.

-Seria bom, a maioria das pessoas não estão sendo legais com a gente...

Paro de arrancar a pele do cervo e olho para os outros ainda mastigando a carne. Como assim? Será que descobriram? Penso engolindo o alimento.

-Será que eles suspeitam?

-Vamos ter que descobrir...

Kuroo diz largando os restos do almoço enquanto limpava a boca em volta e pegava seu sobre tudo pendurado no gancho do porta chapéu. Os outros fazem o mesmo e nos deixam sozinhos na cabana ensanguentada.

-Nem parece que o Yamaguchi é da minha idade...

Refleti em voz alta ao perceber que tinha desapontado Sugawara com minha própria atitude mal pensada.

-Nós vamos ter que limpar antes que eles cheguem.

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Caçados (Repostado)Onde histórias criam vida. Descubra agora