Machismo: definições formais

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Dialogar a respeito do machismo é tão fácil quanto desintegrar um átomo. O movimento neofeminista, ou as que se dizem representantes das mulheres, denunciam a má conduta masculina, o machismo. O machismo, de acordo com a opinião popular, é uma doença originada no homem, que espalha-se pela sociedade, infectando e matando mulheres*.
Perdão, essa definição de machismo dada anteriormente, na verdade, é como interpreto todas as definições de machismo que vi até hoje. A definição popular de “machismo” é extensa, confusa, incoerente, contraditória e hipócrita. Antes que você desanime, desista da leitura e apague esse arquivo, quero deixar claro, não estou aqui para tentar NEGAR a existência do machismo, muito menos para fazer vista grossa ou ocultar esse preconceito. Meu objetivo é mostrar que há uma visão muito distorcida, equivocada e manipulada do que de fato é o machismo.
Para iniciarmos, veremos algumas definições de machismo, que chamarei de “definições formais".
“O machismo é um preconceito, expresso por opiniões e atitudes, que se opõe à igualdade de direitos entre os gêneros, favorecendo o gênero masculino em detrimento ao feminino. Ou seja, é uma opressão, nas suas mais diversas formas, das mulheres feita pelos homens. Na prática, uma pessoa machista é aquela que acredita que homens e mulheres têm papéis distintos na sociedade, que a mulher não pode ou não deve se portar e ter os mesmo direitos de um homem ou que julga a mulher como inferior ao homem em aspectos físicos, intelectuais e sociais.”
-https://www.politize.com.br
“Machismo (do espanhol e do português "macho") é a sensação de ser “viril" e autossuficiente, o conceito associado a "um forte senso de orgulho masculino: uma masculinidade exagerada”. Está associado à "responsabilidade de um homem de prover, proteger e defender sua família”. Em um termo mais amplo, o machismo, por ser um conceito filosófico e social que crê na inferioridade da mulher, é a ideia de que o homem, em uma relação, é o líder superior, na qual protege e é a autoridade em uma família.”
-https://pt.m.wikipedia.org
Essas definições de machismo foram tiradas da internet, por isso são definições mais complexas, bem formuladas, sistemáticas e firmes. Mas mesmo nessas definições mais formais há notáveis controvérsias, que chegam a ser terrivelmente incômodas (voltarei em breve a esse assunto).
*Os combatentes do machismo afirmam que mulheres “tornam-se” machistas, como se essa “doença” do homem contaminasse elas, fazendo com que as “infectadas" imitem comportamentos masculinos.
Normalmente, as pessoas usam exemplos cotidianos para definir o que é o machismo, é aí onde está a fonte do problema. Muitas coisas começam a associar-se a uma só, sem critérios ou análise, a essência do problema torna-se maleável, abrangente, e tudo começa a ser visto como o problema, principalmente quando é conveniente.
Citarei alguns exemplos, dados por neofeministas, do que seria o machismo ou uma atitude machista (chamarei esses exemplos de definições informais):
- Achar que a mulher deve receber um salário menor do que o homem.
- Importar-se com a vestimenta da esposa, namorada, etc.
- Demonstrar oposição ao feminismo.
- Ter uma masculinidade forte, ser viril e se achar autossuficiente.
- Sentir-se insatisfeito com a braveza e dureza de uma mulher na posição de chefia.
- Achar que a mulher depende do homem.
- Preferir uma mulher como educadora, por achar que mulher tem mais jeito com crianças.
- Não demonstrar fraqueza e ensinar isso aos filhos.
- Ter preferência por algum “tipo de mulher”.
- Objetificar a mulher.
- Assediar uma mulher com cantadas, assobios, etc.
- Interromper uma mulher quando ela estiver falando.
