Maite.
Os dias se passaram e nada do meu pai reagir, eu estou desesperada, vou toda noite na igreja falar com o padre Paulo, ele tem me ajudado muito nessas últimas semanas, porém eu ainda tenho medo, muito medo que ele não reaja e acabe morrendo. Hoje é sábado, vou até a colheita ver as nossas maçãs, começo a passear pelo campo e fico pensando em como eu vou fazer pra reerguer isso tudo.
- Ai papai, se o senhor tivesse aqui seria mais fácil. (Digo a mim mesma, logo sinto alguém se aproximar até que vejo Sebastian). -Sebastian, o que faz por aqui. (Pergunto).
- Soube do acidente e vir prestar solidariedade. (Diz, eu abaixo a cabeça tristonha).
- Ah, pois é. (Digo triste, ele se aproxima e me abraça com tanta força que me senti desconfortável).
- Eu sinto muito Maitê, mas seu pai é forte, logo ele estará aqui andando por essas terras que tanto ama. (Fala olhando as nossas terras).
- Sim, eu tenho fé. (Falo, ele pega minha mão e diz).
- Para o que precisar eu estarei aqui, a disposição pra você e para sua família. (Diz simpático, eu sorrio sem graça e agradeço).
- Obrigada, muito gentil da sua parte. (Digo, ele solta minha mão e diz).
- De nada, bom agora eu tenho que ir, aquela fazenda.(diz apontando pra fazenda há alguns quilômetros daqui) ali que não funciona sem mim. (Diz orgulhoso).
- Vai lá. (Digo e ele beija minha mão e sai).
Mais tarde tomo um banho, me troco e decido ir até o hospital ver meu paizinho, desço as escadas e dou de cara com Angelique.
- Satisfeita? (Fala, eu paro no meio da escada e a olho).
- Olha...( ela não me deixa falar).
- Nem pensa em falar nada, você destruiu nossa família, o pobre do meu pai. (Diz, meu olhos se enchem de lágrimas).
- Eu sei que a culpa foi minha, mas o papai não vai morrer. (Falo, ela gargalha).
-Maite, ele está em coma, é a mesma coisa de morto. (Diz, eu me aproximo e lhe dou um tapa).
- Sua creatina, você é uma burra, idiota. (Grita, eu não me importo e apenas saio).
Pego o carro e vou até o hospital, demoro cerca de 1 hora no máximo. Ao chegar peço permissão pra visitar meu pai e eu vou até lá. O vejo do mesmo jeito, chego do seu lado e beijo sua testa.
- Oi papai, quando o senhor vai me dar o prazer de ver seus lindos olhos, suas lindas covinhas que eu tenho certeza que puxei do senhor. Acorda papai, sinto tanta sua falta, aquela casa fica tão sem vida sem o senhor lá, a fazenda precisa do senhor, tudo está tão triste papai, acorda vamos terminar o que começamos, eu preciso de você, a mamãe precisa de você, a Angel precisa de você, todos nós precisamos. (Sou interrompida pela minha mãe que entra no quarto).
-Terminou?. (Pergunta, eu respiro fundo e digo).
- Tô de saída, estou indo até a capital e volto amanhã. (Digo, ela mal se importa).
Pego a estrada tranquila, durante a viagem vou pensando nos momentos incríveis que tive com meu pai, de como a gente se divertia naquela plantação, e em pensar que aquilo tudo foi um castigo de dona Rosário pra mim, pois tinha tirado 8 na prova de matemática, no começo eu achava chato trabalhar no campo, mas depois tomei gosto e vi como a energia das plantações, da maçã era ótimo, só eu sei o quanto aquela fazenda é tudo para meu pai, e eu farei o que for possível pra reergue-la, para que quando meu pai acordar, ela esteja cheia de vidas e dando bastante lucro.
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Será que existe amor?
RomanceMaite Perroni, uma jovem de família rica, seus pais têm uma fazenda com plantações de maçãs, já tiveram muitos êxitos com suas colheitas, porém de uns anos pra cá, a fazenda vem tendo poucos lucros, é então que Rosário Perroni, mãe de Maite têm a gr...