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BILL SKARSGARD.


O RELÓGIO MARCAVA uma da madrugada, eu dirigia sem rumo enquanto a garota ao meu lado estava quase dormindo, o rádio tocava baixo alguma música do Ed Sheeran, assim que acaba, começa a tocar "Bad At Love" da Halsey, a garota automaticamente abre os olhos e cantora baixo a letra da música.

"Não sabia que seu gosto alternativo se permitia ouvir algo mainstreaming." Murmuro e ela ri.

"Para onde você ta digirindo?"

"Como assim?"

"Você tá a um tempão dirigindo, não tem como você está indo para lugar nenhum." Ela fala rindo. "Eu amo essa parte da música." Comenta animada. "Got a girl with California eyes, and i thought that she could really be the one this time but i never got the chance to make her mine cause she fell in love with thin white lines."

Era inegável o seu potencial vocal, para ser sincero, me questionava comia garota conseguia ser tão inteligente e talentosa ao mesmo tempo, apenas poucos notavam que os seus rabiscos na realidade eram ótimos, até porque poucos podiam realmente ter acesso a eles.

"Você canta muito bem." Comento e, por mais que não pudesse ver, sentia que a garota sorria tímida.

"Agradeça a minha mãe por isso."

"Dom familiar?"

"Na verdade não, a Cassie sempre cantou maravilhosamente bem então a mamãe me colocou em aulas de canto desde sempre para poder cantar tão bem quanto a minha irmã." Sinto uma pequena dor na sua fala e me arrependo de ter perguntado sobre isso. "E você, Bill Skarsgard?"

"O que tem eu?"

"Qual seu talento oculto além de iludir garotas pela faculdade?"

"Chuto pobre na rua como hobby." Falo com tom de ironia e ela ri.

"É sério! Você tem algum dom ou algo assim?" Doou
um pequeno suspiro e decido contá-la sobre.

"Promete não falar para ninguém?"

"Segredinho nosso." Coloca o dedo indicador nos lábios e faz 'shi' para acompanhar.

"Eu gosto bastante de atuar e até pensei em fazer artes cênicas mas lembrei que do pai que tenho e aí desisti."

"E como você foi para economia?"

"Era o único que não sabia o que queria, o único que meu pai permitiu trabalhar com meio artístico foi o Valter, ele escreveu um livro na escola e decidiu enviar para uma editora enorme, adoraram o livro dele, foi publicado e deu muito certo." Explico para a garota, nem eu entendia ao certo como me senti confortável em falar sobre a minha família para alguém. "Minha irmã queria economia mas meu pai disse que mulher não pode trabalhar com isso, e você sabe, ele paga a faculdade então ele decide, aí ela quer medicina mas ainda faltam dois anos para isso."

"Eu nem estaria estudando cinema caso não tivesse pegado bolsa." Comenta baixo. "Mas, Bill, quando eu for uma grande diretora ou escritora, eu quero que você apareça nos meus filmes, caso você seja realmente bom." Acabo por rir.

"Ta duvidando do meu potencial?" Finjo que me sinto insultado com o seu comentario e ela ri. "Eu to começando a ficar cansado de dirigir mas não queria que acabasse isso aqui."

"Você não quer sair amanhã de novo?"

"Você ta me chamando para sair?" Suas bochechas foram de forma violenta, a garota abre a fecha a boca várias vezes envergonhada. "Eu aceito, Kenney." Ela sorri e fita o chão. "Vou te levar para casa agora."

O garota fica em silêncio por alguns segundos, ela estava muito envergonhada mas notei que ela se sentiu confortável comigo e vice-versa, nunca achei que conseguiria me abrir tanto de forma tão natural com alguém, Arabella era única, o que trazia uma pequena quebra de expectativa de todas as garotas que eu já saí, ela realmente não tinha segundas intenções e isso fazia eu realmente me sentir atraído de certa forma pela ruiva. Assim que chegamos na sua casa, ela da um pequeno suspiro e sorri para mim.

"Obrigada por hoje, Skarsgard." Fala enquanto sua mão vai em direção da maçaneta.

"Kenney." Chamo antes que ela pudesse fazer isso, sinto meu coração acelerar sem contexto algum.

"Aconteceu alguma coisa?" Pergunta curiosa e eu nego com a cabeça.

"Até amanhã?" Ela assente com a cabeça e eu sorrio. "Até amanhã."

𝐅𝐔𝐂𝐊𝐁𝐎𝐘, bill skarsgårdOnde histórias criam vida. Descubra agora