20- Não desta vez.

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Dylan tinha tentado parecer não afetado pelo pequeno discurso de Lili. Mas, depois de ir até o quarto e sentir pena de si mesmo, percebeu que realmente precisava pedir desculpas a ela.

Tinha conseguido pensar. E se? E se ele pudesse mudar? E se ele pudesse ser o homem que Lili precisava? Como seria a vida com ela de verdade? Será que ele morreria de tédio? Ou será que ele devia aos dois pelo menos uma tentativa?

Confuso, correu escada abaixo e encontrou o irmão mais velho sentado em cima de Lili e tentando cuspir na cara dela.
A imaturidade dos dois não tinha limites, mas pelo menos agora ele sabia que não havia nada de romântico acontecendo entre os dois.

Cole tinha 23 anos e, nessa idade, se ainda usava violência para atrair garotas, bem, não era de surpreender que ainda estivesse solteiro. E uma garota como Lili não ficaria interessada em um cara que ainda recorria a brincadeiras infantis para conquistá-la.

Caramba, se Dylan fosse um cara mais legal, ele realmente daria umas dicas para o irmão. Ele precisava desesperadamente.
Talvez todos ficassem mais seguros se ele simplesmente mantivesse Lili e Cole
separados. Parecia que eles traziam à tona as piores partes um do outro.

    
                                       {...}

Quando todos retornaram à sala de jantar, a mãe de fato tinha marcado os lugares na
mesa. Quanta classe.
Lili estava sentada entre ele e a vovó. Ótima opção.

Cole estava sentado do outro lado da mesa com... Espera! Por que havia outro lugar na mesa?

— Temos companhia hoje? — Sério? Será que a mãe achava isso seguro, depois da
bagunça na cozinha? Sem falar de o irmão ter socado a cara dele sem motivo.

Tudo bem, ele o socou porque estava chateado por Dylan não dar atenção a Lili. É possível que ele meio que tenha merecido, mas só um pouco.

— Ah, a vovó convidou o sr. Casbon.

Dylan engasgou com a risada.

— Nosso vizinho, sr. Casbon? Aquele que vive pra ver os sorrisos da vovó? Bem, isso vai ser interessante.

— Isso é uma distorção dos fatos — murmurou Cole, entrando na cozinha.

— Que bom que você trocou as calças, irmão.

Cole ficou furioso.

— Pelo menos eu posso trocar de roupa. Você, por outro lado, está preso a essa
maravilhosa personalidade.

Dylan fechou o punho. O irmão sorriu.

Lili entrou.

— Bem, acho que meu cabelo está mais brilhante do que nunca. Obrigada, Col. Devo tudo isso a você. — Ela piscou.

Cole revirou os olhos.

— Sim, e as minhas bolas estão...

— Cole! — Mel quase gritou. — Teremos companhia a qualquer momento. Vocês
podem pelo menos tentar agir de acordo com sua idade? Meu Deus, Dylan, você foi preparado para assumir a empresa. Aja de acordo! Cole, você tem aquele seu rancho há anos, por tudo que é mais sagrado, seja maduro!

— Você é dono de um rancho? — perguntou Lili.

Ele observou a interação. Cole remexeu os pés, como se estivesse desconfortável, depois pigarreou.

— Sim, é pequeno. Nada de mais.

— Ah, que fofo. — Mel riu. — Você é dono de um dos maiores ranchos da Costa Oeste,
mas, se quer fingir que é pequeno, acho que é seu direito.

THE BET. (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora