Savior [Harry Styles Fanfic]

Capítulo 14

Summer's POV

Minha cabeça doía e eu não conseguia abrir os olhos. Senti um aperto no peito ao me lembrar do pesadelo que tive. O Harry estava em apuros. Parecia tão real...

"Summer?" A voz familiar me chamou. "Doutor, ela acordou."

Eu nem tinha percebido que abri os olhos. Nathaly segurava e acariciava as costas da minha mão. O local onde nós estávamos não chegava nem a ser um quarto, era como uma daquelas tendinhas de hospital, que são somente cortinas ao seu redor, cortinas listradas, uma maca e um suporte para soro, que eu estava tomando. Um enfermeiro entrou na 'tendinha' e botou uma lanterna no meu olho. Doeu um pouco e eu afastei a cabeça de leve com o incômodo.

"Como se sente?" Ele me perguntou.

"Sinto um pouco de dor de cabeça."

"Lembra que dia é hoje? Lembra o que aconteceu antes de vir parar aqui?" Ele perguntou.

"Lembro que estava com a Nathaly quando... Oh meu Deus! O Harry!" Eu disse desesperada ao me lembrar do que havia acontecido. Nada disso foi sonho, ele realmente estava mal. Uma ânsia de vômito sobe ardendo pela minha garganta e eu me viro depressa atrás de um lixeiro. Era uma vez meu café da manhã.

"Summer, você tem que se acalmar. Lhe contarei tudo." Nathaly disse.

"Não, vocês não entendem, ele foi machucado. Eu tenho que sair daqui, tenho que saber como ele está!" Meu Harry. Eu tenho que salvá-lo, não posso deixar que nada aconteça à ele.
"Summer, senta." Nathaly me segurou com força na maca, sendo mais forte e maior que eu, não tive escolha a não ser permanecer sentada.

"O motivo da queda do Harry foi uma coronhada na cabeça..." Ao ouvir, meus olhos imediatamente se encheram de lágrimas. "Ei, não chore, não falei o pior ainda. Quando ele caiu, o capanga que deu a coronhada lhe deu um tiro nas costas." Não sei se suporto ouvir mais. Mas eu preciso. Sinto um nó se formando na minha garganta e as lágrimas descendo de forma incontrolavel. "Summer, ele foi levado pelo Jared, que o largou sangrando a quilômetros de distância do prédio." Ela terminou de dizer e eu já estava destruída, largada, sem chão. Segurei as mãos dela com força, tentando transmitir o desespero e a dor que eu sentia.

"Nathaly, por favor, me leva onde ele está agora. Eu preciso vê-lo." Ela balançou a cabeça em afirmativa. Saímos de um hospital, para outro de traumas maiores que os meus. Bem maiores...

A Nathaly dirigia o carro da Thaís. Passei a viagem calada. Não conseguia tirar minha mente do rosto dele. O sorriso largo de lábios finos. As pontas dos dedos sempre delicadas. A forma devagar e confortável que ele pronunciava as palavras, e o som rouco e doce que emitia... Mas de repente vinha a imagem da câmera dele caindo, e se mantinha como uma fita arranhada na minha mente . Eu não podia suportar a ideia de ele ter sentido dor. Queria poder transportá-la toda pra mim.

Depois de meia hora chegamos ao local. Desço às pressas do carro, tropeçando no meio-fio, o que não fez com que eu diminuísse o ritmo da corrida. Finalmente chego na recepção.

"Harry Styles, por favor." Disse sem fôlego.

"Senhora, ele está em uma cirurgia no momento pra tirar a bala alojada em seu peito." A moça jovem atrás do balcão disse.

"Onde fica a sala de espera?" Perguntei.

"Siga reto no corredor e dobre à esquerda."

"Obrigada." Saí em passos largos e rápidos. Não aguentava esperar.

Niall e Jade estavam sentados no sofá. Quando me viram ficaram de pé imediatamente.

"Oh Summer, eu sinto tanto." Jade disse me abraçando. Os olhos dela estavam inchados como os de alguém que chorou. Provavelmente os meus estariam piores. Niall abaixou a cabeça, em sinal de concordância com sua namorada.

...

Esperamos sentados na sala, o Niall, a Jade, a Nathaly e eu por mais uma hora e meia, quando pro meu alívio, ou não, o doutor apareceu com uma pasta na mão.

"Tenho boas e más notícias. Qual vocês querem?" Ele falou e nós nos entreolhamos. "A boa é que a bala foi retirada e ele não corre risco de morte e não ficará com nenhuma sequela do tiro. Ele teve muita sorte, pois a ela passou do lado do seu pulmão, entre duas costelas. Não acertou nada." Senti uma quentura de alegria subir por todo o meu corpo. "A má é que a coronhada fez com que ele tivesse perda de memória recente. O que aconteceu a poucos meses atrás ele não se lembrará, mas com um pouco de terapia e estímulo mental ele vai lembrar aos poucos." Senti minhas pernas fraquejarem, mas não podia ceder novamente.

"Doutor, posso vê-lo?" Perguntei receosa.

"Pode, mas fale baixo. Ele está extremamente sensível pela pancada na cabeça."

Fomos pro quarto e o doutor entrou primeiro, dando espaço para que eu passasse em seguida. Me aproximei da cama. Ele estava acordado, olhando para as mãos. Estava bem, graças à Deus.

"Harry? Estou tão feliz que está bem." Disse, nem percebi o sorriso que surgiu em meus lábios. Ele me olhou de forma curiosa e chamou o doutor que baixou a cabeça perto da dele. Pude ouvir ele sussurrar.

"Doutor, quem é ela?"

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