Eu esperei algumas horas desde que eu havia ido lá, e como prometido, eu voltei outra vez, não deixaria aquilo passar despercebido por mim. Assim que deu a hora, saio do quarto de fininho, estava querendo evitar qualquer tipo de barulho ali, quando fecho a porta e começo a andar pela passarela, começo a fazer barulho, algumas plataformas de ferro da passarela estavam soltas, então tomo a decisão de pular por cima do parapeito, sorte que nem era tão alto. Com o caminho livre eu vou em direção ao local, mas dessa vez eu pego outro caminho para que não me vejam, quando percebo que estou perto, começo a passar pelo meio de alguns containers que tinha ali e me escondi entre eles no ponto mais escuro para que eu não fosse vista. Comecei a observar o lugar para achar algum ponto em que eu pudesse entrar numa boa e sair numa boa, até que eu finalmente acho, algumas caixas encostadas no muro, formavam meio que uma escada de degrau perfeita para entrar. Eu olho para todos os lados para ver se não tinha ninguém ali, para minha sorte, não tinha ninguém, e era isso o que eu achava até tentar correr em direção às caixas, mas algo agarra meu braço e sou puxada de volta para o escuro. Acabo sendo encurralada contra a parede do contêiner, e tenho minha boca tapada enquanto meu pulso é segurado até que finalmente vejo quem era ali.
— É melhor não gritar. — Diz a general. — Eu irei tirar a mão de sua boca, mas não faça barulho, entendeu?
Sem poder falar, eu apenas mexi a cabeça em sinal positivo para dizer que eu havia entendido. Então ela retira sua mão lentamente da minha boca, eu respirava ofegante pela falta de ar que estava e pelo susto que havia tomado, mas ela ainda estava me segurando e estava tão perto de mim.
— O que anda fazendo aqui mocinha? — Ela pergunta.
Abro a boca para falar, mas as palavras não saem, elas ficaram presas em minha garganta, foi uma tentativa falha de me explicar, então fecho a boca expremendo um pouco meus lábios.
— O gato comeu a sua língua? — Ela pergunta com ironia. — Você é bem curiosa garota e você não para até matar sua curiosidade não é? Achei isso bem interessante. Eu sabia que você era diferente dos outros do seu grupo desse o momento em que eu te vi na frente do QG!
— Ficou de olho em mim? — Pergunto.
— Como eu disse, você é diferente dos outros. — Ela responde. — E é claro que fiquei de olho em você, era uma obrigação, queria ver as coisas que iria aprontar e olha onde você está neste exato momento, entrando onde não deve e bisbilhotando onde não deve! Por que quer entrar ali?
— P-Por nada! — Minto. — Eu apenas saí para tomar um ar e acabei parando aqui, só andei demais.
— Não minta para mim, eu vi você saindo do quarto! — Diz ela aproximando seu rosto do meu.
Ela estava mais perto ainda, dessa vez eu conseguia sentir sua respiração, aquilo fez meu coração disparar, estava confusa com aquilo e eu não sabia o que falar, a cada momento as palavras não queriam sair de jeito nenhum da minha boca. Ela parecia estar se divertindo com aquela situação que eu me encontrava, parece que ela havia percebido meu nervosismo, ela estava fazendo aquilo de propósito.
— Por que não me solta? — Pergunto sussurrando.
— Vai que você tenta algo contra mim! — Diz ela. — E também, isso acabaria com a graça da brincadeira.
É, ela realmente estava fazendo de propósito!
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Tropa Dinossauro
AdventureO que fazer quando dinossauros voltam a vida e querem reivindicar o mundo que já os pertenceu? Iniciada: 30/11/2020 Terminada: 27/06/2021