Yasmin Slytherin Black nasceu em 1980, carregando desde o berço o sobrenome do grande Salazar Slytherin e do prisioneiro Sirius Black. Foi criada em Paris, apenas por sua mãe, antes de voltar a Londres para começar os seus estudos em Hogwarts.
Clarissa Slytherin (mãe de Yasmin e esposa de Sirius): Existe uma coisa interessante em criar sua filha sozinha, com seu marido preso em um lugar onde a felicidade não existe. Sempre tivemos boas condições, na verdade eu nasci entupida de dinheiro e Sirius também, por isso consegui me mudar para Paris depois da Primeira Guerra Bruxa.
Sempre foi eu por ela e ela por mim. Isso fez com que ela se tornasse uma pessoa fechada, desde criança. Acostumada a receber olhares tortos por onde ia, Yasmin cresceu sendo a pessoa mais reservada que eu conheço. Mas, quem a conhece de verdade, sabe que é completamente diferente.
Yasmin S. Black: Eu só ficava no meu quarto lendo ou no café que tinha perto da minha casa, onde o meu único amigo era o dono. Um senhor de 80 anos que estava a beira da morte. Nunca fiz questão de me aproximar de ninguém... claro que eu saía as vezes, sabe? Me divertia um pouco. Mas em pouco menos de duas horas, eu já estava ligando para minha mãe para ir embora dali.
Isso mudou quando chegamos em Londres. Eu me lembro exatamente do dia em que conheci Catarina, no beco diagonal, comprando meus materiais.
Catarina Druella Malfoy nasceu em 1980, em Londres, filha de Narcisa Malfoy (nascida Black) e Lucius Malfoy, ela cresceu em berço de ouro junto a seu irmão gêmeo, Draco Lucius Malfoy.
Catarina D. Malfoy: Minha vida era toda planejada, desde pequena sonhava em ir para Hogwarts, construir minha vida e carreira lá. O primeiro passo era comprar todos os materiais que eu tinha direito... minha família tinha que ter alguma utilidade, pelo menos eu tinha dinheiro ilimitado. (riso). Desci para tomar meu café, a mesa cheia como sempre, Dobby era o nosso elfo doméstico. Eu amava aquele carinha. Pena que era a única da minha casa que pensava assim.
Eu e Draco tínhamos muitas discórdias, como todos os irmãos. E para acrescentar, dividimos o útero, as vezes era difícil aguentar ele.
Draco L. Malfoy (irmão de Catarina): Catarina tem uma síndrome de querer consertar o mundo, admiro isso nela, mas a minha mentalidade de 13 anos e coisas de supremacia de sangue na cabeça... eu não admirava na época.
Dobby uma vez me chamou pelo meu nome e eu me lembro de falar "Me chame de Senhor Draco, elfo estúpido" e Catarina me retrucar "Draco, já falei pra você não tratar o Dobby assim, ele é um elfo e não um lixo. Além, é o meu único amigo nessa casa"
Catarina: "Não me enche logo cedo, Catarina" Era sempre a primeira frase que ele falava de manhã.
Narcisa Malfoy (mãe dos gêmeos e ex esposa de Lucius Malfoy): Os dois eram bem unidos, apesar de todas as brigas inúteis, mas isso é coisa de irmão. Eu era a mesma coisa com as minhas... (pausa).
Enfim, o primeiro dia de compras dele no beco diagonal, Catarina estava prestes a explodir e Draco, indiferente com tudo isso. Queria ir para Durmstrang, mas Catarina o implorou para ficar e fazer companhia em Hogwarts.
No fundo eles eram inseparáveis.
Clarissa: Foi um dia difícil, o primeiro de compras no Beco Diagonal. Lembro de gritar Yasmin umas dez vezes antes dela finalmente acordar e descer as escadas, calçando os sapatos. Ela não estava nada animada.
Yasmin: Pra que ficar animada? Só estávamos indo comprar materiais. (suspiro). Mas, quando você não faz as vontades de Clarissa Slytherin, você é uma pessoa morta. Monstro me entendia bem. Ele era o elfo doméstico da nossa família há gerações. Era bem legal.
Clarissa: Monstro era um mal humorado. Mas, ele e Yasmin se davam bem e era bom ver ela interagindo com alguém, mesmo que fosse um elfo doméstico. (riso).
Yasmin: Eu não queria me expor para as pessoas, iriam reconhecer de primeira a filha do criminoso Sirius Black, que era o motivo do famoso Harry Potter ser órfão. Mas eu sempre acreditei na inocência dele, independente de tudo. Tudo mesmo.
