10_ Capítulo 55.

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Rain Miller

- Foi incrível, Rain. - Disse a Aly se jogando na cama com um sorriso bobo no rosto.

Ela passou o dia inteiro com a Leyla, enquanto eu sofria com o professor de matemática por causa dos meus trabalhos extras.

Eu não sabia que trabalhos extras era ser sentenciada a mais tempo com aquele demônio.

- Ela parece gostar de você... - Comentei sorrindo para a Aly que arregalou os olhos se sentando na cama.

- Você acha?

- É, eu acho.

- Eu nunca cheguei nessa parte de ser recíproco, o que eu devo fazer agora? - Me encarou em choque.

- Eu nunca nem me apaixonei mas eu acho que você deve confessar o que sente e ver no que dá.

- Você tá louca? - Se levantou da cama em um pulo. - Confessar o que eu sinto... - Riu. - Mais fácil eu me jogar de um penhasco! - Reclamou se jogando na cama, novamente.

- Se você nunca tentar, você nunca vai saber. - Dei de ombros, indo me sentar na cama dela.

- A Rain tem razão, Aly. - Concordou a Alaris saindo do banheiro enrolada em uma toalha. - O que é o pior que pode acontecer? - Sorriu. - Vocês não ficarem juntas? Isso tá acontecendo agora porquê você não contou pra ela sobre os seus sentimentos.

- Se der merda, eu pego vocês duas na saída. - Apontou o dedo para nós com os olhos semicerrados.

[...]

- O que você tá fazendo aqui? - Perguntou o Marcus se aproximando da minha cadeira.

- Fugindo da aula de matemática. - Sorri virando a página do livro que eu roubei da Aly.

- Você sabe que sentando no refeitório, todo mundo pode te ver né? - Sorriu se sentando na minha frente.

- É exatamente o que eu quero. - Pisquei pra ele com um sorriso de lado. - E o mesmo vale pra você, o que ta fazendo aqui? - Perguntei.

- Fugindo da aula de química. - Confessou com um olhar envergonhado e eu gargalhei.

- Eu só tenho química nas sextas. - Sorri.

- Hoje é sexta. - Falou ele e eu arregalei os olhos.

- Quer dizer que eu assisti uma aula de matemática extra e aquela cópia barata e vagabunda do Snape nem se deu ao trabalho de me contar? - Olhei para um canto aleatório em choque. - Por isso que ele tava sorrindo tanto... - O garoto do pepino riu vendo a minha cara e logo notou o livro nas minhas mãos.

- Você sabe ler? - Me olhou em choque e eu bati no ombro dele.

- Você realmente é um babaca, não é? - Semicerrei os olhos pra ele.

- O que você tá lendo? - Perguntou genuinamente curioso.

- Um livro, idiota.

- O que o livro fala sobre, mulher mais linda do mundo? - Perguntou com um sorriso e eu revirei os olhos entregando o livro pra ele.

- Romance. - Sorri.

- Ah, então a madame gosta de romance? - Sorriu brincalhão.

- Apenas em livros.

O Marcus abriu o livro, aonde o marca páginas estava, e começou a ler.

- Capítulo 55? - Perguntou surpreso.

Depois de ler a segunda folha, ele arregalou os olhos e me encarou.

- Você disse que era romance. - Me olhou assustado e surpreso.

- Pessoas mentem, Marcus. - Puxei o livro das mãos dele com um sorriso.

- Isso tá um pouco mais pra... putaria. - Sorriu envergonhado.

- Além do mais, nem eu to entendendo o que ta rolando nesse livro. Uma hora tem ação, outra hora tensão sexual, e outra tem gente brotando da piroca da Dilma.

- Isso porque você pegou um livro aleatório de uma saga. - Falou ele olhando para a capa do livro.

- Faz sentido. - Sorri.

- E você leu até o capítulo 55, mesmo não entendendo nada?

- Tudo pra não ter que aturar matemática. - Levantei o punho, igual a guerreira que sou.

O Marcus ficou em silêncio, me olhando com atenção, ele parecia me analisar. Eu encarei ele de volta mordendo o lábio inferior para segurar o meu sorriso.

- Enfim. - Suspirou. - Você quer ser expulsa.

- E você tem cérebro. - Usei a ironia sorrindo e ele inclinou a cabeça pro lado me encarando curioso.

- Eu acho que isso é uma completa idiotice. - Jogou a cabeça para trás me dando uma visão ampla da sua mandíbula e pescoço marcados.

- Infelizmente pra você, eu não ligo para o que você pensa.

- E infelizmente pra você, eu sou o filho da diretora. - Sorriu. - Eu tenho o poder de influenciar se você fica ou não aqui. Igual um pequeno diabo sussurrando no ouvido das pessoas.

- Aonde você quer chegar com isso, garoto do pepino? - Perguntei com os olhos semicerrados pra ele.

- Eu quero te mostrar que tem motivos pra você ficar aqui, nem que seja pelos piores motivos.

- Ha... - Olhei para o chão. - Sabe o que eu penso? - Me levantei. - Eu sei que você não vai conseguir me convencer de ficar, mas vai ser divertido, te ver tentar. - Sorri dando as costas pra ele e saindo dali.

Ele não vai passar de uma diversão para o meu fim-de-semana...

continua...

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