90° capítulo

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Ludmilla

Estou totalmente em choque, eu não acredito que ele voltou a me ligar depois de tanto tempo.

Bru: De quem você tem medo, Lud? - Me afasto de seus braços e limpo meus olhos que estavam embaçados.

Lud: Ele é o meu ..... - Ela me olhou esperando a resposta e quando viu que eu não tinha forças para contar segurou as minhas duas mãos.

Bru: Fale para mim, meu amor. - Sorrio da forma carinhosa que ela me chamou e ela me olha envergonhada. - Desculpa, mas saiu sem eu ver.

Lud: Pode me chamar de amor, quantas vezes quiser. - Ela sorri e se aproxima me dando um beijo rápido.

Bru: Agora me conta? Quem é essa pessoa e o que ela te fez que você tem tanto medo. - Eu respiro fundo e resolvo começar a contar.

Lud: Ele é o meu pai, Bru. - Ela aperta a minha mão na sua para eu continuar. - Quando eu tinha meus seis anos, eu sempre o via agressivo e bêbado em casa. Depois de uns tempos ele começou a agredir a minha mãe. Ele batia muito nela e algumas vezes eu e Luane tentava o impedir, mas era em vão, pois depois ele sempre batia na gente.

Bru: E porque sua mãe não o denunciou? - Ela me olha séria e eu me levanto tentando manter a calma.

Lud: A minha mãe ficou com muito medo, Bru. Meu pai era capaz de tudo.

Bru: Mas denunciar era a melhor solução. Vocês sofreram na mão dele.

Lud: Não ia adiantar denunciar, Bru. Ele ficaria preso por alguns dias e logo estaria solto novamente. E aí o que faríamos? Esperaríamos ele a matar?

Bru: E o que aconteceu depois? - Eu a olho e nesse instante suspiro aliviada.

Lud: Depois ele traiu a minha mãe e sumiu no mundo com ela. Depois disso eu nunca mais o vi e nem procurei saber onde estava.

Bru: Eu juro que se ele te levantar a mão novamente, eu o mato. Eu não importo que seja o seu pai e nem que eu vá para cadeia. - Eu me sento novamente em sua frente a olho fixamente.

Lud: Amor, você não vai sujar as suas mãos com ele. - Sinto a sua mão em meu rosto e logo fecho os meus olhos sentindo a sensação incrível de ser tocada por ela .

Bru: Me desculpas, mas é que eu fico puta de saber que alguém te bateu. Eu não gosto nem de pensar. - Pego a sua mão que está em meu rosto e levo até os meus lábios a beijando levemente.

Lud: Amor, hoje eu estou bem e protegida por você. Eu tenho medo, mas com você do meu lado eu sou capaz de enfrentar o mundo se possível.

Bru: Lud. - Ela agarra a minha mão e a aperta novamente na sua. - Eu vou estar do seu lado sempre que precisar. Eu posso não me lembrar de você aqui. - Ela aponta para a sua cabeça me olhando fixamente. - Mas aqui no meu coração parece que te conheço a séculos. - Me emociono com suas palavras e eu pulo para os seus braços a puxando para um abraço apertado.

Lud: Como você pode ser tão romântica?

Bru: Você que me inspira, amor. - Me separo dos seus braços e ela sorri lindamente e ela me puxa para um beijo quente.

Ficamos nos beijando por um bom tempo até ouvirmos um barulho na porta. A Bru se levanta e vai até a porta a abrindo.

Bru: O que faz aqui já cedo? - Olho para a Patty que faz uma cara feia para a sua irmã.

Patty: É assim que tú trata a sua irmã? E cadê o bom dia?

Bru: Bom dia Patty. Você está bem?

Pra Sempre SuaOnde histórias criam vida. Descubra agora