O trabalho estava insuportável, todo dia centenas de crimes chatos e seu trabalho era apenas reunir informações e escrever uma matéria boa o suficiente para uma segunda, talvez terceira página do jornal.
Tudo era monótono e tediante, nada despertava seu interesse e os dias pareciam passar mais devagar, todos os vilões mais perigoso e ameaçadores já haviam sido presos, a Liga dos Vilões também já havia sido contida e por conta disso, nada de interessante acontecia ultimamente.
Você estava sentada em sua mesa do escritório, revisando matérias antigas de quando o mundo era mais ativo, obvio que a paz e a quase inexistência de crimes pesados eram coisas boas, mas aquela confusão de "pessoas foram feitas reféns" ou "um banco acaba de ser roubado" faz falta na vida de alguém que trabalha com o relato sobre esses fatos.
— Ei pessoal, parece que o julgamento dele vai começar...
— Julgamento de quem ?? -você pergunta curiosa-.
— Um dos membros da Liga dos Vilões... Toya Todoroki aparentemente...
— Aquele tal de Dabi não é??
— Exatamente, soube que ele provavelmente vai pegar pena de morte... A julgar pelos inúmeros crimes e mortes cometidos.
Você escutava atenta a conversa dos colegas de escritório... Dabi foi o último dos membros da Liga a ser preso, e está sendo julgado nesse momento por todos os seus crimes.
Você detestava vilões, na sua cabeça eles eram pessoas horríveis, que só serviam para dar movimento a seu trabalho. Dabi e todos os outros do tipo dele eram desprezíveis na sua concepção, e mereciam pagar por tudo de ruim que já haviam feito.
— Ei, pessoal -diz o chefe do jornal- acabei de receber uma ligação dos oficiais da justiça, que autoriza a presença de um jornalista no julgamento do réu, e da autorização para a entrevista oficial do mesmo.
— Entrevista oficial ?
Seu coração acelerou ao ouvir as palavras de seu chefe, finalmente uma oportunidade interessante e única de trabalho, era raro conseguir esse tipo de autorização, e obviamente você pegaria a oportunidade com unhas e dentes.
— Sim... -você se levanta da cadeira- Ele vai ser entrevistado assim como os outros grandes vilões da história, para que possa contar sua história de vida e o que levou-o a cometer os crimes. Suponho que precise de um voluntário para esse trabalho Senhor !!
— Sim Senhora (nome), corretamente, e eu suponho que você queira a vaga, correto ?
— Sim Senhor, farei um ótimo trabalho...
— Certo, venha até minha sala e eu lhe explicarei os detalhes.
Tudo o que você deveria fazer era conversar com o acusado, entender sua história e seus motivos, e logo depois publicalos para o mundo inteiro. Você já havia feito serviços semelhantes anteriormente, mas nada tão arriscado quanto sentar a sós na frente de um criminoso perigoso e ouvir sua história antes que sua vida se acabe em uma cadeira elétrica.
Seu trabalho começaria no dia seguinte pela manhã, seu chefe te dispensou pelo resto do dia para que pudesse preparar tudo para a tão esperada e cobiçada entrevista.
Sua ansiedade foi tanta que nem havia pregado os olhos, a noite inteira foi usada para preparar as perguntas e os arquivos a serem usados. Como Dabi estava em um presídio de segurança máxima, em uma sala ultra-secreta, seu carro não pode ser usado como meio de transporte até o local então alguém veio te buscar e te passar corretamente os protocolos de segurança.
— Então, meu nome é Tenya Lida, prazer -estende a mão para te cumprimentar- Eu vou ser o herói que irá te acompanhar até o presídio...
— Olá, meu nome é (nome) o prazer é meu.
— Como medida de segurança peço que não encoste no vilão em questão, não entre com objetos inflamáveis, celulares ou qualquer outra coisa que ele possa usar para machucar você... Serão permitidos apenas o gravador de voz e o seu notebook, nada mais.
— Tudo bem por mim.
Chegando ao local, sua bolsa foi revistada e colocada em um compartimento apropriado para ela, apenas o computador e o gravador entraram no local assim como Lida havia dito.
A sala onde ele estava sendo mantido era no subterrâneo da instalação, no final de um extenso corredor completamente vetado e repleto de câmeras e guardadas.
Ao entrar no local não havia ninguém, você se acomodou e arrumou tudo da forma que precisava, e assim que terminou começou a ouvir barulhos de passos.
— SEGURA ELE DIREITO!! -barulho de socos-.
— SE TENTAR ALGUMA GRACINHA PODE ESQUECER SUA ÚLTIMA REFEIÇÃO.
Assim que ele entrou na sala o ambiente ficou quente e tenso, ele foi amarrado completamente em um tipo de mesa que ficava em pé, com as mãos presas em um recipiente de vidro cheio de água.
— Pra que serve isso em suas mãos?
— ...
— Tudo bem se não quiser falar comigo, mas eu aconselho que fale, seria péssimo morrer sem ter sua história contada não é mesmo ?
Ele riu e te olhou com uma feição cansada e sedutora.
— Isso é o que eles usam pra impedir que eu use minha individualidade... Água apaga o fogo sabe?
— Entendo... E essas marcas enormes em seus braços, pescoço e rosto ?
— Não da pra brincar com fogo sem se queimar... E estão por todo meu corpo.
— Todo?
— Uhumm...
— E porqu~ -interrompida-.
— Eu não acho que você veio até aqui para saber sobre as minhas queimaduras, correto ?
— Bom, eu queria ser um pouco mais delicada...
— Pode me perguntar qualquer coisa, como você mesma disse... Seria péssimo morrer sem poder falar antes. -olha em seus olhos e sorri malicioso-.
Vocês conversaram por aproximadamente uma hora e meia, Dabi era extremamente complicado e provocativo, por mais que fosse um vilão horrível e cruel ele era bonito, e tinha um corpo atraente, mesmo com a roupa de presidiário.
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I Like Your Fire
FanfictionA s/n era uma jornalista, que foi encarregada de entrevistar um dos vilões mais procurados e mais perigosos do Japão, que atualmente estava preso e no corredor da morte... Ela só não sabia que se apaixonaria perdidamente por ele, e faria qualquer co...