Arthur P.O.V.
É domingo, quase 22hrs, o céu está tomado por nuvens carregadas e a temperatura não passa dos 15°C. Meu voo só é daqui a uma hora, mas eu já estou contando os minutos para entrar no avião e voltar para o calor do Rio de Janeiro, isso é, se essa queda de temperatura já não tiver chegado lá.
Na área de embarque há poucas pessoas, várias cadeiras vazias e, felizmente ou infelizmente, ninguém me reconheceu ainda, ou pelo menos não veio falar comigo ou pedir foto; mesmo assim, busco um local mais seguro para perguntar o que estou ansioso pela resposta há um tempo. Sei que combinamos essa resposta para hoje e não podia jamais desrespeitar o tempo dela, mas também não poderia me privar de criar expectativas e ansiedade por uma resposta positiva.
Pego o celular, abro WhatsApp e começo a digitar para o primeiro contato fixado na minha tela que tem escrito "Linda <3"; não conversamos desde às 17hrs, que foi o horário da última pausa no job de publicidade que eu estava fazendo, releio o que ela disse, para ter certeza de que não deixei de responder algo, e pergunto:
- Oi linda, terminei o trabalho, já estou no aeroporto esperando pelo embarque, como foi o resto do dia? – pergunto para garantir que ela ficou bem e para ter certeza de que ela está online para não me fazer esperar mais ainda pela próxima resposta.
- Oiêe, foi tranquilo, lindo, nada demais... – ela responde sem dar muitos detalhes.
- Vi que você ficou bem sumidinha das redes sociais hoje, tá tudo bem?
- Tá sim, só queria um tempo off mesmo, na verdade queria mais tempo off há um tempo.
Não sei se ela estava me dando a deixa para convidá-la mais uma vez para a viagem, considerei como sim e decidir ir logo ao assunto:
- Você podia ter quatro dias off comigo, num lugar bem afastado, sem ninguém por perto... repensou meu convite, pela terceira vez, dona Carla? – pergunto ainda sem muita certeza do que ela responderia, mas relembrando o dia que a convidei pela primeira vez para a viagem, o dia em que nos desentendemos e ela desmarcou e o dia que eu a perguntei novamente quando nos acertamos.
- Ai Arthú, nós íamos conversar sobre isso só quando você chegasse no Rio! Pra que essa pressa? – ela respondeu me deixando mais nervoso e com medo da resposta.
- Epa, a gente só combinou que hoje você me dava a resposta, não tinha nada desse "quando eu chegasse no Rio"! Ca, não me deixa sozinho no meu aniversário, você conhece esse canceriano aqui, vou ficar boladão...
- Vai ficar boladão é, meu canceriano dramático?! Kkkkk
- Olha, não muda de assunto que eu lhe conheço, dona Carla... bora, cadê minha resposta?
- Acho que você vai ter que vir aqui em casa descobrir...
- Se eu for e você disser que não vai, vou te passar o boleto para pagar as diárias!
- Não posso prometer nada, lindo...
- Nem que vai pensar com carinho até a hora que eu chegar?
- Tá bom, isso eu posso!
- É tudo que preciso, chegar aí eu lhe convenço 😉 vou embarcar, beijos!
- Beijos, avisa quando pousar!
- Ok!
Rapidamente começou a chamada para o embarque do meu voo, segui em direção ao portão com minha bagagem de mão e minha mochila, comecei a rezar para que o voo fosse tranquilo e rápido e que logo, logo eu pudesse estar no RJ.
Carla P.O.V.
O Arthur chegaria em mais ou menos uma hora e meia e, apesar de já estar tudo pronto, ainda sentia que estava faltando algo. Arrumei a sala toda com decoração do Flamengo, afinal o garoto é apaixonado pelo time; comprei chapeuzinhos, vela e tudo que uma festa temática tem direito para o maior bobão para a idade que existe! Eu sei que ele vai se fazer de difícil dizendo que não precisava, mas vai acabar achando o máximo, há um tempo ele vem comentando o quão diferente é não estar com a família no seu aniversário e espero que isso faça com que ele sinta um pouco deles presente.
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Carthur no OFF
RomanceE se as fanfics do fandom Carthur forem reais? Como acontece tudo? Nessa FANFIC, ou seja, história fantasiosa, vamos descobrir como foram os principais dias na vida de Carla e Arthur a partir do dia 20 de junho de 2021 e como se sucedeu suas intera...