Clarissa: Fomos para o beco diagonal e para minha surpresa, meu caminho se cruzou com uma velha amiga. Narcisa Malfoy, na Floreios e Borrões.
Narcisa: Clarissa sempre foi o exemplo de beleza e elegância em alguém, sempre educada. O tempo nos afastou. Eu não me lembrava de Yasmin, só de um bebê no colo da minha amiga.
Catarina: Eu estava andando pela loja, procurando por alguns livros. Até que me esbarrei com uma garota de olhos verdes e cabelos castanhos, além de uma expressão de quem queria botar fogo no mundo. Ela sempre teve essa cara.
Nosso primeiro contato... não foi muito agradável.
Yasmin: "Foi mal aí, não te vi" e eu respondi "Então você só pode ser cega". Foi a gota d'água para começarmos a discutir.
"Cabelo loiro, olho azul, arrogante e nariz em pé, você só pode ser mais uma Malfoy"
Catarina: E essas eram minhas características mesmo. Ela não estava errada, mas eu lembro de responder "Quem você pensa que é para falar assim comigo?"
E ela simplesmente respondeu "Yasmin Black, não que seja da sua conta". Eu não me segurei, na época acreditava que Sirius Black era o maior criminoso e traidor de todos.
Yasmin: Eu odiava que falasse do meu pai, odiava. Ela até tinha uma chance de se dar bem comigo, até falar que Azkaban deveria ser bem divertido para ele.
Começo agradável.
Catarina: Eu continuei olhando os livros, até Draco entrar e me assustar. "Você é um tremendo de um imbecil viu?" eu o xinguei, com raiva. "Sabe, você se daria muito bem com a menina que eu conheci uns minutos atrás, dois insuportáveis e folgados". Eu estava me referindo a Yasmin. Ele me perguntou quem era.
Draco: A primeira vez que eu ouvi o nome dela, perguntei se era a filha de Sirius Black e Catarina respondeu "Não besta, a mãe". Sempre odiei o humor dela.
Yasmin: Ótimo começo em um lar novo, não é? Apesar de Paris ser pra sempre o lugar que eu considero casa, eu precisava me adaptar em Londres, as pessoas que não colaboravam com isso. Fui perguntar a minha mãe se podíamos ir embora logo, e ela estava conversando com uma mulher que parecia exatamente a versão mais velha da garota que trombou comigo.
Clarissa: Achei que seria um bom começo, apresentar as duas, mas parece que já haviam se conhecido e as coisas não tinham ido nada bem.
Narcisa: Não sei onde Draco e Catarina enfiaram a educação que receberam nessa hora.
Catarina: Minha mãe disse que como Yasmin estava no mesmo ano que a gente, nos daríamos muito bem (riso), disso eu duvidava bastante. Eu e Draco... não éramos as pessoas mais simpáticas do mundo.
"Eai maninha, essa que é a tal Yasmin, filha do bandido Black?" e eu respondi, com ironia "Ela mesma, cuidado, não chega muito perto porque é perigoso ela te morder".
Yasmin: Eu só joguei na cara dela que ela tinha um pai que havia sido comensal, você deveria ter visto a cara de pasma. Foi engraçado. Mas minha mãe cortou o barato, me chamando para ir embora.
Narcisa: As opiniões de Draco e Catarina eram formadas a partir do que escutavam dentro de casa, vindas do pai. Eram crianças muito educadas, isso eu posso prometer. Só não garanto a simpatia.
Draco: Fomos obrigados a pedir desculpas um para o outro, a sinceridade passou longe ali. Papai chegou nessa hora, e a primeira coisa que perguntou a Clarissa foi "Como anda o Sirius?"
Clarissa: Dá para acreditar? Aquele cara tinha menos maturidade do que os filhos (pausa). Sempre fui mais próxima de Catarina, por ser madrinha dela. Era uma garotinha incrível, a superficialidade criada pelo pai que não.
Narcisa: Ofereci um jantar na minha casa. Para podermos concertar as coisas.
Yasmin: E a maluca da minha mãe aceitou!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Roses and Thorns
FanfictionEm uma segunda versão da fanfic "The Mysterious Hogwarts", nossas protagonistas contam a sua história em formato de entrevista, detalhando cada aventura a partir de seus pontos de vista. A narrativa conta com a presença de todas (ou quase) pessoas q...