Queridos leitores, pretendo ser o mais direto possível, não temos tempo para redundâncias. Citarei todas as “definições informais” de machismo, e avaliarei cuidadosamente cada uma delas, para apontar suas inconsistências. Aviso de antemão que essa será a parte mais interessante (pelo menos para mim) dessa cansativa discussão. Oh, céus, digo que essa discussão é cansativa somente para parecer que entendo o olhar pesaroso, de sono, de meus leitores. Quando tocamos em assuntos dessa espécie, inevitavelmente estamos refletindo sobre os dilemas humanos, sobre nós mesmos. A maioria das pessoas permanecem na beirada dos assuntos que envolvem a natureza humana, na calorosa praia que rodeia o oceano dessas questões. Aqueles que jogam-se de cabeça nesse oceano, devem estar preparados para afundar, e quanto mais fundo, mais escuridão e pressão haverá, lembrem-se: é nos lugares mais inóspitos que o conhecimento habita.
Dificilmente uma conversa sobre “machismo” é duradoura e respeitosa, quando há um debate entre pessoas que divergem sobre a temática, ambos os lados parecem não querer mais nada além do que há em suas cabeças, prendem-se as próprias convicções e não aprendem nada um com o outro, o debate que envolve a apresentação de ideias, torna-se um palco para pavões vaidosos ostentarem seus orgulhos. Bom, aqui estou eu sendo redundante, mas é por uma boa causa. Homens e mulheres, indivíduos no geral, interessem-se pelo debate, não menospreze alguém por pensar diferente de você, seja inteligente, procure saber o que levou esse indivíduo a pensar diferente, faça isso sendo atencioso e controlado. Provoque, questione, critique, dê a luz a um novo conhecimento.
Partiremos para as definições informais
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Em defesa do homem: o processo de demonificação
Non-FictionO homem está sendo colocado no extremo negativo existencial, sentado no banco dos réus, sem chances de defesa, em um julgamento, onde o acusador é também vítima e juiz. O masculino está passando por um "processo de demonificação", protagonizado pelo...