Seus destinos se cruzaram no momento em que, adentrando a igreja, Jisoo viu o novo padre, em sua batina, sentado no primeiro banco com a bíblia na mão.
PJM+KJS || MENÇÃO TAEKOOK || TODOS OS PERSONAGENS SÃO MAIORES DE 18 ANOS || PADRE!AU
ATENÇÃO: Es...
Esse capítulo é grandinho e tem um significado lindo por trás de cada respiração e movimento. Espero que gostem <3
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Jisoo espremeu os olhos e apenas os abriu quando teve certeza que os mesmos não encarariam a face de Jimin. Não queria olhar exatamente dentro dos olhos do jovem sacerdote, afinal, faria com que as coisas ficassem ainda mais difíceis para a mesma. Ela não queria gaguejar e nem mentir, e a única forma de que isso não acontecesse, era não tendo o rosto de Park tão próximo de si.
― Eu só ia vir falar com o senhor, Padre — sussurrou, ainda amedrontada com a abordagem tão intensa que havia tido. — Eu só precisava que... marcasse um horário para falar contigo essa semana.
Jimin pareceu pensar, arqueando a sobrancelha. Por algum motivo, ela sabia que ele não acreditaria, mesmo que fosse a verdade. Ele sempre ficaria com um pé atrás por aquele ocorrido, e Jisoo tinha medo de que, talvez, ele não fosse capaz de confiar na mesma depois de ver o que não deveria ter visto. Ela sabia demais, disso tinha certeza, e o pavor crescente de ser encarada como um mal na vida do clérigo não a ajudava, aliás, só a fazia sentir taquicardia em seu peito.
A Kim conseguia ouvir exatamente a respiração de Park, normal em tempo, porém alta como se houvesse corrido uma maratona inteira através de um deserto terrível, sem uma mísera gota de água. Não sentia medo dele, tampouco da abordagem, mas insistia em continuar preocupada com o futuro. Não que ela pensasse em um futuro com ele, mas sabia que um dia eles seriam amigos, pelo menos, já que possuíam semelhanças e eram ambos solitários, com dores demais para que pudessem lidar sozinhos.
Jimin afrouxou os braços e então se afastou, deixando que finalmente a menina respirasse em paz. Jisoo engoliu em seco, se apoiando ainda mais na estante, olhando para o homem, que pôs as mãos nos quadris enquanto permanecia parado exatamente no meio da sala. Ele coçou o nariz com o indicador, e sorriu com um trejeito que ela poucas vezes havia tido contato. Ele carregava escárnio, mas era contido, e ela soube na mesma hora que ele não queria mostrar aquilo, mas escapou.
― Por que eu não consigo acreditar, Srta. Kim? — o rapaz soltou, novamente calmo, mas ainda com aquela sombra de sorriso um pouco perturbadora em sua face tão bonita. — Eu sei que você não mentiria, mas, me diga porquê. Por que eu não consigo, Jisoo?