Cap. 8

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Lola narrando

Entro no carro com duas bolsas gigantes e pesadas com roupas, sapatos e acessórios para gravar somente UM comercial.

como esse povo é exagerado!

Dirijo até escola de Faith e a deixo lá.

- Você vem, não vem mamãe? - ela pergunta -

- Claro, querida! nunca perderia uma apresentação sua!

Dou um beijo em sua bochecha e deixo a mesma entrar na escolinha.

Após isto, dirijo rapidamente até a Times Square. Provavelmente burlei umas 5 regras de trânsito, mas aqui é NY, pessoas fazem isto o tempo todo. Mas se eu me atrasar para chegar, atraso o meu preparo, atraso as gravações e me atraso para a apresentação de Fai. 

Vai dar tudo certo, esta tudo calculado. Meus cálculos nunca erram. 

esta tudo sob controle

Estaciono na primeira vaga que avisto após minutos procurando. 

- Como este lugar é lotado, meu Deus! - reclamo comigo -

Desligo o carro, mando mensagem para os seguranças que, infelizmente, precisarão me acompanhar. Todos sabem da gravação do comercial. Portanto, tem muitos fãs e muito haters apenas à minha espera. Seria extremamente perigoso, andar sozinha. 

Rapidamente eles chegam, saio do carro e pego as sacolas. 

Caminho com eles à minha volta como uma grande muralha. 

céus, como eu odeio isto!

Me sinto tão impotente, tão pequena, numa cidade tão grande. 

Questiono a necessidade disto, até que uma única garota me avista e grita:

- OLHEM! É A LOLA WOODS!! OLHEM, OLHEM, ELA ESTÁ ALI! 

E uma multidão a segue em minha direção. Os seguranças fazem uma espécie de cerca lado a lado enquanto pessoas empurram eles. Sorte a minha ter me livrado da claustrofobia, porque se não.. estaria me sentindo totalmente sufocada agora. Ainda bem que já estamos chegando. 

- LOLA, EU TE AMO! ME DÁ UM AUTÓGRAFO POR FAVOR!

- EU TE AMO!

- LOLA!! VOCÊ É LINDA!!

- ME BEIJA!!!!!

Rio para mim mesma. Mesmo depois de todos esses anos, eu ainda acho surreal ter fãs e ouvir essas declarações e elogios de desconhecidos. 

Estamos quase perto da entrada do belo e enorme jardim artificial feito justamente para a gravação deste comercial. 

- HEY, LOLA WOODS! - uma mulher grita, seu cabelo vermelho e uma placa gigante me chamam atenção -

Paro para ver melhor.

- Senhora, precisamos continuar. - um dos homens diz -

- Um segundo por favor, só quero ler o que está ali.

Me inclino na direção da moça e então, consigo ler. 

Engulo em seco e sou levemente empurrada por outro segurança, garantindo que eu voltasse a andar. 

- Precisamos continuar, senhora

Mas o choque e a dor das palavras me paralisam por um segundo. 

"você acha que tem o direito de se chamar de mãe?"

Junto com essa moça, aparecem outros.

The Camp's GoneOnde histórias criam vida. Descubra agora