Rugge on·
A alguns quarteirões de onde Karol estava hospedada vi um velho vagão vermelho que havia sido transformado em restaurante e sorrindo decidi entrar e tomar um café. Tinha viajado a manhã toda e andado pela praia durante horas para esperar uma mensagem de Karol. Precisava de um pouco de cafeína para garantir a energia necessária para atacar com a força que planejava quando tivesse minha mulher de novo em meus braços.Rugge: quero um café puro e grande- falei para a garçonete quando me sentei em uma das mesas. O interior do restaurante era todo decorado para parecer uma lanchonete retrô, mas boa parte do vagão de trem original permanecia intacta. Eu estava sentado em um banco de trem legítimo quando o celular vibrou no meu bolso e ver o nome de Karol na tela fez todo meu corpo ganhar vida instantaneamente. Destravei a tela e descobri que não era uma mensagem, mas uma foto. Fotos, na verdade, bem inesperadas. Uma foto dos seios maravilhosos, outra das pernas sensuais e uma da bunda apetitosa. As três fotos eram muito semelhantes às da nossa primeira troca de mensagens quando saiu furiosa do meu escritório, mas eu sabia que estas eram recentes, porque a pela tinha marcas de bronzeado. Na primeira vez Karol me mostrava o dedo do meio junto dos seios e desta vez o dedo não aparecia. Salvei as fotos e respondi imediatamente.
Rugge: onde você está? Isso tudo é meu: peito, pernas e bunda. Estou indo buscar o que é meu- fiquei sentado no restaurante esperando a resposta e nesse momento tive um déjà-vu. O cara que passeava com o bode hoje estava absolutamente certo. Aqui estava eu sentado em um vagão de trem olhando para as fotos dos seios, das pernas e da bunda de uma mulher que me deixava maluco, de novo, não havia coincidências na vida. Esse caminho que trilhávamos apesar das curvas malucas tinha que acontecer para nós.
Kah: saí com Lina e vou demorar algumas horas para voltar- passei a mão na cabeça num gesto de frustração. Precisava vê-la agora. Se isso não fosse possível precisava ao menos saber que estávamos pensando a mesma coisa.
Rugge: fala que estou certo, não posso mais esperar. Você não me traiu e fez tudo isso por Chloe- esperar enquanto ela digitava a resposta era uma agonia.
Kah: pedi para o Marco fingir que estava comigo. Ele é primo do Agus e nunca teria te traído.
Rugge: devia ter conversado comigo.
Kah: agora eu sei, foi uma burrice.
Rugge: foi e vou te pôr no meu colo e te dar uns tapas na bunda mais tarde, vai ser sua punição.
Kah: promete?
Rugge: quero prometer muitas coisas meu amor, mas prefiro que seja pessoalmente. Que horas você volta?
Kah: não sei, aviso quando chegar ao apartamento. Onde você está?
Rugge: a alguns quarteirões do prédio em um trem.
Kah: trem?
Rugge: não se preocupe, ele não sai do lugar. Não vou a lugar nenhum sem você.
Kah: promete?
Rugge: nada vai me fazer ficar longe de você Karol- fiquei ali sentado mais duras horas esperando. Karol disse que avisaria quando chegasse ao apartamento e minha paciência estava acabando. Incapaz de continuar ali sentado caminhei pelo calçadão até meu celular vibrar.
Kah: voltei.
Rugge: indo- o apartamento do irmão de Lina ficava no sexto andar, era o 6G. Apertei o botão do elevador e esperei impaciente. A luz sobre a porta mostrava cada número conforme a cabine ia passando pelos andares. Aquela porcaria rastejava e ainda teria que descer de novo, não dava para esperar tanto. Encontrei a porta da escada, comecei a subir e no terceiro andar eu devia estar reduzindo a velocidade, mas em vez disso comecei a pular os degraus de dois em dois. Meu coração batia como se fosse saltar do peito, mas eu não estava nem ofegante. Precisava encontrá-la. Comecei a correr no primeiro degrau do sexto lance de escada e corri até o fim da subida. Quando cheguei ao sexto andar abri a porta e continuei correndo para o apartamento. A adrenalina pulsava em minhas veias quando parei na frente da porta do 6G.
