83° capítulo

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Ludmilla

         

Saio do quarto que a Bru estava e caminho pelos corredores aos prantos. Eu não conseguia mais segurar a dor que eu sentia em meu peito.

         
Passo por uma enfermeira e pergunto se tem outra porta de saída e ela me mostra a direção. Vou até a porta indicada pela mesma, evitando que todos me vissem desse jeito.

         
Vou até a calçada e assim que vejo um táxi eu aceno o fazendo parar. Limpo minhas lágrimas e entro.

Taxista: Para onde você deseja ir senhorita? - Eu penso se eu deveria voltar para a fazenda, mas as crianças não me poderia me ver nessa situação. - Senhorita?

Lud: Me leve nesse hotel. - Passo um papel com o endereço que minha mãe tinha deixado.

           
Ele dá partida e durante o caminho eu penso no que faria agora, eu tenho que sair daqui. A Brunna não me quer por perto e eu não vou forçar a minha presença.

Taxista: Senhora chegamos. - O olho limpando algumas lágrimas e pego o dinheiro e o entregando.

Lud: Obrigada, senhor. - Abro a porta e a fecho olhando para o hotel.

         
Entro no hotel e caminho até o elevador e logo subindo até o terceiro andar. Eu tento segurar o choro mais uma vez mas foi em vão, e na hora que eu ia bater na porta vejo a minha mãe me olhando preocupada.

Sil: Filha, o que está acontecendo? Por que você está chorando? - Nessa hora eu corro para os seus braços e abraço apertado.

Lud: Mãe, a Bru não me quer mais ?

Sil: Vem cá minha filha. - Ela me puxa para dentro fechando a porta logo em seguida. - Senta aí, que vou pegar uma água para você se acalmar. - Eu me sento no sofá e logo ela chega com um copo de água que eu logo tomo. - Agora me conta. Porque a Brunninha não te quer mais?

Lud: Mãe hoje mais cedo a Bru sofreu um acidente. - Ela coloca a mão na boca assustada.

Sil: E como ela está?

Lud: Ela está bem mãe, só que o acidente a fez esquecer de... - Eu não consigo concluir o que falo, logo eu caio no choro novamente e com uma dor imensa no coração.

Sil: Filha vem cá. - Eu deito a cabeça em seu colo e ela logo acaricia o meu cabelo. - Filha, eu tenho certeza que essa não é a vontade dela.

Lud: Claro que é mãe, ela falou que eu estava a confundindo e me pediu um tempo para mim.

Sil: Filha, se põe no lugar dela. Ela deve estar realmente confusa.

Lud: Mãe, eu não quero me afastar, mas vai ser preciso.

Sil: Pensa bem minha filha, não faça as coisas de cabeça quente. - Passo a mão em meus olhos e me sento a olhando.

Lud: Mãe, eu vou voltar para o Rio essa noite.

Sil: E o casamento amanhã?

Lud: Não tem como haver casamento mãe. Eu vou pedir para a Patty avisar os convidados.

Sil: E como vai ficar as crianças?

Sil: A Brunna me pediu um tempo com elas, então eu vou deixar elas aqui.

Sil: Filha, pensa bem.

Lud: Eu já pensei mãe. - Me levanto e a vejo se levantar. - Perdão mãe, por te trazer aqui atoa. - Eu a abraço forte.

Sil: Não foi atoa filha. Eu conheci minha segunda neta e ainda minha nora. - Saio do seu abraço e a vejo sorrir fraco.

Lud: Não sei se ela será sua nora mãe.

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