As almas opostas

o Hannah-o diário

Todo livro clichê começa assim

-Aaaaa, eu odeio esse menino!

E no fim

Pan pan pan

Eles se apaixonam e vivem felizes para sempre.

Bom, dessa vez não vai ser assim, juro. Até porque acreditar no amor está fora de questão para mim.

Todos os dias me levanto da cama na força do ódio para ir para o colégio.

Não acho que eu me encaixe em nenhum grupo específico, sou apenas a menina que tira notas boas e ama ler, mas no fim de tudo eu sou daquele grupo de três pessoas, que passa despercebido.

Uma das únicas pessoas que me nota naquela escola só para me encher o saco, é o insuportável do James que por coincidência é o melhor amigo do meu irmão e os meninos que me perseguem para conseguir o número da minha irmã.

É, talvez eu deva voltar um pouco e apresentar a família.

Bom, apresento a vocês a família Lancaster.

Sheron é minha mãe, teve trigêmeos, médica renomada, faz yoga, adora pet e é um amor de pessoa.

Richard é meu pai, teve trigêmeos, CEO de uma indústria farmacêutica, ama esporte e é um ótimo conselheiro.

Sasha é minha irmã gêmea, parecidas? Talvez. Minha irmã é uma belíssima líder torcida, ama dançar, é muito popular e todos os meninos do colégio são fissurados nela mas PASMEM

ela só tem olhos para o babaca do James que nem liga para ela.

Richard é meu irmão gêmeo, o melhor jogador do colégio Houston, todas as meninas são apaixonadas por ele. Claro, meu irmão é alto, cabelos médios, um castanho quase loiro, corpo definido e muito educado. O seu único defeito é trazer uma namorada por semana, enfim, ele não vale nada desde que seu coração foi partido, mas isso é história para outra hora.

E eu?

Bom, meu nome é Hannah, entre meus irmãos eu sou a única não popular, não chamo muita atenção no colégio, ao contrário da minha irmã sempre pego a primeira roupa que encontro no guarda-roupa, ao contrário do meu irmão não saio todo fim de semana e tenho apenas dois amigos, acho que já é mais que suficiente. Não gosto muito que as pessoas saibam quem eu sou, porque sou sempre compara com meus irmãos.

Não ligo muito para essas coisas de amor, acho uma estupidez na verdade.

Como alguém tão novo consegue amar outra pessoa se nem ama a si próprio? Não faz sentido.

A leitura é meu refúgio, ao contrário da vida, os amores dos livros são realmente reais e intensos.

Agora estou aqui escrevendo esse diário e quem diria que alguém como eu conseguiria se abrir para um monte de folhas em branco, as pessoas realmente mudam.

Foi isso por hoje, nos encontraremos outro dia para um capítulo dramático da minha vida.