Tentei respirar fundo e me acalmar, mas era impossível relaxar. Meu peito subia e descia e eu precisava muito vê-la.
Bati na porta e esperei.
Quando ela abriu a porta fiquei paralisado por um momento.
Karol.
Ela estava incrível.
Parada na porta só de calcinha e sutiã rosa-choque exibia as pontas do cabelo da mesma cor para combinar. Nunca em toda minha vida tinha visto tanta beleza. Fiquei ali por um minuto inteiro só olhando para ela e depois finalmente falei:
Rugge: o que significa o rosa?- ela olhou dentro dos meus olhos.
Kah: amor, significa que estou apaixonada- fechei os olhos e por um segundo pensei que ia cair ali mesmo na porta e chorar. Estava tão feliz que precisava extravasar as emoções.
Rugge: estou com medo de entrar.
Kah: por quê?- ela parou de sorrir por um momento.
Rugge: porque quero fazer tanta coisa com você, estou sentindo tanta coisa que acho que não vou conseguir ser delicado- ela corou.
Kah: não quero que seja delicado, quero que seja você. Um cara esnobe e autoritário, mas com um lado inesperadamente doce, um pai que vai amar a filha incondicionalmente aconteça o que acontecer e nunca vai deixá-la para trás, e um parceiro dominador na cama que às vezes precisa de um lance um pouco mais selvagem. Quero você inteiro Ruggero- entrei e fechei a porta.
Rugge: ah, você vai ter tudo. Boca, mão, dedos, corpo, pau- peguei Karol nos braços e a beijei com toda minha vontade. Entre um beijo e outro ela pediu desculpas muitas vezes.
Kah: desculpa, pensei que estava fazendo o que era certo.
Rugge: eu sei, só promete que nunca mais vai me afastar de você baby.
Kah: prometo- a tirei do chão e a segurei em meus braços.
Rugge: já que abriu a porta com essa roupa imagino que Lina não esteja aqui.
Kah: ela tem família em Hermosa Beach. Foi passar a noite na casa de um primo.
Rugge: não me deixa esquecer de mandar um presente para ela, uma demonstração de gratidão, talvez um carro.- comecei a andar pelo corredor procurando um quarto e quando a coloquei em cima da cama percebi seu pé enfaixado- O que aconteceu?
Kah: fiz uma mudança na tatuagem.
Rugge: na pena?- ela mudou o desenho que fiz no meu peito?
Kah: sim- Karol se apoiou na cômoda, levantou parte do curativo e parei de respirar até entender que ela não havia coberto a tatuagem, só acrescentado um detalhe a ela. Como na minha agora havia um nome escrito sobre a pena, Ruggero.
Sem palavras eu a beijei e quando interrompemos o beijo para respirar ela olhou para o pé me convidando a olhar também.
Kah: não quer ver a mudança completa?- olhei para ela desconfiado.
Rugge: fez mais alguma coisa?
Kah: vai, olha- ela mordeu o lábio e eu levantei sua perna torneada.
Se eu tinha alguma dúvida de que essa era a mulher perfeita para mim ver o que ela havia feito apagou até os últimos resquícios dela. Fiquei olhando para a tatuagem e me senti sufocado pela emoção.
Rugge: não sei o que dizer, é lindo- com a mesma letra cursiva do meu nome sobre a pena embaixo dela estava escrito Chloe.
Kah: eu te amo Ruggero e amo sua filha também. Sei que é cedo e temos que ir devagar, mas quero fazer parte da vida dela, quero me envolver. Você tem razão, minha história com meu pai não quer dizer que esse tipo de situação não pode dar certo. Quero ir buscá-la na aula de balé e fazer biscoito com ela nos fins de semana, quero vê-la crescer e aprender com o cara incrível que é o pai dela. Não amo só você Ruggero...- peguei uma lágrima que descia pelo rosto de Karol- Eu amo Chloe também- quando ouvi essas palavras foi como se um peso imenso saísse de cima dos meus ombros. Ela me ama e ama minha filha também. Era a primeira vez desde criança que tinha a sensação de ter de novo uma família de verdade.
