40 ▪ Becca

84 21 22
                                    

Dia 302

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Dia 302

Nate me encarava sem falar nada. O tatuado, que estava em pé, se sentou ao meu lado. Seu olhar estava perdido em algum ponto, sem saber o que falar.

Você está transando com outro? — Nate falou depois de um tempo.

Seu olhar ainda estava perdido e ele se recusava a me encarar. Seus olhos brilhavam e ele parecia estar se segurando para não chorar. Eu fiquei sem reação com aquela acusação.

— Eu te dei tudo, Rebecca. — ele cuspiu as palavras quando viu que não respondi. — E você vai dar pra outro? Que porra!

Nate se levantou e começou a caminhar para a saída. A enfermeira estava me olhando sem entender nada.

— Nate! — gritei o tatuado que parou de andar, mas ele não veio até mim e muito menos se virou. — Vamos conversar.

— Eu não tenho mais o que falar, Rebecca. — ele se virou para mim. — Acho que isso é tudo!

— Não é isso que você está pensando! — me levantei para me aproximar do garoto.

Nate tentava manter a pose, mas seus olhos mostravam toda a sua dor. Eu deveria estar igual, mas eu não me importava.

— Não tem como eu estar grávida, Maloley. — falei confiante — Eu só estou transando com você!

— Não foi isso que mostrou seu exame.

— Nate, por que eu mentiria sobre isso?

Para eu assumir outro filho seu. — ele falou duro e eu senti algumas lágrimas escorrendo dos meus olhos.

— Você assumiu a Angel porque quis! Eu nunca te pedi isso. — falei seca.

— E agora engravidou de novo. — ele cuspiu as palavras. — Eu tenho cara de otário, Rebecca?

— Você está se ouvindo?

— No fundo você nunca mudou... — ele falou e eu vi algumas lágrimas escorrendo dos seus olhos — E eu não aprendi, sempre me deixei ser manipulado por você!

— Não seja por isso então, Nathan. — falei com raiva — Vou sair da sua casa com a minha filha!

A Angel não sai da minha casa! — ele falou com raiva enquanto segurava meu braço. — A minha filha fica comigo.

— Ela não é sua filha, maconheiro. — falei puxando meu braço da sua mão.

Fui andando em direção à saída e ouvi passos. Sabia bem quem era, mas não estava mais disposta a conversar. Como ele poderia desconfiar de mim? Depois de tudo que passamos. Eu não era mais a mesma da fazenda, eu tinha mudado. Eu aprendi a amar outras pessoas além de mim, a me importar com quem estava ao meu lado.

Califórnia ▪ Nate MaloleyOnde histórias criam vida. Descubra agora