Existem mais algumas dezenas, ou centenas de exemplos que poderiam ser citados, mas optei por encerrar aqui. Analisarei as duas definições formais e todas as definições informais, de forma racional, lógica, simples e direta, para apontar e detalhar todas as inconsistências e incoerências dessas afirmações.

Definições formais:
Leia atentamente a primeira definição formal de machismo, feito isso, retorne para este ponto do texto. Essa definição não está de toda errada, mas torna-se fraca no terceiro parágrafo.
1. “Na prática, uma pessoa machista é aquela que acredita que homens e mulheres têm papéis distintos na sociedade,”.
Aqui destaca-se o pensamento ingênuo, de pessoas que lutam cegamente para não aceitar a realidade, é o que interpreto como “negação da realidade”, ocorre devido a insatisfação. Homens e mulheres têm papéis distintos na sociedade! Esse é um conhecimento quase intuitivo. O papel de cada gênero é pré-definido pela “natureza” (usarei o termo “natureza” para simplificar e evitar o desvio do assunto). Ora, considerar somente os fatores sociais e desprezar os fatores evolutivos e biológicos é ser descuidado.
A forma como o homem comporta-se, suas características, sua conduta, não é (totalmente) uma criação social. As neofeministas afirmam que a sociedade é machista e que criou padrões que segregam os sexos e também que a masculinidade, a virilidade, o papel de líder do homem é prejudicial para a sociedade. Sinto muito em dizer, mas se não houvesse o “machismo” não haveria sociedade ou sequer a sobrevivência do homo sapiens (essa não é uma atribuição de valor ao machismo).
É preciso entender que essas características masculinas, que hoje são odiadas, repudiadas, condenadas, eram de suma importância nos primórdios da humanidade, e, foram passadas de geração em geração, o comportamento do homem moderno é uma “herança” de seus antepassados. Nós, os homo sapiens (os homens sábios), somos mais velhos do que muitos pensam. Acreditava-se que o homo sapiens tinha cerca de 195 mil anos, mas recentemente foi descoberto na região de Jebel Irhoud, no Marrocos, fósseis de três homo sapiens adultos, um adolescente e uma criança de 300 mil anos atrás, indicando que o homo sapiens surgiu há pelo menos 100 mil anos antes do que imaginava-se.
O homem e a mulher evoluíram por pelo menos 300 milênios. As primeiras cidades, o surgimento da sociedade, deu-se há cerca de 3.500 anos a.C., graças as descobertas da espécie no último período da pré-história, no Neolítico, período que estendeu-se de 10 mil anos a.C. até 3 mil anos a.C., onde surgiu a agricultura, a domesticação dos animais, a criação da escrita, possibilitando a fixação do homem numa região. É impossível falar sobre o comportamento do homem engolindo mais de 296 mil anos de existência e desenvolvimento comportamental do mesmo, que antecede a criação da sociedade.
O homem e a mulher são distintos, seres semelhantes, não iguais. Há características no homem (boas e ruins) que não há na mulher e há características na mulher (boas e ruins) que não há no homem. O homem é fisicamente mais forte, mais veloz e resistente desde o seu surgimento (hoje ser fisicamente mais forte já não é mais uma prova de superioridade), as mulheres eram ótimas em preparar alimentos, produzir remédios e tinham experiência na agricultura, isso definiu o papel da mulher e do homem naquele contexto. O homem era responsável pelas tarefas mais difíceis, que exigiam força, resistência, velocidade, como a caça, a coleta, que envolvia competição física com outros animais. As fêmeas realizavam a coleta de plantas, frutas e cuidavam dos ferimentos dos machos por saberem mais sobre plantas medicinais, atividades de suma importância para a sobrevivência da espécie. Em tempos difíceis, como no intenso inverno, dependiam muito dos homens, pois eram os homens que saiam mundo à fora, enfrentando o terror do frio na busca de alimentos, para a mulher e para os filhos.
