Capítulo 18

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Mais um capítulo fresquinho!!!! Comentem o que acharam, amei a interação no outro capítulo! ❤️❤️

POV Thor
   Pietro às vezes é burro, essa é a verdade. O garoto sabe que Steve não aceita nenhuma malcriação, principalmente se já tiver avisado sobre ela anteriormente. E é isso que ele fez sobre bater portas. Meu pai já avisou milhares de vezes que acha isso muito desrespeitoso e desnecessário, até porque pode estragar alguma coisa. Então, fazer isso é o mesmo de pedir para apanhar.

   Ignoro completamente essa situação, porque, sinceramente, não ligo, e começo a pensar no dia de hoje. Agora que minha mão está estável, eu consigo pensar na cena de Natasha e de James. Onde minha irmã está com a porra da cabeça? Ela tem um monte de menino na sala dela, por que não eles? Eu sei que Campbell não é o pior cara de todos. Ele é até gente boa e muito simpático, mas cara é minha irmã, a última coisa que quero no mundo é imaginar ela fazendo coisas com ele.

   "Cara, você tá bem?"

    "Que merda aconteceu hoje?"

    "Eu juro que vou quebrar a cara de quem fez isso!"

  Essas são algumas das mensagens que recebo dos meus amigos de time. Tem muita gente perguntando o que vamos arrumar com o time e essas coisas e eu nem sei o que responder. Jogar está fora de cogitação, obviamente. Ser o "técnico" também. Então, a última coisa que me resta é assistir ao jogo e orar para que tudo dê certo.  Antes que eu consiga responder tudo, meu pai entra no quarto.

   —Nem com sua mão machucada você larga de vício, né?— Ele diz se referindo ao meu celular e eu seguro muito para não rodar os olhos.— Enfim, não sobre isso que eu queria falar. Querido, como isso aconteceu? Foi tudo tão rápido que eu ainda não tive tempo de te perguntar.

   —Eu ainda nem parei para pensar direito nisso.— Falo sincero.

  —Vamos recapitular, onde estava, o que estava fazendo, quem estava com você? Coisas simples primeiro.— Ele diz realmente empenhado em saber o que ocorreu.

  —Eu tinha acabado de terminar a partida e o técnico me chamou para conversar. Acabei ficando com a mão escorada na porta e no meio da conversa, a porta bateu com um estrondo na minha mão e deu isso.— Falo resumindo tudo.

  —Há alguma possibilidade da porta ter feito isso "sozinha"?— Ele fala e eu já entendo o rumo da conversa. Meu pai quer saber quem foi.

—Acho que beira ao impossível, não tinha um sinal de vento.

  —Imaginei. E você suspeita de alguém?— Ele pergunta e eu paro para pensar. No momento, não to me lembrando.— Vamos partir de coisas simples, teve conflito com alguém hoje ou recentemente?— Imediatamente, James me vem a cabeça, mas duvido que ele seria capaz disso.  A gente tem boa relação, pelo menos tínhamos né, até hoje. Mas ele não teria motivo nenhum para quebrar a minha mão sem mais nem menos. Ele não é covarde, se fosse arrumar confusão comigo, seria cara a cara e me daria direito a defesa. Teoricamente, não era para ninguém estar na quadra depois do treino, mas, caso alguém tenha ficado para trás, essa pessoa tem que ser do time. E quem ia querer isso? Penso mais um pouco e... Porra!!

   —Filho da puta...— Digo em esquecendo completamente da presença do meu pai e levo um tapa na perna.

  —Olha a língua!— Ele diz e eu concordo.— Qual foi a conclusão, em?— Levanto da cama e já começo a digitar no grupo que tenho com alguns integrantes do time.

   "Foi aquele desgraçado do Phillip!"

  Claro que meu pai conseguiu perceber a minha raiva e sabe bem o que eu estou querendo fazer.

  —Thor, me diga quem foi, que eu vou na escola e tomarei todas as medidas necessárias.— Ele diz.

  —A escola não vai resolver nada, pai. Eu sequer tenho provas concretas. Mas tenho certeza que foi o Phillip.— Digo, porque, por mais que eu saiba quem foi, eu não vou ter nada para falar além de suposições.

   —Ai que você se engana, eles vão fazer algo sim.

