23 - Flutuar...

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(Autora: Senti o capítulo pequeno desta vez, mesmo que o total seja dois mil e poucas palavras.. Estranho... Boa Leitura!)

Voltamos para a sala, e a figura da Berv se levantou, e eu sabia que ele já queria ir embora só pelo o olhar. Minha mãe estava tão séria o olhando, suas mãos estavam para frentes e estava reta.

- E então..? - A voz de Berv soou e respirei fundo, e antes que eu diga algo, minha mãe me interrompe:

- Já está bom de fingir, certo palhaço?
- Dessa vez, o olhar que ela o mandou era perigoso, ameaçador.

Wise/Bervely franziu a testa e me encarou brevemente. Então ele se segurou para não ouvir a conversa, isso é novo.

- Só não se transforme. Essa é a melhor forma que você pode mostrar aqui. - Minha mãe fez uma careta enojada.

- Oh! Então, você já sabe! - O sorriso da Bervely foi assustador. Até imaginei se ela consegue realmente dar um sorriso desses.

- Esse espetáculo já acabou pra mim. Você é um dos seres que eu mais odeio neste mundo, por ter... Matado o pai da minha filha.

- Devo pedir desculpas? - Ele.. Ela.. Ri.

- Eu não quero nada seu. Nem desculpas... Nada. Só espero que saiba o que fazer daqui pra frente, e caso tente algo com a minha filha, não será os amigos dela que irá aparecer para te matar. - A forma que mamãe falou, me fez arrepiar de medo. Wise deu uma risada arrastada.

- Para sua idade, você é bem corajosa. - Diz a analisando. Minha mãe não respondeu, bufou e virou o rosto.

- V-Vamos embora.. Wise. - Eu o puxei pelo braço mas ele fez nada, me fazendo continuar andando, achando que ele estava atrás de mim.. Leve engano.

Me virei e se eu tivesse um copo em mãos, com certeza o teria derrubado. Wise, em sua real forma, bem próximo à mamãe. A mesma o olhava com ódio.

- Não se preocupe. Eu cuidei muito bem do homem que amas. - Sorriu diabólico. Eu engoli em seco e arregalei os olhos.

- Saia.. Dá minha casa.. Agora. - Ordenou ela entre dentes.

- Medo. Que delicioso. - Eu me aproximei e vi os olhos dourados brilhando e sua boca entreaberta demonstrando sua saliva.

- Pennywise. - O chamei.

Ele chegou bem perto, e entrei no meio deles o fazendo parar.

- Vamos embora. - Falei firme, sem nenhum medo.

O palhaço me olhou atento, e rosnou se afastando, ele desapareceu.

- Pelo visto, eu vou sozinha, antes que ele apareça e nos devore. Desculpe por isso. - Digo me virando para ela.

- Você consegue mesmo viver ao lado dele?

- Eu tento... Não tive escolhas quando apareci em sua casa.

- Você.. O quê?

- É uma longa história. É. Eu também cometi meus erros. Até mais, mamãe. - A beijei na bochecha e fui embora.

Caminhei devagar e sem pressa, acho que foi a minha demora que me fez aparecer de repente no quarto de Penny. Wise estava com as pernas cruzadas, e os braços cruzados, no meio da cama. Super normal, nem é assustador.

- E então? Descobriu o que tem? - Até havia esquecido deste assunto. Eu senti meu coração palpitar rápido, e só queria enfiar minha cara no chão igual um avestruz.

𝐴 𝑃𝑟𝑖𝑠𝑖𝑜𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 𝐷𝑎 𝐶𝑜𝑖𝑠𝑎 | IT A COISA +18Onde histórias criam vida. Descubra agora