Os homens também eram responsáveis pela segurança das mulheres e das crianças, pois são biologicamente mais aptos ao confronto físico, lutavam com outros animais, matavam e morriam por sua espécie. As neofeministas declaram que definir alguém por sua genitália é pura ignorância, e o indivíduo é quem ele quiser ser. É um discurso tão bonitinho. O gênero é uma criação social, é abrangente, nesse contexto o indivíduo cria a sua própria personalidade, mas essa é uma condição que muda o comportamento do indivíduo a posteriori (partindo do que é posterior), pois todo e qualquer indivíduo nasce com um determinado sexo, que definirá muito de seu comportamento a priori (partindo do que é anterior). Em resumo, podem existir mil gêneros, mas só dois sexos.
Há quem diga que tais argumentos são nojentos, desprezíveis, machistas. Essas mesmas pessoas que dizem isso, julgam-se mais evoluídas, inteligentes e aptas a viverem na modernidade. Quem seriam, se não as neofeministas, a proferirem essas proezas? Elas gritam abertamente que os homens são estúpidos e retrógrados, o principal mal da sociedade. Citarei uma obviedade para mostrar que o sexo é uma “lei biológica” inviolável, esse fato é a gravidez. O indivíduo com os cromossomos XX é o responsável pela tarefa mais pesada, a gestação de um novo indivíduo. Já o indivíduo com os cromossomos XY é o responsável pela fecundação. Pergunto-me: como todas essas condições biológicas podem ser irrelevantes a ponto de não criarem uma distinção entre os sexos? Não estou afirmando que homens são superiores as mulheres ou vice e versa, estou afirmando que há diferença entre ambos, e acreditar nisso não faz de ninguém machista.
“Você está dizendo que temos que aceitar os comportamentos primitivos?”, “O que diferencia o homem da mulher é o fato dela engravidar?”. Não, não, longe disso. Sinto a necessidade de argumentar, explicar as minhas argumentações e explicar as minhas explicações, para evitar ao máximo entendimentos equivocados, não porque subestimo a capacidade intelectual de meus leitores, mas sim porque reconheço a obscuridade dessas questões. O que quero dizer é que as diferenças biológicas e evolutivas do homem e da mulher definem, de certa forma, o comportamento de ambos. Cada um dos sexos tem características próprias, favoráveis e desfavoráveis. O sistema psicológico do homem e da mulher são diferentes, os níveis de testosterona no homem adulto são em média sete vezes maiores do que em mulheres adultas, o consumo metabólico masculino é superior, a produção diária de testosterona do homem é pelo menos vinte vezes maior do que a feminina, o homem é mais influenciado por seus desejos sexuais, a mulher tem mais poder de sedução, a estrutura corporal dos sexos é diferente e a “masculinidade” e a “feminilidade” são definidas ainda no desenvolvimento embrionário. O homem e a mulher tem funções distintas, principalmente na reprodução da espécie, e isso reflete no comportamento de cada um na sociedade.
Vamos para a segunda definição formal de machismo.
1. “Machismo (do espanhol e do português "macho") é a sensação de ser “viril" e autossuficiente, o conceito associado a "um forte senso de orgulho masculino: uma masculinidade exagerada”.
Essa definição já é inquietante no “Gênesis". Vamos recordar a definição de “viril".
Viril: Que se pode referir com o que é característico do homem; relativo ao que é masculino; varonil.
Que possui e expressa coragem; que não tem medo; destemido.
O adjetivo “autossuficiente” é autoexplicativo, mas vamos relembrar também.
Autossuficiente: Que vive de maneira independente; que não precisa de apoio, ajuda, auxílio; independente, livre.
