Capítulo 29

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Fui acordando aos poucos com a claridade que passava um pouco pelas cortinas e também com o barulho de alguém batendo na porta.

— QUEM É? — Grito perguntando com uma voz sonolenta enquanto me senti na cama.

— Sou eu, a Victoria! — Diz ela por trás da porta.

— SÓ UM MINUTO! — Grito.

Esfrego meus olhos tentando espantar o sono e logo me levanto caminhando até a porta e a abrindo.

— Oi Victória, o que houve? — Pergunto.

— É que eu vim avisar de uma pequena coisinha... — Diz ela.

— Fala logo, tá me deixando nervosa! — Falo levantando um pouco a voz.

— Os militares decidiram adiar a busca pelo nosso pessoal na colônia! — Ela solta de uma vez.

— O que? Mas porque? — Pergunto.

— Previram que vai cair mais neve! — Diz ela.

— Mas... Buscaram a gente, então acho que dá sim! — Falo.

— A gente andou metade do caminho Chloe e também, estávamos em menor número, mas eles são muitos! — Diz ela.

— Quanto tempo vai levar pro clima voltar ao normal? — Pergunto.

— Falaram que talvez alguns dias, semanas ou até um mês! — Diz ela.

— Tá de sacanagem comigo! — Falo.

— Parece que agora vamos ter que segurar um pouco a barra por aqui até que eles cheguem! — Diz ela.

— É... Tô vendo que sim! — Falo baixo.

Victória solta um sorriso fraco e vai embora. Pronto, agora minha preocupação aumentou mais ainda, os recursos da colônia estão acabando, não sei se vai durar algumas semanas ou um mês... Eu só quero que meus pais fiquem bem!

Mais tarde:

Eu estava sentada no chão do Porto, eu olhava as vezes para a água que batia nos navios que estavam parados ali.

— Aconteceu algo? — Pergunta a general se abaixando ao meu lado.

— Vem cá, vai ficar me seguindo até quando! — Pergunto.

— Até quando eu notar que você não vai mais sair por aí bisbilhotando coisas que não deve! — Diz ela. — As vezes essa sua curiosidade pode acabar causando algum problema, vai acabar se encrencando feio algum dia.

— Vê se não me enche! — Falo.

— Calma, pra que essa raiva toda? — Ela pergunta. — Está com raiva por que não podemos buscar o resto do seu pessoal não é?

Eu apenas balanço minha cabeça em sinal positivo, ela abaixa um pouco a cabeça coçando sua nuca e logo volta a me olhar.

— Olha só, eu sinto muito mesmo por isso, mas são ordens do nosso capitão! — Ela explicava. — Ninguém tem autorização de sair enquanto a neve estiver caindo, a um tempo atrás quando caiu a primeira neve deste inverno, uma de nossas equipes estavam em patrulha lá fora, eles caíram morro abaixo com o carro pela estrada escorregadia e quando fomos ao resgate, já era tarde demais, além deles baterem o carro, eles haviam sido atacados por algo, estavam mortos! Se um carro pode ter acontecido aquilo, imagina um caminhão cheio de pessoas, imagina a tragédia que poderia ser!

Aquilo que ela havia me contado, fez eu me sentir meio arrependida pela raiva que sentia por não saírem.

— Está bem... Desculpa... — Falo baixo.

— Alguém tá pedindo desculpa aqui? Quem será? — Ela pergunta com ironia.

— Eu acabei de pedir desculpas e você faz isso. — Falo balançando a cabeça negativamente.

— Tá bom, desculpa, só queria brincar com sua cara. — Diz ela.

— Conseguiu... — Falo num tom baixo.

Com isso, ela solta um pequeno sorriso de canto e eu também.

— Acho que estamos começando as nos entender! — Diz ela.

Eu não queria acabar com aquele clima agradável, mas tive que fazer.

— Acho que... Eu sei o que vocês guardam lá... — Falo num tom baixo.

— Esse assunto de novo? — Ela pergunta. — Achei que estávamos nos entendendo!

— Apenas confirme para mim. — Falo.

— Qual o seu palpite então? — Ela pergunta.

— Dinossauros! — Falo.

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