Carla faz a todos um café da manhã antes de sairmos em direção ao rio, mantendo uma forte pressão sobre nossas ferramentas.
Arthur conseguiu achar alguns sacos para as plantas e Gil encontrou uma tampa de lata de lixo que ele carregava como um escudo.-Droga, ainda há uma tonelada deles - observei.
-Então, qual é o plano A para fazê-los se moverem? - Arthur perguntou - nós não vamos assustar muitos crocodilos com alguns ancinhos.
-É uma pena que não tenhamos conseguido nenhuma isca - Carla suspirou.
-Sarah, o que devemos fazer? - perguntei.
Seus olhos varreram a água, analisando os crocodilos e plantas brilhantes espalhadas entre eles na grama alta.
-Gil - ela chamou.
-Estou bem aqui - o homem se aproximou - o que você está pensando?
-Nós vamos precisar de uma distração - a loira explicou - quanto mais alto melhor.
-Tenho certeza que Arthur, Carla, Camilla e eu podemos fazer isso - ele falou - então você e Juliette podem pegar as plantas. Espero que sejam um pouco mais quietas do que o resto de nós causando tumulto.
-Vou até colocar a Hope pra ajudar - Camilla falou animada - todos os crocodilos estarão olhando em nossa direção.
-E se eles começarem a vir em nossa direção? - Arthur perguntou, preocupado.
-Então estaremos correndo na direção oposta - quem respondeu foi a Carla - desde que nenhum deles volte atrás. Sarah e Juliette estarão livres para pegar o que precisamos.
Com um encolher de ombros, Arthur entregou as sacolas para Sarah, lançando um pequeno sorriso em minha direção.
-Hey, não seja comido, okay? Eu não quero ficar doente de novo.
-O mesmo pra você - respondi com um sorriso de lado - Sarah não vai ser legal se tiver que costurar uma mordida de crocodilo.
-Eu não seria, não - a loira completou, com um sorriso meio diabólico.
Arthur revirou os olhos, mas logo abriu um sorriso antes de se virar e correr para alcançar os outros, seguindo Gil até o final do rio.
Eu olhei para Sarah, lutando contra uma onda de nervosismo.
-Você realmente acha que isso vai funcionar?
-Claro - ela respondeu séria, antes de abrir um sorriso irônico - Qual a pior coisa que poderia acontecer? Todos nós morrermos?
Seu sorriso me fez rir, mas foi só quando a mão de Sarah segurou a minha que eu me estabilizei.
-Exatamente, não é grande coisa - falei no mesmo tom que ela.
Uma série de barulhos surgiu do lado de Gil do rio e me levou um momento para perceber que ele estava batendo a tampa da lata de lixo contra uma árvore próxima.
-Hey, seus basculho! Venham cá! - o nordestino gritou.
-Eu ouvi que sua mãe era um jacaré! - Camilla gritou também.
Os crocodilos foram de calmos a assustados, nadando direto para o barulho.
-Sarah! Vai em frente! - Gil gritou
-Juliette, agora! - ela falou pra mim
Agarrando minha sacola, eu corri para a margem do rio com Sarah e comecei a arrancar todas as plantas ao alcance. Os outros ainda estavam fazendo a maior quantidade de barulho que podiam, mas não podia deixar de olhar para ter certeza de que os crocodilos não estavam voltando.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Castaway - A Aventura do Amor
RomanceJuliette é uma jornalista que estava escrevendo uma matéria sobre o novo navio de cruzeiro Diaz, quando uma tempestade atinge a tripulação. A mulher naufraga em uma ilha mágica junto a outras cinco pessoas. Sarah é uma médica fria e direta por fora...