Capitulo 4.

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Descemos e fomos para o refeitório. Chegamos no refeitório e logo de início me espantei com a quantidade de pessoas que estavam lá. O refeitório estava quase lotado , só não estava totalmente cheio por conta de algumas mesas fazias. Charlottie começou a andar procurando uma mesa para se sentar , mas eu não consegui seguir ela , porque haviam muitas pessoas no caminho e ela estava andando muito rápido. Tentei seguir ela, mas cada vê mais ela ficava mais longe de mim e se perdendo no meio de tanta gente. Comecei a ficar tonta e sem saber para aonde eu iria. Olhei para os lados e eu só conseguia ver gente e mais ente na minha frente, quando me deparei, já estava no meio daquela gente toda e sem saber o que fazer.

Comecei a andar, mesmo não sabendo para onde, para tentar sair de lá. Já estava ficando sufocada, afinal eu sou um pouco baixa e no meio daquela gente toda eu ficava menor ainda. Continuei andando, mesmo tonta e sufocada. Já não sabia mais o que estava fazendo, quando alguém esbarra em mim e eu caio no chão.

Continuei no chão, sentada com a mão na cabeça tentando ficar menos tonta. Nem ligava se estava no chão caída ou não.

-Você está bem? - Perguntou alguém próximo a mim.

-Não muito. - Respondi sem levantar a cabeça.

-Consegue se levantar? - Perguntou novamente, mas agora se agachando na minha frente.

-Acho que não. Estou um pouco tonta. - Falei fechando os olhos.

A pessoa se levantou e esticou a mão na minha frente, para me ajudar a levantar. Abri os olhos o suficiente para poder enxergar sua mão para me levantar e depois fechei novamente.

Ele me ajudou e eu levantei com os olhos fechados.

-Quer que eu te leve para a enfermaria? - Perguntou ainda segurando minha mão, o que na hora eu não percebi.

-Não, só me tire daqui. Por favor. - Falei finalmente abrindo os olhos.

Quando abri os olhos meu corpo congelou. Fiquei paralisada. Eu conhecia aqueles olhos. Conhecia ele.

Fiquei o olhando por um bom tempo e ele também me olhava. Aquele era o garoto dos olhos azuis do quarto de número 15. Mas o que ele estava fazendo aqui? O que será de estranho que está acontecendo?

-Desculpa por te derrubar. Você está bem? - Ele perguntou depois de um tempo.

-Ahn... eu acho que não. - Falei sem parar de o olhar.

-Vamos sair daqui. - Ele disse me puxando pela mão e me levando para o outro lado do refeitório.

Se ele era da área vermelha, porque ele estava aqui? E porque ele estava fugindo agora pouco? O que estava acontecendo? Porque eu estava seguindo ele? Nem o conhecia, ele poderia ser perigoso. Mas também, quem era eu para falar isso? Eu vivo fazendo merda e me metendo em confusão, nunca tive medo de nada, então no tinha o porque de eu estar preocupada, afinal eu nunca me ferrei de verdade nas coisas que fiz. Se eu pudesse definir minha vida em uma palavra, ela seria "Posso me arrepender de ter feito, mas nunca de não ter feito".

Depois de andarmos um pouco chegamos em uma parte do refeitório que não estava muito cheia. Ele me levou para o canto da sala, aonde tinha uma mesa grande, igual as outras mesas do refeitório, só que a diferença era que aquela estava vazia. Estranhei no momento mas acabei esquecendo.

-Está melhor? - Ele me perguntou assim que sentamos na mesa.

-Um pouco. Ainda estou um pouco tonta. - Falei colocando a mão na cabeça e o olhando.

-Sua pressão deve ter abaixado. - Ele disse e depois desfiou o olhar.

Olhei em volta e reparei novamente que aquele canto do refeitório estava menos cheio do que do outro lado e haviam mais mesas vazias neste lado do que do outro.

-Porque eles não vem para cá, aonde tem mais mesas vazias? - Perguntei o olhando de novo.

