98° capítulo

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Brunna


Enquanto eu dirigia, Patty não parava de conversar um minuto. Eu sei que ela estava ansiosa para a sua viagem no exterior, então não importei e só fiquei ali a escutando.

Assim que estaciono o meu carro eu vejo um movimento muito grande em frente do nosso apartamento. Olho para a Patty e eu tiro o cinto rapidamente saindo do carro. Corro em direção ao apartamento sendo seguida pela Patty.

Tento passar por várias pessoas e policiais que estavam cercavam a entrada.

Bru: Por favor, vocês podem me falar o que está acontecendo aqui? - Ninguém responde e nesse momento eu me altero. - Eu moro em um dos apartamentos e a minha mulher e meus filhos estão lá em cima.

Policial: Calma senhora. - Acabo ficando mais irritada e tento passar novamente pelo bloqueio. - Senhora ninguém pode passar por aqui, é perigoso.

Bru: Então me fale o que está acontecendo. - Ele olha para um policial que acena positivamente.

Policial: Tem uma mulher que foi ferida em um dos apartamentos. E estamos fazendo varreduras por todos os apartamentos do prédio.

Bru: Eu preciso saber como está minha mulher e meus filhos. Por favor deixa eu entrar.

Policial: No momento eu não posso senhora. - Olho para o chão angustiada sem notícias, até ouvir uma voz conhecida.

Mário Jorge: Podem deixar ela passar. - Olho para frente e vejo meu amigo de muitos anos fardado. - Essa é a mulher da Ludmilla. - Olho para ele sem entender, mas reparo que seu olhar é de tristeza. - Vem Brunninha.
- Eles liberam a minha entrada e vou até o Mj, que me abraça forte. - Graças a Deus você está bem. - Saio do abraço e olho em seus olhos que estavam marejados.

Bru: Eu vou subir. - Assim que eu ia seguir em frente ele me segura. - Eu tenho que ir ver a Lud e as crianças. - Vejo preocupação em seu olhar.

Mário Jorge: As crianças estavam com ela? - aceno positivamente e ele logo recebi uma ligação.

Assim que ele se distrai eu corro e pego o elevador subindo até o último andar. Ele logo para e eu saio em disparada ao meu apartamento.

Quando eu chego perto vejo a porta aberta e algumas pessoas de branco em volta de um corpo no chão. Nesse momento eu entro e vou até o corpo que estava caído no chão.

Assim que vejo minha Lud caída no chão e ensanguentada eu caio de joelhos no chão e choro desesperada colocando minha cabeça em seu peito não importando com as pessoas em volta.

Bru: Lud, Lud... Não faz isso comigo meu amor. - Eu sentia um aperto tão forte em meu peito, que parecia que essa dor não passaria nunca. - Lud... ela não responde. - Eles vem até nós e olha os batimentos dela.

Enfermeira: Vamos ter que levar ela imediatamente para a ambulância. Seus batimentos estão fracos, e está perdendo muito sangue. - Olho para a enfermeira que conversa com os outros e logo se levanta. - Cadê a maca? - Logo eles entram e me afasta do corpo da minha mulher. - Desculpa senhora, nós precisamos correr contra o tempo.

Bru: Por favor como ela está? - Ela me olha pesadamente e seco minhas lágrimas. - Me diz que ela vai ficar bem? - Ela ajuda os outros a colocar a minha Lud na maca.

Enfermeira: Nós vamos fazer o possível para ela ficar bem.

Bru: Eu não posso viver sem ela, não deixa ela morrer por favor. - Mais lágrimas descem pelo meu rosto enquanto o meu peito doía muito.

Enfermeira: Nós faremos o possível. - Logo eles levantam a maca e a levam para longe de mim.

Bru: Eu vou com ela. - Eu corro em sua direção, mas ao mesmo tempo eu vejo Mj e Patty me olhando com lágrimas nos olhos. - Eu vou com eles.

Pra Sempre SuaOnde histórias criam vida. Descubra agora