  —Acredite no que quiser. Mas ele vai ter que se entender comigo!— Digo nervoso. Não sou o tipo de cara agressivo, não costumo a entrar em conflitos. Mas, dessa vez, Phillip conseguiu me tirar do sério. Ele mexeu com minha maior paixão, me colocou para fora de modo covarde e eu não vou aceitar isso.

  —Thor, olhe bem como fala comigo. Eu estou te proibindo de utilizar qualquer forma de violência com esse menino, me ouviu?— Ele diz bem sério, meu pai tem disso de que não podemos responder violência com mais violência e blá blá blá. O olho de modo desafiador e não respondo.— Você ouviu?— De novo, permaneço calado.— Thor, se eu souber que você fez algo de violência com ele, pode ter certeza que você vai apanhar.— Ele diz e vira as costas saindo do meu quarto. Sinceramente, nada do que ele falar vai me convencer a não dar uns murros nesse cara.

POV  Wanda
Estou no meu quarto terminando os deveres de casa, mas estou com uma dúvida em uma questão de matemática e isso está me tirando do sério. Então, resolvo levantar e procurar meu pai, afinal ele sempre me ajuda. Bato na porta do quarto e encontro Peggy sentada na bancada mexendo no notebook.

  —Oi, princesa. O que está procurando?— Ela pergunta tirando os olhos da tela.

  —Meu pai, estou precisando de ajuda em uma questão.— Digo mostrando o caderno.

  —Acho que ele está conversando com Thor. Deixe-me ver a questão, as vezes eu posso te ajudar.— Ela diz carinhosa e eu me aproximo, em questão de segundos ela resolve tudo e me explica detalhadamente como fazer.— Entendeu, meu amor? Se precisar eu explico de novo.

  —Entendiii!!— Digo animada, era bem simples na verdade.— Muito obrigada, você leva jeito para isso, viu!

  —Jeito para explicar, é?— Ela brinca.

  —Isso também. Mas quis dizer o jeito de ser mãe. Pelo menos eu acho né, porque eu nunca tive uma...— Falo um pouco reflexiva. Peggy me olha num misto de surpresa e admiração. Ela dá um meio sorriso, com os olhos brilhando.

   —Oh, querida... Vocês são o sonho de qualquer mãe... E seria um prazer ser uma para vocês!— Ela diz emocionada, abrindo os braços para me abraçar.

   —Mas é isso que você é, não? Você vai casar com nosso pai... Então, você já a nossa mãe...

   —É... É isso mesmo, minha princesa.— Meu coração enche de amor.

   —Eu posso te chamar assim?— Digo tímida.

   —Claro, anjo. Claro que pode. Prometo tentar ser a melhor para vocês.

   —Obrigada, mamãe...— Digo saboreando essa palavra. É tão diferente. Mas é um diferente bom. Poucos segundos depois, Steve entra no quarto com cara de bravo. Peggy apenas me puxa para seu colo e põe minha cabeça apoiada em seus seios.

   —O que foi, querido?— Ela pergunta.

  —Foi Thor dando uma de rebelde!— Ele diz suspirando.

  —Tenha paciência com o menino, Steve. Talvez seja porque ele passou por muitas emoções.— Ela diz sendo razoável.

  —Pode até ser, mas isso não o dá liberdade para me desobedecer ou para me desrespeitar.

  —Papai, o Thor tá machucado, você não pode arrumar confusão com ele.— Digo em defesa do meu irmão.

  —Eu não to arrumando confusão com ninguém! É ele!— Acho que ele reparou o quanto isso soou como um protesto infantil e começou a rir. Eu e minha nova mãe nos juntamos.

   —Amor, Wanda tem razão. Deixe ele quieto, ele tem todo o direito.— Ela diz defensora e meu pai a olha ofendido, mas não retruca.—Filha, tem mais deveres para fazer?— Concordo.— Então, vamos que eu te ajudo.— Ela diz se levantando e me pegando pela mão.

   —Ah, mamãe, vamos ficar mais um pouco...— Peço e meu pai me olha, reparando o novo termo e, é óbvio, que ele fica feliz.

  —Negativo, meu amor. Vamos logo. Quanto mais cedo fizermos, mais cedo acabaremos.

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