A virilidade e o sentimento de autossuficiência estão associados a uma masculinidade exagerada? Não faz o menor sentido. Mas, e se estiverem? O que seria uma “masculinidade exagerada”? Homem, demasiado homem? Então também há uma “feminilidade exagerada”? Mulher, demasiada mulher? Mas nesse caso não trata-se de um extremo negativo? O homem pode ser homem, mas não homem demais, porque quanto mais “homem" o indivíduo for, mais degenerado ele será? As neofeministas estão tentando desconstruir a figura do homem, e digo mais, elas estão “tomando” para si as características mais positivas e os homens estão aceitando isso passivamente. As características que davam ao homem a posição de líder, eram a dureza, força, frieza, garra, coragem, determinação e orgulho, essas revolucionárias sabem disso, e para tornar esses atributos exclusivos a elas, precisam desqualificar seus adversários. E fazem isso impondo a seguinte ideia: “Nós mulheres podemos ser assim, vocês homens não. A mulher quando líder é livre e poderosa, o homem quando líder é machista e opressor”. Que fique claro, elas não querem a igualdade dos sexos, querem uma supremacia feminina.
O homem que sente-se, ou que é independente, másculo, viril, forte, firme, decidido, que não demonstra fraqueza, não é obrigatoriamente machista. Esse tipo de homem não pode ser condenado por sua personalidade, mas pelo que faz. Suas ações, atitudes, comportamentos, pensamentos, definirão se ele é machista ou não. O homem não pode abrir mão de suas características próprias porque elas somente não agradam um grupo social, essas características não são hostis, pelo contrário, são imprescindíveis e raras. Na verdade, essas características só não são agradáveis quando presentes no homem, pois a ideologia neofeminista prega que a mulher seja justamente isso: independente, autossuficiente, forte, firme, decidida, etc. As neofeministas reconhecem que essas são as características que fazem um líder, por isso esforçam-se para torná-las exclusivas a elas, querem por o homem na coleira, e para isso, precisam fragilizá-lo. A mulher que sente orgulho de ser mulher é “empoderada", o homem que sente orgulho de ser homem é machista.
2. “Em um termo mais amplo, o machismo, por ser um conceito filosófico e social que crê na inferioridade da mulher, é a ideia de que o homem, em uma relação, é o líder superior, na qual protege e é a autoridade em uma família.”
Qualquer homem que considere-se superior a uma mulher a partir de critérios sexistas, é um tolo medíocre, e sim, deve ser considerado machista. Há homens medíocres que agem como animais, movidos apenas por instintos e impulsos sexuais, eles mancharam, cuspiram, macularam a imagem do homem. Alguns homens veem as mulheres como um pedaço de carne, como um ser frágil que necessita da figura deles para sobreviver, é nesse sentido que alguns “medíocres" inferiorizam as mulheres. As neofeministas, as ferrenhas desprezadoras do masculino, julgam todos os homens a partir de experiências individuais, “se um homem é mau, logo, todos são”, “se um homem me assediou, logo, todos são assediadores", “se um homem agrediu uma mulher, logo, todos agridem mulheres”. E essa generalização está sendo aceita por todos, as mulheres afirmam ter medo do homem (no sentido geral, de todos, não só dos homens machistas, assediadores, etc.), e pasmem, circula entre elas a ideia de que o homem já é machista no simples ato de existir, desde o momento de seu nascimento.