-Porque eles não podem vir para cá. Na verdade, não são obrigados a não virem. Não vem porque não querem, ou porque não gostam. - Respondeu firme e sem me olhar.

Fiquei um tempo tentando entender o que ele havia me dito, até que comecei a observar mais o lugar e pude ver que aquele provavelmente era o lugar aonde os que ficavam na área vermelha ficavam. Mas por outro lado eu não entendi porque os outros não ficavam aqui. Talvez eu não conhecesse tanto essas pessoas da área vermelha, como os outros conhecem, para estar aqui. Mas eu realmente não conhecia nada deles e muito menos o que eles haviam feito para estarem aqui. E o motivo disso também não deve ser nada bom para que mesmo essa gente toda que já aprontou tanto quanto eu, não viesse aqui por medo, isso se for medo mesmo né.

-Eu... eu acho que não deveria estar aqui. - Falei apreensiva e o olhando.

Ele se virou para mim e me lançou um olhar estranho que eu não entendi muito o que era, mas sempre com aquela mesma expressão seria.

-Está com medo? - Ele perguntou ainda me olhando.

-Medo? É claro que não. - Falei o olhando mais seria ainda.

Ele ficou me olhando com aquela mesma cara. Achei estranho e comecei a ficar meio envergonhada, então desfiei o olhar, mas pude notar que ele ainda me olhava, só que desta vez sem eu estar olhando para ele, ele me olhou dos pés a cabeça, o que me fez corar.

-Porque está aqui? - Perguntou num tom baixo depois de um tempo.

Voltei meu olhar para ele e agora pude ver que ele estava com outra expressão, que também não consegui decifrar.

-Por vários motivos. - Disse o olhando. Não queria dizer por que estava ali. Não podia confiar nele.

Ele continuou me olhando e depois desfiou o olhar novamente.

-E você? Por que está aqui? - Perguntei o olhando e quebrando o silêncio.

Ele se virou e voltou a me olhar. Novamente com suas expressões indecifráveis. Ele continuou me olhando por um tempo e depois voltou a olhar para outro lugar. Ele não me respondeu, apenas colocou os braços em cima da mesa, cruzou os dedos das mãos e se apoiou sobre elas.

-Você não me respondeu. - Disse olhando para a frente.

- Então estamos quites. - Respondeu indiferente.

Olhei para ele e ele continuava na mesma posição. Não se mexeu e não fez nada. Achei justo ele não tem falado, afinal eu também não disse porque estava aqui quando me perguntou, então achei que não deveria cobrar.

Depois de alguns minutos o sinal tocou e um monte de gente começou a de levantar para sair. Olhei para o lado e ele também já estava em pé, pronto para sair.

-Espera! - Disse me levantando e ficando do seu lado.

Ele se virou e ficamos frente a frente novamente.

-Porque me ajudou? - Perguntei o olhando.

-Porque eu te ajudei? - Perguntou confuso.

-Sim, quando eu cai no meio do refeitório.

-Porque eu quis. - Disse e depois se virou. Ele pôs o capuz do seu casaco novamente por cima da cabeça e andou até as outras pessoas que estava desse lado.

De repente eu me distrai e quando fui ver, ele já havia sumido, assim como apareceu.

Fiquei que nem uma pateta parada olhando pro nada, até que escuto alguém chamar meu nome.

-Lizzie, o que você está fazendo aqui? - Pergunta a Lottie

-Eu... Ahn ...

-Vamos, a gente tem que ir para o nosso quarto. - Ela disse me interrompendo e me puxando, até que saímos do refeitório.

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Bom pessoal, espero que tenham gostado. Deu trabalho pra escrever, porque eu estou escrevendo pelo celular e isso não é nada legal kkkkkk. Se gostaram por favor curtam o capítulo de hoje e se puderem dêem um comentáriozinho, que ajuda muito para a divulgação e crescimento da fic. Próximo capítulo na semana que vem e amanhã sai capítulo de Seddenly Love.

Obrigado por lerem e até mais. Bjs 😘😘

Wrong Angel (Niall Horan Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora