Vinte e Sete

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Depois que deixamos Sarada em seu quarto dormindo, Sasuke me conduziu até um outro quarto naquele mesmo corredor, o mesmo que acordei depois de meu desmaio, o seu quarto. Naquele momento eu pude prestar atenção naquele cômodo, era bonito com móveis escuros, paredes cinzas, a cama de casal com a cabeceira numa moldura estilo vitoriana, um lustre e cortinas claras e fechadas nas janelas. Era inevitável ignorar o cheiro de seu perfume impregnado em todo o local, assim como a sua presença atrás de mim, minhas costas sentindo seu peitoral sólido.

Estremeci quando sua mão tocou meu ombro, me fazendo prender a respiração por um segundo e fechar os olhos. Foram muitos anos afastados um do outro e a saudade a cada segundo me consumia como se uma parte de mim estivesse morrendo e que só agora eu encontrara um meio de ressuscitar.

Virei meu corpo para Sasuke e fitei seus olhos negros como pedras ônix me olhando daquele jeito que fazia minhas pernas vacilarem. Eu amava aquele jeito que ele me olhava, como se eu fosse uma deusa intocada, meu coração naquele instante estava a um passo de pular para fora de meu peito.

Sua mão tocou delicadamente meu rosto, lento, contornando as linhas desenhadas de meus lábios e fechei os olhos mais uma vez, prestando atenção em seu carinho. O silêncio naquele instante era bom, aquele era o nosso momento, o nosso tempo de ser redescobertos um ao outro através dos toques.

- A tantas coisas acontecendo... – ele começou, sua voz suave como veludo - tantos problemas... e tudo o que eu mais quero é me manter aqui com você, como se todo o resto não existisse.

Abri meus olhos, enxergando seu rosto perfeito e bonito.

- Me sinto pouco confusa, diante de tantas coisas que aconteceram... – e suspirei. – Não tenho ideia de como vai ficar a gente.

- Não vou permitir que você me escape mais uma vez – e agora era as suas duas mãos em cada lado do meu rosto.

Agarrei sua camisa preta de seda.

- Também não quero ficar longe de você – e balancei minha cabeça para os lados. – Por Deus, Sasuke, as minhas lembranças me trouxeram à tona uma enxurrada de sentimentos, e o fato de ter ficado esse tempo todo longe de você está me consumindo aos poucos.

E a sua testa tocou a minha, nossos olhos se enxergando mais de perto agora, nosso próprio mundinho particular.

- Então não fique, Iubirea mea. Eu estou aqui e eu sou todo seu.

Era impossível não sentir aquele sentimento de conforto, seus braços eram o meu lar, a sua boca na minha era meu complemento. Subi minhas mãos e enlacei em volta de seu pescoço, aprofundando aquele beijo, nossas línguas reconhecendo uma a outra. Eu finalmente me sentia completa, o vazio em meu peito havia se dissipado, eu tinha tudo agora e Sasuke era o ponto final.

Suas mãos nervosas estavam em minhas costas, puxando minha blusa branca que estava ensacada na saia. Estremeci quando seus dedos gelados tocaram a minha pele quente, aquela sensação gostosa de atrito que sentia toda vez que me tocava. Arfei contra sua boca, puxando de leve seus cabelos que caíam por sua nuca e sua boca deixou a minha, descendo por meu queixo até o meu pescoço. Ele me cheirou e me beijou, e soltei um gemido quando seus dentes rasparam a minha pele.

- Sasuke...

Suas mãos que estavam em minhas costas vieram para frente, desabotoando os botões de minha blusa para em seguida ela cair num canto no chão. E a sua boca beijou cada espaço do meu colo, parando na borda de meu sutiã.

- Você não faz ideia de quantas vezes eu me segurei para não mandar tudo para o inferno ir arás de você. – Ele disse, agora me olhando, sua íris vermelha me fitando, as pupilas dilatadas cheias de desejo, luxuria e muito amor.

The SecretOnde histórias criam vida. Descubra agora