Capítulo 5

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[Adrien]

Após todas as entrevistas, voltei para casa pensativo.

Minha cabeça estava inquieta, então decidi ligar para Nino e convidá-lo para minha casa.

Precisava da ajuda dele.
Depois de trinta minutos ele chegou, provavelmente estava em algum local perto de minha residência.

- Oi cara...por que me chamou? - Nino se jogou no sofá e olhou para mim. Eu estava andando de um lado para o outro.

- Nino, a Marinette é a mulher misteriosa na qual esbarrei - falei sem mais nem menos e ele arregalou os olhos.

- Hah sábia - ele gritou com um sorriso nos lábios e o encarei serio.

 - Nino, não é hora pra isso - o fuzilei com o olhar.

- Tá bom... Me fala o que aconteceu - cruzou os braços.

- Ok, vou lhe contar tudo - parei de dar voltas na sala e o olhei de frente - eu já havia feito todas as entrevistas, só faltava a de Marinette. Só que quando ela chegou e eu olhei pra ela - fiz uma pequena pausa.

- Olhou pra ela, e...? - Nino gesticulou para que eu prosseguisse.

- E-eu...paralisei, eu me perdi naquele olhar - suspirei levando as mãos ao rosto.

- Agreste nem sei o que dizer - ele sorriu me deixando ainda mais inquieto.

- Nino, eu não sei o que está acontecendo comigo,
eu tentei não olhar pra ela durante toda a entrevista.
Porque eu sabia, que se eu a olhasse eu iria parar de entrevistá-la e começaria a encará-la, e me perderia novamente naqueles olhos - voltei a andar de um lado para o outro.

- Nunca te vi tão nervoso, quanto agora - ele soltou uma risada.

- Eu não sei o que eu faço, quando eu a vi, meu coração parou, eu me senti nervoso, senti um misto de sentimentos - Nino me observou enquanto pegava um copo d'água.

- Eu sei o que você tem Adrien - disse convicto.

- E o que seria? - arqueei uma sobrancelha, também me servindo com um copo d'água.

- Tá na sua cara.... Você tá APAIXONADO! - ele gritou me fazendo arregalar os olhos e quase cuspir o líquido que descia em minha garganta.

- O QUE? Cl-claro que não Nino, endoidou foi? - franzi o cenho, ainda tentado me acalmar.

- Fala sério Agreste, se não é isso  então o que é? - cruzou os braços.

- Talvez, eu me sinta um pouco atraído por ela, apenas isso - Nino me olhou desacreditado e revirou os olhos.

- Aham sei...vou fingir que acredito.

- Mas e agora? O que eu faço? ela é incrível pra empresa, já é certo que uma das vagas do estágio é dela - passei as mãos no cabelo.

- Não faz nada - o olhei confuso.

- Como nada? - perguntei curioso me sentando ao seu lado.

- Haja naturalmente, trate ela igual as demais funcionárias. Sem preferências - ele se encostou no sofá. 

- Assim eu posso entender melhor o que eu sinto - comecei a entender o seu ponto de vista.

- Exatamente - sorriu batendo em meu ombro - Até que você não é tão lerdo Agreste - ele gargalhou e bufei.

- E até que você sabe usar a cabeça quando quer - revirou os olhos e foi minha vez de gargalhar.

- Você nunca muda, não é mesmo Agreste? - ele se aconchegou no sofá e fechou os olhos.

O Dono do Meu CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora