Capítulo 18

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Um estrondo de trovão fez todo mundo pular assustado e minha atenção se voltou para o céu assim que a chuva começou a cair de nuvens cinzentas que se estendiam através da cordilheira, um pouco de vento encharcou minhas roupas imediatamente.

-Ah, qual é! - exclamei, o clima naquela ilha era ridículo, nós não precisávamos de outra tempestade.

-Ótimo - Sarah resmungou - precisamos voltar para o resort antes de ficarmos molhados.

-Não tenho certeza de que teremos tempo para isso, Sarah - Gil falou - descer uma montanha no meio de uma tempestade é estar pedindo para escorregar e quebrar o pescoço. E, mesmo se for lento e cuidadoso, ficará muito escuro para andarmos pela selva.

-Não vou passar por aquela selva no escuro - Arthur falou, com uma careta - nós seremos comidos vivos por alguma coisa.

Eu zombaria dele se não concordasse com sua fala, já era assustador atravessar a mata durante o dia, imagina a noite.

-Bem, não podemos ficar expostos assim - Camilla comentou - isso é ainda pior.

-Arthur, você não disse que viu uma caverna na caminhada até aqui? - Carla perguntou.

-Sim, mas não parecia muito grande - o moreno respondeu.

-Não importa - Gil falou - se for um abrigo, vai ter que servir.

Olhei para as videiras novamente, observando a chuva batendo na superfície da água. Eu queria saber como destruí-las. Chegamos até aqui para encontrar o problema, e agora temos que fugir.

Um puxão firme no meu braço me trouxe de volta à realidade e eu percebi que Sarah estava me olhando, as sobrancelhas franzidas em preocupação.

-Tire a cabeça das nuvens, Juliette - ela falou - nós temos que ir.

-Desculpe, eu... - começei a falar, mas parei no meio - deixa pra lá.

A mão da Sarah desceu para entrelaçar seus dedos aos meus e eu só tive um segundo para me surpreender antes dela começar a me arrastar de volta pela montanha, seguindo o caminho cuidadosamente nas rochas escorregadias.

-Sarah, o que eu queria te dizer...

-Agora não - ela me interrompeu e a urgência em sua voz roubou toda a minha confiança, e por um bom tempo, o único som que podia ouvir eram os nossos passos e a constante queda da chuva.

Meu cabelo ficou tão pesado pela água que estava aderindo à minha pele.

-Lá em baixo! - Arthur chamou nossa atenção.

Era menos uma caverna e mais um buraco pequeno na montanha, mas era grande o suficiente para todos caberem dentro.

Eu tremi quando me sentei e coloquei minhas costas contra a parede, os braços envoltos em volta de mim para tentar me aquecer.

-Porra, é assustador aqui - Camilla comentou - Hey, Hope, venha aqui um segundo.

Eu ouvi um barulho nas sombras antes de uma luz acender de repente, e eu percebi que estava embutido na cabeça de Hope.

Agora que eu podia ver, o barulho de pés em pedra torna-se Sarah andando de um lado para o outro, sua cabeça inclinando-se ligeiramente para evitar o teto da caverna.

-Você está bem? - perguntei, franzindo a testa em preocupação.

-Não - okay, eu deveria ter esperado por isso, mas eu pensei que ela poderia elaborar.

-A melhor coisa a fazer agora é dormir durante a tempestade - Gil falou - de qualquer forma, vamos precisar de energia.

Sarah não comentou, mas diminuiu o ritmo, sentando-se bem atrás de todos os outros.

Castaway - A Aventura do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora