Marinette Dupain-Cheng nunca havia pensado que sua vida daria um gigantesco giro de 360° graus após uma noite de amor com Adrien Agreste. Agora ela se vê obrigada a arcar com as consequências de seu grande deslize, que está se desenvolvendo dentro d...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
- Era só o que me faltava.
Acabo dizendo aquilo alto demais. Quase nem tive tempo de lamentar a intromissão de Chat à meu quarto porque logo o gatuno segura meus ombros e eu acabo encontrando seus olhos selvagens. Era difícil de lê-lo, mas naquele momento eu sabia facilmente oque Chat Noite estava sentindo.
Estava tão cabisbaixo que chegou até a me dar pena continuar encarando-o.
- Escuta, Chat...
- Não, escuta você!
Ele me interrompe enquanto eu bufo. Invade meu quarto e ainda fica bancando o maioral. Cruzo os braços.
- Não estou muito afim de fazer isso.
O gatinho agora afrouxa suas mãos ao redor de meus ombros, mas logo sua guarda volta a ficar alta. Ele realmente parecia disposto em ser ouvido.
- Marinette, eu vi. Eu vi aquele beijo!
- Eu sei que você viu.
Provoco, não me deixando intimidar por seus olhares não amigáveis. Eu e Adrien havíamos terminado tudo no momento em que ele me falou àquelas coisas.
Tiro suas mãos de meu corpo assim que me afasto dele e tento pegar uma boa distância, aquilo já estava me causando arrepios. Não adiantou muito. Logo via o garoto dar passos e diminuir a distância que havia entre nós. Mesmo assim, eu dava o melhor jeito de continuar longe de sei contato. Chat estava molhado e sujo, como um verdadeiro gato de rua.
- Você e o Luka... Eu pensei que não tivessem mais nada depois... - Ele parecia afetado demais para continuar falando - Depois daquilo...
- Isso é problema meu. Você deixou tudo de lado quando foi um completo babaca comigo naquele dia.
Eu não cederia. Não tão fácil. Adrien merecia sofrer como ele me fez sofrer com sua indiferença. Talvez merecesse sofrer mais.
Naquele momento tudo que nos unia era nosso filho. E nada mais.
Nada mais. Era nisso que eu tentarei me agarrar.
Escuto o suspiro pesado do mais alto e o mesmo esfregar seus olhos com verdadeiro cansaço.
- Não quero mais nada que venha de você, Agreste. A única coisa que espero é que pelo menos, comece a correr atrás do seu filho. Porque comigo não adiantará.
Tento parecer - e digo até, com sucesso - indiferente. Digo isso porque logo vejo aqueles olhos deixarem todo aquele ciúme de lado e uma frustração tomar conta deles, junto com lábios puxados em um sorriso tristonho.
- Eu realmente fui um babaca com você, não fui? - aquilo mais parecia uma pergunta retórica - e eu reconheci isso. Por isso estou aqui. Mas vejo que talvez eu possa ter chego tarde demais.
A maneira que as palavras saiam de seus lábios eram como se a palavra depressão tivesse ganho forma. Eu desfaço os braços, antes cruzados, ora agora na cintura e arqueo uma sobrancelha. Talvez aquilo pudesse ficar interessante.