E sobre essas arrogantes paira um ar de prepotência, superioridade, que ironia. Uma neofeminista disse com leveza que os homens estão com dificuldade para adaptarem-se aos tempos modernos. Como se fossem macacos incapazes de usufruir daquilo que criaram. A santa tecnologia, as maiores descobertas científicas, a modernidade, é fruto do trabalho, em sua maioria, de homens. Essas neofeministas que condenam o machismo por inferiorizar as mulheres, são as mesmas que inferiorizam os homens, fazem piadas e desejam a extinção do hominídeo macho. “Mas você está sendo genérico também ao condenar todas as feministas”. O movimento feminista contemporâneo é degenerado, está corrompido em suas bases, é preconceituoso, misandrico e totalmente desvinculado do feminismo inicial. O neofeminismo é uma ideologia nova, ainda fresca, que usa uma bandeira antiga para se camuflar e seus frutos são malignos. O movimento feminista contribuiu para conquistas históricas, lutou pela ampliação da liberdade feminina e garantiu direitos legítimos, a luta do feminismo inicial, apesar de muitas controvérsias, possuía sentido e importância. Uma análise fria das reivindicações e dos representantes do feminismo contemporâneo (neofeminismo), é o suficiente para revelar a barbaridade desse novo movimento, que contempla o fútil e despreza o essencial. Assim como o machismo é o ódio dos homens pelas mulheres, o neofeminismo é o ódio das mulheres pelos homens. Critico aqui, sem nenhum receio, as neofeministas, não as mulheres em geral, o neofeminismo não é a representação da mulher, é a banalização. Todos os recém chegados do feminismo são papagaios desse movimento sórdido, a grande massa desses integrantes não tem más intenções, mas ao mesmo tempo, são leigos quanto a ideologia que seguem, levantam a bandeira da causa por acharem que terão representatividade. O indivíduo deseja o agrupamento por medo de agir sozinho, assume uma ideologia asquerosa porque é incapaz de dar vida aos seus próprios pensamentos. Em suma, qualquer indivíduo que sinta-se superior a outro sem mais e nem menos, exprime a própria inferioridade. O feminismo contemporâneo desvinculou-se do feminismo inicial, e já não lembra em nada a verdadeira luta feminina, mais parece algo que surgiu, eclodiu, recentemente. Quando uso os termos “neofeminista(s)/neofeminismo”, estou me referindo ao movimento feminista contemporâneo, a sua elite intelectual, aos seus influenciadores famosos e as celebridades que falam em nome do neofeminismo.
Recomendo uma releitura do trecho numero 2 da segunda definição formal do machismo, destacado acima, para não perdermos o fio da meada. Quem estabelece as condições de um relacionamento/casamento é o casal. O homem que tenta impor a sua liderança forçadamente, sentindo-se no direito de ser líder, sem um consenso entre as partes, é um estúpido, e obviamente, machista. Os indivíduos devem ser sinceros um com o outro, é preciso dialogar para se definir limites, regras, ou se desejarem, papéis, responsabilidades e posições para cada um. Essa ideia de que o homem é soberano, implacável em uma relação, é um tanto quanto exagerada nos dias de hoje, a mulher opina, aconselha, posiciona-se, ordena, tem suas próprias vontades. Elas conseguem se opor com facilidade quando o homem está sendo injusto em uma relação, uma de suas armas são as chantagens emocionais, que envolvem, por exemplo, greve de sexo, uma das punições mais efetivas contra o homem. A verdade é que, nos relacionamentos modernos a mulher é quem manda. Na geração anterior a nossa, o homem era na maioria dos casos, o chefe da família. O marido trabalhava para conseguir sustentar a esposa e a si mesmo, a esposa era a dona de casa, responsável pelos trabalhos domésticos. Esse padrão de casamento ainda é muito comum, e não, não há essencialmente nenhum problema nesse tipo de relacionamento, desde que haja respeito e concordância entre ambas as partes.
A figura da dona de casa, da “mãe de família”, foi demonificada. As neofeministas, radicais por natureza, alegam que essas mulheres estão presas ao passado e devem libertar-se dessa vida, “mulher não deve fazer as vontades de homem nenhum”. Se a mulher sente-se bem com a vida que leva, ama o seu marido e é feliz em seu casamento, por que ela deveria largar tudo isso e agir como mandam algumas presunçosas? A maioria das pessoas, que ainda seguem esse padrão de casamento, são felizes e possuem um núcleo familiar saudável. Há nesse tipo de casamento algo que logo desaparecerá, o companheirismo. E veja bem, a dona de casa não deve sentir-se em dívida com o seu marido por ele garantir o sustento do lar, pois ela também trabalha, é ela quem faz a manutenção da casa. O homem traz alimento, a mulher prepara, o homem garante o dinheiro, a mulher os cuidados, ele trabalha lá, ela trabalha cá. Imagine uma dona de casa dando ouvidos as neofeministas, passando a não exercer mais as suas tarefas domésticas, por estar convencida de que é uma escrava de seu marido. Muito provavelmente ocorreria um divórcio, em seguida, a separação dos bens. O marido continuaria trabalhando e a esposa experimentaria o desemprego, já que dedicou toda sua vida aos trabalhos domésticos, desconhecendo totalmente o mercado de trabalho. O neofeminismo é nocivo para as mulheres, a ideologia é narcisista, enganadora, distorcida e sussurra: “Largue a vida que tem, você merece mais, a vida é mais do que isso, venha dá soco em bico de faca com a gente”, a verdade é que nem todos são capazes da verdadeira independência. Essa ideologia prega mudanças radicais, revoluções, isso é perigoso. Se uma mulher muda o seu ponto de vista a respeito de seu casamento, e deseja algumas mudanças, deve fazer isso gradativamente, para que seu parceiro acostume-se as mudanças solicitadas, esse é um processo lento e delicado. Se a mudança for radical, haverá um colapso.
Não estou sugerindo ou enaltecendo o padrão “tradicional” de casamento, você é livre para viver como quiser, assim como os outros também são. Não faz sentido classificar como machista o homem que segue ou deseja esse padrão de relacionamento, onde será o líder, a autoridade, se a companheira concorda, não cabe a terceiros achar nada, eles vivem na realidade deles e devem ser julgados por suas ações. O homem pode ser líder, desde que sua companheira aceite. A mulher pode ser líder, desde que seu companheiro aceite. E que fique claro, hoje os papéis podem se inverter, o mercado de trabalho está muito mais favorável para a mulher do que outrora, dando a ela a possibilidade de ser a garantidora do sustento do lar. Ou ambas as partes podem trabalhar e dividir as tarefas domésticas. Mas se um trabalha e o outro não, cabe ao desempregado cuidar das tarefas domésticas, ou é correto que um viva na boemia enquanto o outro se mata trabalhando? Se a mulher está em casa, enquanto seu companheiro trabalha, por que não cuidar das tarefas domésticas em vez de fazer birra, dizendo que o companheiro é machista por achar que ela deve ajudar? O mesmo vale para o homem, se sua companheira está trabalhando, não é correto ficar em casa vegetando, esperando que a esposa chegue cansada do trabalho, vá fazer a comida e depois o paparique. Cabe a você os trabalhos domésticos.
Há um grupo de mulheres que desejam ser dependentes de homens, no sentido financeiro (chamarei elas de “espertinhas”, em homenagem a Nessahan Alita). As espertinhas por não terem força de vontade, capacidade, apressam-se em se relacionar para ter alguém que as sustentem. As mais atraentes, ou seja, as mais “gostosas”, terão mais chances de conseguir um homem disposto a banca-las, pois na cabeça do homem quanto mais bonita a mulher for, mais prazer ela lhe proporcionará. As espertinhas usam seu poder de sedução para conquistar o seu alvo, são extremamente seletivas, demonstram interesse somente por homens com uma condição social acima das delas, homens com recursos. As espertinhas usam todo o tempo para moldar os seus corpos, estão sempre na academia, salão de beleza, são obsessivamente vaidosas, e na primeira oportunidade, dão uma bela chave de coxas na sua vítima, entregam-se totalmente no sexo, e deixam o alvo loucamente apaixonado. Esse homem fisgado dará tudo de bom e do melhor para a espertinha, assumirá compromissos, responsabilidades e despesas, e o único retorno que terá será o prazer. Já a espertinha terá todos os benefícios possíveis, em troca de algumas horas na cama. Para a espertinha o prazer é um meio, para o homem o prazer é um objetivo. Nesse contexto em específico, o homem seria machista por se colocar na posição de “líder superior”, “de autoridade”, sendo que é ele quem tem todas as responsabilidades enquanto a espertinha só serve pra sustentar uma imagem social?
