Mais tarde , Noah e Aidan foram pegar onda de novo. Pensei que talvez Aidan quisesse contar ao irmão a respeito da casa, só os dois juntos.
E que talvez Noah quisesse tentar conversar com Aidan sobre a faculdade mais uma vez, só os dois. Por mim, tudo
bem. Gostei apenas de observar.Fiquei olhando os dois da varanda. Sentei em uma espreguiçadeira com a toalha amarrada bem apertada em volta do corpo. Tinha algo muito reconfortante em sair da piscina molhada e nossa mãe colocar uma toalha ao redor dos nossos ombros, como uma capa.
Mesmo sem nenhuma mãe ali para fazer isso por nós, ainda era uma sensação boa, aconchegante.
Dolorosamente familiar, de uma maneira que fazia eu me sentir com oito anos. Oito anos antes da morte, do divórcio ou do coração partido. Oito anos eram apenas oito anos.
Cachorros-quentes, manteiga de amendoim, picadas de mosquito e farpas, bicicletas e pranchas de bodyboard.
Cabelo embaraçado, ombros queimados de sol, livros da Judy Blume, deitada na cama às nove e meia.
Fiquei lá, sentada, tendo aqueles pensamentos melancólicos por
um longo tempo. Alguém fazia churrasco, senti o cheiro do carvão
queimando.Me perguntei se eram os Rubenstein ou os Toler. Fiquei pensando se estavam preparando hambúrgueres ou bifes.
Então me dei conta de que estava com fome. Entrei na cozinha, mas não encontrei nada para comer. Só tinha a
cerveja de Aidan . Certa vez, Taylor me disse que cerveja era que nem pão: puro carboidrato. Pensei que, embora eu detestasse o gosto, talvez bebesse uma, se fosse para me satisfazer.Então peguei uma cerveja e saí com ela. Sentei de volta na espreguiçadeira e abri a latinha. O barulho foi bem satisfatório. Era estranho estar naquela casa sozinha.
Não era uma sensação ruim, apenas diferente. Eu ia àquela casa todos os anos da minha vida, e dava para contar nos dedos de uma só mão o número de vezes em que fiquei sozinha lá.
Me senti mais velha. Eu realmente estava mais velha, mas acho que não me lembrava de ter tido essa sensação no ano anterior.
Tomei um longo gole de cerveja e fiquei feliz por Noah e Aidan não estarem ali para me ver, porque fiz uma careta horrorosa, e sabia que eles pegariam no meu pé por isso.
Estava tomando outro gole quando ouvi alguém pigarrear. Ergui os olhos e quase me engasguei. Era o Sr. Gallagher.
— Olá, S/n — cumprimentou ele.
Estava de terno, como se tivesse vindo direto do trabalho, o que provavelmente era verdade, embora fosse sábado. E, sabe-se lá como, o terno dele não estava sequer amarrotado, mesmo depois de ele ter dirigido por tanto tempo.
— Oi, Sr. Gallagher— falei, e minha voz saiu toda nervosa e hesitante.
Meu primeiro pensamento foi: A gente devia simplesmente ter obrigado o Conrad a entrar no carro e voltar para a faculdade e fazer aquelas provas idiotas.
Ter dado tempo a ele foi um enorme
erro. Agora eu entendia. Eu deveria ter colocado pressão em Noah para ele convencer logo o irmão.O Sr. Gallagher ergueu uma das sobrancelhas para minha cerveja, e
me dei conta de que ainda estava segurando a latinha, os dedos tão
firmes ao redor dela que estavam dormentes. Deixei-a no chão, e meu cabelo caiu no rosto; fiquei grata por isso.O momento era de se esconder, de descobrir o que dizer em seguida.
Fiz o que sempre fazia: falei dos meninos.— Ah, então, o Aidan e o Noah não estão aqui.
Minha mente estava a mil. Os dois voltariam a qualquer minuto.
O Sr. Gallagher não disse nada, apenas assentiu e esfregou a nuca.Então subiu os degraus da varanda e sentou-se na cadeira ao lado
da minha. Pegou minha cerveja e tomou um longo gole.— Como está o Aidan ? — perguntou, apoiando a latinha no braço de sua cadeira.
— Ele está bem — respondi imediatamente.
Então me senti uma tola, porque Aidan não estava nem um pouco bem. A mãe dele tinha acabado de morrer. Ele havia largado a faculdade. Como poderia estar bem? Como algum de nós poderia estar?
Mas acho que, de certa maneira, Aidan estava bem, porque tinha arranjado um novo propósito. Tinha um motivo. Para viver.
Tinha uma meta, um inimigo. Eram bons incentivos. Mesmo que o
inimigo fosse o próprio pai.— Não sei o que esse garoto está pensando — comentou o Sr.
Gallagher, balançando a cabeça.O que eu poderia responder? Eu também nunca sabia o que Aidan estava pensando. Tinha certeza de que não havia muita gente que soubesse. Ainda assim, fiquei na defensiva. Protetora.
O Sr. Gallagher e eu ficamos sentados em silêncio. Não um silêncio
sociável e tranquilo, mas tenso e terrível. Ele nunca tinha nada para
me dizer, e eu nunca sabia o que falar para ele. Finalmente, ele
pigarreou e perguntou:— Como está a escola?
— De férias — respondi, mordiscando o lábio inferior e me sentindo com doze anos. — As aulas acabaram de terminar. Este ano, começo o último ano.
— Já sabe onde quer fazer faculdade?
— Na verdade, não.
Eu sabia que essa era a resposta errada, porque faculdade era uma coisa sobre a qual o Sr. Gallagher tinha interesse em conversar.
Bom, o tipo certo de faculdade, pelo menos. Ficamos em silêncio novamente. Isso também era bastante familiar. A sensação de pavor, de
desgraça iminente. A sensação de que eu estava encrencada. De
que todos nós estávamos.AMEM FML TO DE FERIAS OFICIALMENTE MDS TO FELIZ AGORA
3//???
Beijos !
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It's not a game without you • Aidan gallagher
FanfictionComo podemos nos arrepender de uma das melhores noites da nossa vida ? Ninguém se arrepende de uma coisa dessas . Guardamos para sempre cada palavra , cada olhar . Mesmo quando dói , não podemos esquecer 2 temporada de the leader and the player his...