Rugge: cheguei aqui com tantas emoções represadas que tive medo de não ser delicado com você, mas você me acalmou. Também te amo linda, mais que tudo. Agora estou mais controlado, embora ainda sinta a necessidade de entrar em você. Fala...- comecei a me despir- Quer fazer amor agora e foder forte mais tarde? Ou foder agora e deixar a doçura para depois?- Karol não respondeu de imediato. Continuei tirando a roupa e quando estava abaixando a cueca parei e olhei para ela esperando a resposta- E aí Karol?- terminei de tirar a cueca mostrando que estava totalmente pronto para ela de um jeito ou de outro e ela lambeu a boca.
Kah: foda primeiro e amorzinho depois.
Rugge: boa escolha.- ela estava sentada na beira da cama e tirei seu sutiã e sua calcinha e senti a umidade entre suas pernas antes de levantá-la- Passa as pernas em volta da minha cintura- mudei de lugar. Apoiei as costas dela na parede, a penetrei e não contive um gemido quando a puxei para mim. Era incrível que só duas semanas tivessem se passado desde a última vez que estive dentro dela. A intensidade com que desejei isso me fazia sentir como se tivéssemos passado uma eternidade separados. Tentei ir devagar no início querendo ter certeza de que ela estava pronta para mim, mas quando ela gemeu e disse que me amava e que amava sentir meu pau dentro dela desisti de tentar.
Comecei a me mover depressa com força e em um momento tive medo de machucá-la por causa do barulho de seu corpo batendo contra a parede, mas quando tentei ir mais devagar ela implorou para eu ir mais depressa. Não tem nada melhor que ouvir a mulher que você ama dizer que ama seu pau e quer mais e mais forte. Nós dois tivemos um orgasmo intenso e longo e gritamos quando chegamos ao clímax juntos. Os vizinhos devem ter ouvido. Ah, eu queria que ouvissem. Queria que o mundo todo soubesse o que essa mulher fazia comigo. Murmurei contra os lábios dela:
Rugge: te amo Karol Itzitery.
Kah: também te amo Engomadinho. Acho que me apaixonei antes mesmo de te encontrar- eu ri.
Rugge: deve ter sido minha mensagem de texto incrivelmente charmosa.
Kah: na verdade você foi um tremendo babaca. Foram as fotos no seu celular que me fizeram perceber que havia um homem lindo embaixo daquele coração de aço.
Rugge: gosto muito mais das fotos que mandou hoje do que das que eu tinha antes de a gente se conhecer. Acho que devia me mandar fotos todos os dias como parte da compensação que me deve pelo sofrimento que me causou.
Kah: posso mandar, você é fácil de agradar.
Rugge: não falei que vai ser só isso.
Kah: hum, vai querer pagamento adicional na forma de boquete?
Rugge: é um bom começo- ela levantou as sobrancelhas.
Kah: começo? Qual é o tamanho da minha dívida e durante quanto tempo vou ter que pagar as prestações?- segurei seu rosto.
Rugge: acho que sessenta resolvem o problema.
Kah: sessenta dias? Dá para encarar.
Rugge: anos Karol. Vai ter que me recompensar com fotos sensuais e boquetes pelos próximos sessenta anos- ela sorriu.
Kah: não tem nada que eu queira mais.
Rugge: que bom, porque você não tem
escolha na verdade. Essa foi a primeira e a última vez que você me abandonou.
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Próximo capítulo já é o epílogo.✨
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An Unforgettable Love [CONCLUÍDA]
RomanceQuero dizer antes de tudo que essa fanfic (o que é um livro na verdade) NÃO É MINHA! É apenas uma adaptação! Bom, escolhi fazer uma adaptação ao invés de uma fic autoral, pois ainda estou bolando ideias para próxima fic e visto que o final da última...