Continuemos, para contextualizar citarei separadamente a parte final da definição formal de machismo que passarei a abordar a partir de agora: “é a ideia de que o homem, em uma relação, é o líder superior, na qual protege e é a autoridade em uma família.”
Então, pergunto-me: por que o homem está sendo machista ao colocar-se no papel de protetor da família? Pense no seguinte cenário: Um ladrão invade a casa de uma família composta por pai, mãe e dois filhos pequenos, o ladrão está armado com uma faca ameaçando a todos, mas por um instante, distrai-se e dá uma brecha para que alguém avance contra ele. Qual dos familiares você acha que tomaria essa atitude? É muito mais provável que seja o pai, o homem tem mais autocontrole em situações de risco e mais capacidade para lutar contra o ladrão, a mãe preocupada com os filhos, provavelmente entraria em pânico e só conseguiria correr até eles, desesperada. As mulheres gostam de se sentirem seguras, por isso preferem homens que passem confiança, segurança e que tenham atitude.
Em síntese, essa é mais uma definição vaga do machismo. Os homens estão tendo que andar sobre cacos de vidro, um passo em falso e uma neofeminista raivosa salivando aparecerá apontando o dedo para você, te chamando de machista por respirar. O machismo deve ter uma definição definitiva, sólida, clara. As neofeministas apresentam o machismo, dizendo: “O machismo é isso, isso e aquilo. Vocês homens não podem fazer isso, isso e aquilo”. Em alguns pontos elas estão certas, e os homens sensatos ao serem notificados que estão sendo machistas, tentam mudar suas atitudes a partir de tudo o que foi dito. Mas antes mesmo desses homens sensatos filtrarem as informações que foram passadas, as neofeministas atualizam repentinamente a definição de machismo, atribuindo mais mil regras e os homens sensatos que achavam ter aprendido a lição de casa se veem novamente sendo chamados de machistas.
Imagine que exista uma outra dimensão, o reino dos brócolis vestidos. Os cidadãos do reino, os brócolis, usam roupas. Em um dia ensolarado, o rei dos brócolis vestidos anuncia: roupas vermelhas, brancas, pretas, rosas e amarelas estão proibidas de serem usadas, pois são nocivas para a comunidade. Os cidadãos do reino obviamente obedecerão e seguirão o decreto. O brócolis Ricardo, um morador do reino, decide sair na rua vestido com a sua linda camisa roxa, cor não proibida até então. E lá está o Ricardo passeando alegremente pelo reino, quando de repente, soldados enfurecidos avançam contra ele, dizendo: “Você está preso por usar roxo, cor que é o resultado da mistura de azul com a cor proibida, vermelho!”. E então, o brócolis Ricardo foi levado à forca.
As neofeministas distorcem, esticam, moldam a definição de machismo para conseguir acusar qualquer homem que as afrontem. Elas fazem isso para ganhar uma discussão, culpar o mercado de trabalho pelo desemprego, se sentirem superiores e se vitimizarem. “Se você é cavalheiro com uma mulher, você é machista”, “se você quer pagar a conta, você é machista”, “se você é forte, firme, autossuficiente, você é machista”, “se há mais homens no mercado de trabalho do que mulheres, a sociedade é machista”, há sempre um outro lado da história, uma justificativa para alguns acontecimentos, fatores e ações, mas essas megeras só querem falar e nunca ouvir, “nosso lugar de fala". Todo acusado tem o direito de se defender, e para se defender é preciso falar. Mas me parece que os homens estão em um tribunal, na posição de réu, sem o direito de se defender, limitados a só permanecerem calados enquanto são acusados por diversas barbaridades.

Em defesa do homem: o processo de demonificaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora